Magnus esfregou o rosto pela enésima vez naquele dia. A mensagem de Alexander o abalara, e não conseguira mais falar com ele depois disso.
Que raios Camille estava pensando? O que havia dito para seu marido? Magnus estava casado havia menos de uma semana e já precisava encontrar um jeito de manter sua amante longe de seu marido. Ele nem sequer havia falado com Camille desde que colocara a aliança no dedo de Alexander. Tentou ligar para ela uma vez, mas, quando a empregada disse que ela não o atenderia, pensou que não tinham mais nada a dizer um ao outro.
Jacqueline lhe enviara uma fria mensagem: "Me ligue quando se cansar dele".
E por que a palavra "víbora"? Não podia ser boa coisa.
Droga. Se fosse preciso algo além de um voo sem escalas, ele pegaria seu jatinho imediatamente. Mas tomar decisões precipitadas não era seu estilo. Seu plano era retornar aos Estados Unidos no domingo à noite, quando poderia buscar seu marido e levá-lo até a Europa.
A menos que Alexander precisasse dele antes, Magnus manteria o plano original. Ainda assim, pensar em vê-lo o agradava. Suas conversas ao telefone iluminavam seu dia de maneiras que ele não havia imaginado. O flerte entre eles seria problemático se estivessem no mesmo país. Com um oceano de distância, era mais seguro. Talvez fosse por isso que Magnus começara a se abrir para ele. Os homens sempre haviam sido um jogo para ele. Primeiro atraí-los, o que não era difícil, depois seduzi-los. Embora não tivesse estabelecido um limite de tempo com os homens anteriores em sua vida, ele nunca mantivera relacionamentos por mais de seis meses a um ano. A atração geralmente desvanecia muito antes disso. Magnus e a monogamia eram estranhos um para o outro, ele herdara essa característica do pai.
Mas Alexander não precisava ser um jogo. Pela primeira vez em sua vida adulta, a sinceridade com o mesmo sexo parecia segura para Magnus.
Seu telefone avisou quando chegou uma mensagem.
— Alec— ele sussurrou, esperançoso. Não era ele.
Magnus leu a mensagem do banco informando sobre atividades no cartão de crédito que ele havia dado a Alexander.
"Talvez a visita da Camille não tenha sido um completo desperdício." — pensou.
Magnus viu a quantia gasta no cartão e sorriu. O comentário de Alexander sobre algumas pessoas serem criaturas emocionais surgiu em sua mente. Aparentemente, seu marido não estava imune a isso.
***
Épocas traumáticas na vida muitas vezes levam a um sexto sentido para as coisas. Pelo menos era o que Alexander acreditava. Deus era testemunha de que, em sua pouca idade, ele já havia suportado drama suficiente para duas vidas.
Rejeitada, a imprensa passara a focar na mais recente atriz em ruínas, cuja dependência química e comportamento imprudente a levaram à prisão. Felizmente, esqueceram o novo duque que vivia nas terras baixas de Tarzana. No entanto, o peso de ser observado continuava seguindo Alexander.
E isso começava a irritá-lo.
O último ano de liberdade de seu pai fora terrível. Alexander notava novos alunos no campus que pareciam nunca entrar nas aulas, mas sempre conseguiam cruzar seu caminho. Carros escuros seguiam seu conversível e estacionavam em frente aos lugares que ele frequentava. Os telefones de sua casa faziam um barulho estranho quando ele os pegava. Chegou a ponto de Alexander ter que se vestir no banheiro ou no enorme closet para garantir certa privacidade.
Magnus não havia revelado detalhes sobre quem estaria de olho no casamento deles durante o próximo ano, só dissera que haveria gente observando. O tempo que passariam juntos precisaria ser convincente, e o tempo separados deveria se mostrar difícil para ambos. Ela supôs que os telefonemas diários de Magnus eram uma maneira de medirem o carinho entre eles. Pelo menos os registros telefônicos revelariam conversas diárias.
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Casado até quarta - Malec
FanfictionMagnus Bane é rico, nobre, charmoso... E precisa de uma esposa até quarta-feira. Para isso, ele recorre a Alec Lightwood, dono da agência de casamentos Alicante. A princípio, ele não está no menu de pretendentes... Até Bane lhe oferecer milhões de d...