Capítulo 14 - Epílogo

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Eles deram ao filho o nome de Alex Edmund Lightwood-Bane. Alex por causa de Alexander, porque Magnus não soubera manter o zíper da calça fechado, e batizar seu filho em homenagem a Alec era algo que ele estava determinado a fazer. E Edmund por causa de seu pai, que Magnus simplesmente não podia mais odiar, já que fora a razão pela qual ele e Alexander se conheceram.

— Você é um conde muito guloso, não é mesmo?

Alexander observava Alex enquanto ele terminava o lanchinho da tarde. O médico não estava brincando quando disse que bebês mamam a cada duas horas.

Ele não se importava. Bem, para ser sincero, a amamentação da madrugada pesava sobre ele, mas, ainda assim, Alec acordava e alimentava o filho com satisfação. Magnus fazia sua parte: trocava as fraldas e ajudava no que podia. Ele tentara ficar acordado no começo, mas a maioria das noites adormecia ao lado de Alec enquanto ele atendia às necessidades de Alex.

Alec ouviu passos saindo do quarto principal e se aproximando do quarto do bebê. Magnus apareceu na porta com um sorriso bobo no rosto.

— Achei que ia encontrar vocês dois aqui.

Alex ouviu a voz de seu pai e sorriu com a boca ao redor do mamilo de Alec.

— Está ouvindo o papai?

Magnus entrou no quarto e se ajoelhou ao lado da cadeira de balanço. Alex piscou com seus preciosos olhos azuis e parou de sugar.

— Timing perfeito — disse Magnus, pegando o paninho no ombro de Alexander e acomodando seu filho no colo.

Alec ajeitou a blusa e notou que Magnus havia trocado a roupa casual de sábado por terno e gravata.

— Você tem mesmo que ir ao escritório? — ele perguntou.

Era o aniversário de casamento deles, e a intenção era ficar em casa e jantar tranquilamente.

— Que tipo de marido iria trabalhar no primeiro aniversário de casamento?

Alex soltou um belo arroto.

— Exatamente — disse Magnus.

— Então por que você se trocou?

— Tenho uma surpresa.

Alec se levantou e estreitou os olhos.

— Que tipo de surpresa?

— Você vai ver.

Ele o pegou pela mão, o levou escada abaixo e em seguida entraram na sala de estar. O nariz de Alec captou o cheiro de flores antes que eles entrassem. Então, ele os viu. Linda — a mãe de Magnus —, Gwen, Isabelle e a enfermeira particular que haviam contratado para cuidar dela em casa, Carter, Jace e todos os empregados da casa.

— O que está acontecendo?

— Surpresa! — Isabelle acenou da cadeira de rodas.

— Achei que festa surpresa era só para aniversários de nascimento, não de casamento.

Linda parou ao lado de Magnus.

— Cadê o meu netinho lindo? — Tirou Alex dos braços do pai, se inclinou e beijou Alexander no rosto, cumprimentando-o.

Magnus abraçou o marido.

— Estamos todos aqui para mais do que uma festa de aniversário de casamento.

— Ah, é?

— Sim. Estamos aqui para um casamento.

Ele estava confuso.

Alec olhou ao redor e não viu nenhum casal. Carter, Gwen e Jace eram os únicos jovens elegíveis da sala, e estavam muito distantes um do outro.

— De quem?

— O nosso.

— Tudo bem, eu sei que a gravidez queimou alguns dos meus neurônios, mas, da última vez que eu verifiquei, nós já éramos casados.

Magnus se inclinou para a frente e o beijou. Quando afastou os lábios dos dele, explicou:

— No ano passado, privamos todos os nossos amigos e familiares de testemunhar o nosso casamento. Nós dois sabemos a razão disso... mas não quero que ninguém questione o meu amor por você novamente. A partir de hoje, vamos renovar nossos votos em um estado diferente a cada ano.

Alec fez sua boca de peixe.

— Todo ano?

— Não é romântico? — disse Gwen ao lado dele.

— E, quando esgotarmos os estados aqui, vamos para a Europa.

Uma onda de lágrimas se acumulou nos olhos de Alec enquanto ele encarava seu marido, incrível e amoroso.

— Você é louco, sabia?

— Eu usaria palavras mais específicas que essa — disse Carter.

— Mas não agora! Tem um bebê na sala. — Jace fez o sinal de "não" com o dedo para Carter e ganhou uma piscadinha.

— Um casamento por ano? — Alexander perguntou.

Magnus assentiu.

— Simples ou elaborado, como você quiser. Cada ano um de nós planeja, ou podemos deixar o trabalho nas mãos de alguém.

Gwen bateu palmas.

— Ah, eu quero planejar o do próximo ano. Tenho o tema perfeito para um casamento no Texas.

— Tema?

— Fico com o quinto, no Havaí — disse Jace.

Ah, Senhor, aquele bando de malucos estava caindo de cabeça naquilo. Bem como ele fizera quando dissera "sim" para Magnus pela primeira vez.

— Quer saber? Estou dentro.

— Esse é o meu garoto!

Magnus o puxou para perto, o calor e o conforto de seus braços ao redor dele eram como um cobertor.

— Vou dizer ao pastor que estamos quase prontos — Jace anunciou enquanto se afastava.

— Vou checar o bufê — disse Mary, dirigindo-se à cozinha.

— Quando você planejou tudo isso? — perguntou Alec, depois que todos saíram da sala.

— Você e o Alex dormem muito.

Alec riu e, pouco depois, tentou esconder um bocejo com a mão.

— O médico disse que o Alex deve dormir a noite toda a partir do terceiro mês.

Magnus lhe deu um beijou na testa.

— Só não durma antes de dizer "sim".

Alexander pôs a palma da mão no rosto de Magnus e se ergueu na ponta dos pés.

— Ah, sim! Mil vezes sim!

E então selou seu voto com um beijo de arrepiar.



Fim

Casado até quarta - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora