Capítulo 13

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ALEXANDER FOI EMBORA. MERDA, ELE o abandonara por causa de uma simples omissão da parte dele. Pessoas são criaturas emocionais. Pessoas grávidas, mais que a maioria. 

Alec precisava de um tempo para esfriar a cabeça. Ele entendia, Alec voltaria.

No entanto, conforme os minutos se transformavam em hora e uma hora em duas, Magnus soube que seu erro pesava em seu marido muito mais do que ele poderia imaginar.

Quando o telefone tocou, uma hora depois, ele pulou para atender.

— Alexander?

— É o Jeff. Desculpe, posso ligar outra hora se você estiver esperando uma ligação.

A última pessoa com quem ele precisava falar era seu advogado.

Magnus girou o scotch triplo malte no copo antes de virar o líquido âmbar na garganta.

— O que foi?

— Você está bem? Não parece.

— Valeu.

— Tudo bem, você não está no clima para papo-furado. Só pensei que gostaria de saber que o meu investigador viu a Camille pressionar Alexander em uma loja de departamentos hoje. Segundo ele, a Camille parecia um pouco agressiva, e, em vez de sair com raiva, Alexander foi embora parecendo bem chateado.

A Camille?

— Seu investigador ouviu a conversa?

— Não, ele não fica tão perto. Está tudo bem?

Magnus teve um estalo. Fora assim que Alec descobrira sobre o testamento.

Camille devia saber, mas como?

Então, a imagem da mulher da foto surgiu diante de seus olhos.

— Porra! A mulher...

— O quê?

— Na foto com a Camille. Leona. Não. Neo... Naomi. Naomi alguma coisa. Ela é secretária na Parker & Parker. — Magnus bateu com a mão na testa. — A Camille conhece a secretária forense do Parker, Jeff.

— A sua ex conhece a mulher que é o braço direito do advogado do seu pai?

— O que significa que a Camille sabia sobre o testamento o tempo todo.

Não era de admirar que a mulher estivesse tão disposta a ser duquesa.

— Você acha que ela é a responsável pelas câmeras no apartamento de Alexander?

— Eu apostaria um bom dinheiro nisso.

— O que ela disse para o seu marido?

— O suficiente para fazê-lo ir embora.

Não adiantava abrandar a situação. Afinal, Jeff seria um dos primeiros a saber se houvesse problemas legais.

— Ir embora? Como assim?

— Esqueça. Eu entro em contato daqui a alguns dias. Enquanto isso, mande uma notificação ao Parker dizendo que violações de confidencialidade podem tornar nula e sem efeito qualquer coisa que saia do escritório dele.

Droga, Magnus era mesmo um crápula. Não ficava muito atrás de seu falecido pai. Mesmo nesse momento, correndo o risco de perder o marido e o filho, ele estava pensando no que aconteceria ao fim daquilo tudo.

— Pensando bem, não faça nada. Não, espere... preciso que você faça outra coisa.

Magnus deu as instruções, não deixando nenhuma dúvida acerca do que queria que acontecesse.

Casado até quarta - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora