Capítulo 8:

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As vantagens de um jatinho particular eram ainda melhores com um homem junto. Fazer amor em pleno ar e ter algumas horas de sono deveria tê-los deixado relaxados até pousar. Infelizmente, Magnus podia sentir o desconforto de Alexander e fez tudo que estava a seu alcance para distraí-lo.

Ele havia reservado um hotel perto do aeroporto para passarem a noite, e planejava se juntar a sua família em Albany no dia seguinte. Mas sua família tinha outros planos.

Quando o jatinho pousou, nas primeiras horas da manhã, era madrugada no fuso horário de Alexander e Magnus. Pelo jeito como Alec retorcia as mãos, ele percebia que seus nervos estavam em alerta máximo.

Ele manteve o braço em torno dos ombros dele quando saíram do avião.

Por sugestão dele, Alec vestira uma calça jeans velha e confortável e uma camisa de manga comprida.

— Não precisa se arrumar para o motorista do carro — ele havia dito, assegurando-lhe que teriam tempo para dormir, tomar banho e se vestir adequadamente antes de encontrar qualquer pessoa importante.

No entanto, quando o carro que ele havia pedido parou ao lado do avião e a porta de trás se abriu, a mãe de Magnus deixou os dois paralisados.

— Você disse que ninguém estaria nos esperando no aeroporto — Alec sibilou com os lábios apertados.

— Não mesmo.

Não havia como ignorar a mãe de Magnus quando ela deslizou para fora da limusine. O motorista segurava um guarda-chuva sobre a cabeça da mulher para evitar que as gotas de chuva arruinassem o que um cabeleireiro devia ter passado horas criando.

Apesar de seu casamento terrível, Linda Bane poderia passar por uma mulher dez anos mais jovem. Seu cabelo escuro estava graciosamente puxado para trás, sob um chapéu elegante. Um longo casaco cinza cobria o que Magnus sabia ser uma saia e uma blusa ajustadas. Sua mãe sempre se vestia com perfeição. Mesmo que o sol estivesse escondido atrás de uma densa camada de nuvens, ela usava um par de óculos escuros grandes o suficiente para esconder os olhos e os sentimentos que eles pudessem revelar.

— Então quem é ela?

Magnus engoliu em seco. Se havia uma coisa que aprendera sobre seu marido, era que ele tinha suas inseguranças. Apesar da atitude desafiadora, Alexander tinha um desejo subjacente de ser aceito.

Ele sabia, sem sombra de dúvida, que sua sugestão de que ele trocasse o conjunto de seda por roupas confortáveis se voltaria contra ele mais tarde.

— Minha mãe.

Os passos de Alec vacilaram, mas Magnus o manteve em movimento, pressionando firmemente a mão nas costas dele.

— Mas...

— Mãe? — Magnus tirou a mão das costas de Alexander apenas para beijar as bochechas de sua mãe. — Não esperávamos você aqui. — Apesar do tom leve, Magnus desejou transmitir seu descontentamento.

— Eu não poderia deixar que você e o seu noivo chegassem sem lhes dar as boas-vindas.

Magnus voltou a ficar ao lado de Alexander e fez as apresentações.

— Alexander, esta é minha mãe, Linda. Mãe, quero que conheça o meu marido, Alexander.

Sua mãe deixou que um sorriso se erguesse em seus lábios.

— É um prazer — disse ela, levantando a mão para cumprimentar o genro.

— Ouvi falar muito de você — disse Alec.

Casado até quarta - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora