Capítulo 11:

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Magnus conversaria com Alexander à noite. Não podia guardar para si por mais tempo a vontade de seu pai. Honestidade era a palavra-chave deles. A confiança absoluta de Alexander nele o faria um homem melhor.

Magnus ficara assustado ao perceber que Jeff pensava que ele poderia forçar Alexander a engravidar ou que o usaria desse jeito. Ele havia conquistado essa reputação nojenta? Talvez sim. Não havia muita gente que fizesse um julgamento melhor a respeito dele — exceto, talvez, Alexander.

Manter a confiança dele de repente pareceu primordial. Passava um pouco das seis da tarde quando ele entrou em sua casa em Malibu. O barulho de Mary na cozinha foi o que primeiro atraiu sua atenção.

— Espero que tenha feito o suficiente para dois — disse ele, chamando a atenção da mulher.

— Ah, você está em casa! Graças a Deus. Pensei que teria que te ligar.

— Ligar? Por quê? Está tudo bem? — Magnus olhou ao redor na cozinha, esperando ver Alexander entrar. Ele não estava muito acostumado com os serviços de Mary e muitas vezes dava uma mão nas tarefas.

— É Alexander. Ele mal saiu do quarto o dia todo.

Um alarme disparou na cabeça de Magnus.

— Ele está doente?

Ele já estava indo em direção às escadas. Mary o seguiu, com o pano de prato na mão.

— Não sei. Ele disse que está bem. Mas não comeu nada o dia todo, e eu o ouvi chorar.

Magnus subiu os degraus de dois em dois e foi para o quarto. A porta se abriu imediatamente, e ele ouviu Alexander no banheiro. Seus soluços eram como uma lâmina no peito de Magnus. Quando o ouviu praguejar, achou melhor evitar plateia.

— Pode deixar comigo — disse a Mary.

Fechando a porta atrás de si, Magnus foi até a entrada do banheiro e encontrou Alexander sentado no chão, encostado na banheira, com a cabeça enterrada entre os joelhos. Ele foi até Alec.

— Alexander ?

Quando ele ergueu os olhos encharcados de lágrimas para encontrar os dele, alguma coisa dentro de Magnus pareceu se rasgar. O que poderia ter acontecido de tão horrível? Apesar de toda a conversa sobre as pessoas serem criaturas emocionais, ele não tinha visto isso no homem à sua frente até o momento. O lábio dele tremia, e uma nova onda de lágrimas começou a rolar.

— Querido, o que aconteceu? — Ele o puxou para os seus braços, mas ele resistiu ao toque.

— E-Eles n-não f-funcionaram — disse Alec.

— O que não funcionou? — Ele se ajoelhou e pôs as mãos nos ombros de Alec, para evitar que ele se afastasse.

Alexander pegou uma caixa a seus pés e a balançou na frente dele.

— Isso aqui.

Ele demorou alguns segundos para reconhecer aquilo. Embalagens de preservativos estavam jogadas por todo o banheiro, como se Alexander tivesse lutado com todas elas. Havia várias caixas no balcão e outras na banheira.

— Não entendo o que você quer dizer.

Alexander pegou outra caixa e a jogou no cesto de lixo.

— Eles não funcionaram! — gritou. Pegou outro pacote e jogou em direção ao lixo, mas errou.

Não funcionaram? Do que ele está falando?

Alec enterrou a cabeça entre os joelhos de novo.

— Eu estou grávido.

Casado até quarta - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora