A minha vida definitivamente é uma merda.
Depois de anos treinando para ser um boxeador profissional; os jogos de futebol americano no Campus da qual eu era a estrela; as noitadas malucas com meus amigos; as festas; as bebidas... Como é possíve...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
KEVIN.
Paraliso no lugar quando aquela coisa pousa a poucos metros num estrondo gigantesco, quase fazendo o chão tremer! Wahlk parece bastante satisfeito ao meu lado e dedida os segundos seguintes para admirar o outro Alienígena.
O bicho parece ser uma versão mutante e mais assustadora de um pterodáctilo. A pele é de um preto tão intenso e lustroso que parece petróleo, além de ter um par extra de asas ossudas um pouco abaixo de onde ficam as maiores.
O bicho fica lá encarando as árvores por algum tempo, fazendo um som esquisito e aspirando o ar, como se sentisse alguma coisa.
Prendo a minha respiração, como se isso inutilmente fosse impedir do nosso cheiro se espalhar por aí. Mas quando ele vira o focinho estranhamente longo e espinhoso na direção do arbusto em que estamos escondidos, sinto que fomos detectados.
Wahlk se move tão rápido que tudo que vejo é um borrão de azul. O som de algo cortando tanto o ar quanto o silêncio bruscamente me faz tentar dar um passo para trás e... cair de bunda do chão como um pateta.
O bicho solta um grasnado estridente, antes de começar a se debater sem parar, fazendo as quatro azas escuras girarem e sacudirem para todos os lados. Wahlk levanta tranquilamente com um olhar frio, então caminha até lá e corta a garganta do bicho com uma das facas, fazendo o alienígena alado parar de se debater instantaneamente.
Levanto do chão e limpo a terra e os pedaços de neve da bunda, antes de sair dos arbustos e caminhar até lá.
— O que é isso?— pergunto, sem desgrudar os olhos da criatura. Noto pela primeira vez a lança atravessando pouco abaixo de uma das omoplatas. Da garganta escorre um sangue tão preto quanto a pele encouraçada, tingindo o chão e criando uma poça que cresce a cada instante.
— um Talak. São raros, e a carne é muito boa.— ele diz, com os cantos da boca levemente levantados e uma expressão um tanto convencida, Isso faz com que as covinhas profundas apareçam e a cicatriz que atravessa um pouco do lábio inferior ficar um pouco mais visível.
— eu não vou comer essa coisa.— digo por fim, fazendo a sua expressão de felicidade sumir um segundo depois. Ele me encara por alguns segundos, antes de dá de ombros.
— bom. Sobra mais para quem quer.— diz ele com uma voz desprovida de emoção, o que faz meu ficar um pouco surpreso, antes de pegar o Alienígena alado pelas asas e o jogar por cima dos ombros.
Wahlk pega a lança suja de sangue negro do chão e começa a andar por onde viemos em total silêncio, sem olhar por cima dos ombros para ver se estou o seguindo ou não.
O que caralhos deu nele?!
Segurando um gemido de desgosto, aperto a minha lança com força e o sigo.