Capítulo 9:

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Estava difícil para Alexander se livrar do jet lag, e eles já estavam na Inglaterra havia mais de uma semana. É... viver uma mentira era exaustivo.

Até Magnus parecia estressado.

A recepção seria no dia seguinte, e tudo estava pronto. O que Alexander necessitava era de um tempo longe da exigente família do marido. Havia escapado para a biblioteca, determinado a se distrair, quando Magnus o encontrou.

— Ah, aí está você.

Magnus estava uma delícia com uma calça de sarja e um pulôver que enfatizava seus ombros largos.

— Pensei que você tinha ido para o escritório.

Ele balançou a cabeça.

— Eu não te deixaria sozinho justo hoje.

Confuso, ela perguntou:

— O que tem de tão especial hoje?

Ele levou a mão ao peito e fingiu uma dor mortal.

— Não acredito que você esqueceu.

Alexander riu.

— É melhor não trocar o seu emprego pela carreira de ator — brincou.

— Você não sabe mesmo que dia é hoje?

Não era feriado, nem na Inglaterra, nem nos Estados Unidos, o aniversário dele já tinha passado, e para o de Alec faltavam alguns meses.

— Não faço ideia.

Magnus pegou as mãos de Alec e as levou ao peito.

— Estamos casados há um mês.

Meu Deus, ele tinha razão. O fato de ele ter pensado nisso e dado tanta importância à data mostrava como o galante duque era romântico.

— Uau. Já faz um mês. — Parecia tanto tempo...

— E já sei como vamos comemorar.

— Você quer comemorar nosso aniversário de um mês?

Alexander olhou por cima do ombro de Magnus para ver se alguém estava por perto, os escutando. Não podia ver o corredor, de modo que guardou para si as perguntas sobre o motivo de tanto entusiasmo.

Magnus deu uma piscadinha e entrelaçou os dedos nos dele.

— Vamos. — Ele o puxou da biblioteca até o enorme salão, e saíram pela porta da frente.

— Aonde estamos indo?

Esse era o Magnus despreocupado que ele gostava de ver.

— Para um passeio.

— Quanto mistério — disse Alec — Aonde?

— Você vai ver. — Em vez de levá-lo até o carro, ele o conduziu aos estábulos. — Você disse que cavalgava, certo?

Eles haviam conversado sobre cavalos quando chegaram a Albany.

— Sim, mas faz muito tempo.

— Não vamos muito longe.

Fazia sol, o que era raro. O ar quente e os pássaros no céu ajudaram a aliviar o estresse dos ombros de Alexander. No estábulo, dois cavalos estavam selados e prontos. Magnus agradeceu ao rapaz que havia preparado as montarias e sussurrou algo no ouvido dele. O garoto corou, lançou um rápido olhar para Alexander e deu meia-volta.

— Sim, senhor — disse.

— Precisa de uma mão? — Magnus perguntou a Alec.

A égua castanha o olhou desconfiada quando Alec se aproximou. Depois de alguns afagos, o animal bufou, como se dissesse: "Ora, que seja".

Casado até quarta - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora