KEVIN.Will, Yake e Tyson foram embora no dia seguinte, depois de muita conversa (uma em específico pode ter me deixado um pouco traumatizado, mas já estou de boa com isso).
Wahlk segurou Tyson durante metade do tempo. O garotinho não é do tipo que chora na presença de estranhos, mas o apego dele com o meu Alienígena era muito notório. ele ficava sempre encarando com aqueles olhos azuis e enormes, enquanto Wahlk encarava de volta, sorrindo.
Ele pareceu ser bem mais adaptado ao frio do que eu e Will, mesmo que também seja parte humano, e o rabo não parava quieto.
Toda a tribo ficou um pouco preocupada quando não voltamos depois de tanto tempo, o que também foi um dos motivos para eles virem. E eu e Wahlk falamos sobre isso pouco tempo após os nossos convidados irem embora.
- você quer voltar para a caverna da tribo?- ele perguntou enquanto estávamos deitados na cama. Sua expressão ainda estava sonhadora, como se tivesse imaginando como seria a nossa versão fofinha de Tyson.
- você quer ir? Eu não gosto muito de toda aquela claustrofobia... - respondi, mas com Wahlk lá comigo acho que não teria problema algum.
- eu também não, na verdade. Prefiro ficar sozinho, com você. - ele me interrompeu enquanto me abraçava. E então nós resolvemos continuar aqui, mas ir visita-los de tempos em tempos.
Agora nós ainda estamos deitados na cama, mesmo que já esteja bem tarde. Uma sensação de completude misturada com preguiça passa por mim quando encaro o peito de Wahlk, que sobe e desce com calma sob mim. Seus olhos estão meio abertos, embora eu ache que ele não esteja focando em absolutamente nada, e sim numa espécie de transe, perdido em seus próprios pensamentos.
Nós últimos minutos, Alby já andou e cheirou cada milímetro dessa caverna, mas os seus passos são tão leves e sorrateiros que ele não faz nenhum som sequer, e se eu não o procurasse com o meu olhar de tempos em tempos, poderia jurar que Wahlk e eu estamos sozinhos.
Agora ele está fuçando o meu par de botas novo, que Wahlk fez com as asas do talak (o pterodáctilo esquisito dos nossos primeiros dias juntos). As botas são tão pretas e lustrosas que parecem absorver luz.
- hey. - dou um peteleco no seu nariz, levantando o rosto para encara-lo. O seu cabelo escuro está preso em tranças nórdicas novamente, deixando todo o seu maxilar quadrado, as bochechas angulosas e as têmporas a vista. Esse Alienígena é com certeza a coisa mais linda que eu já vi!!
- oi. - ele responde, abrindo um pouco mais dos olhos e os fixando em mim. Suas mãos vão quase que automaticamente para a minha cintura.
- tudo bem? Você parecia estar viajando. - Sussurro, então ele levanta uma das sombrancelhas e aproxima o rosto do meu. A intensidade do seu olhar faz os pelos da minha nunca se eriçarem.
- estava pensando na gente. em como eu sou feliz com você. - ele diz, me fazendo soltar um suspiro involuntário. Subo em cima dele e seguro seu rosto com minhas mãos, apertando de leve suas bochechas, deixando-o com um biquinho fofo.
Porra. Eu não trocaria isso por nada!
Baixo meu rosto até lá e roço nossos lábios de leve. Só isso é o suficiente para que eu fique meio tonto de tanta satisfação. Seus braços me apertam contra ele, e os pequenos cumes da sua pele quente roçam contra a minha.
Aprofundo de leve o beijo, sendo o mais carinhoso que consigo enquanto brinco com o seu lábio inferior, deslizando minha língua por toda a sua extensão macia. Wahlk geme baixinho, mas me deixa com todo o controle do beijo, seguindo os meus movimentos sem pressa alguma.
Agarro os seus chifres para ter mais estabilidade e movo minha atenção para o seu lábio superior. A sua barba por fazer faz cócegas no meu rosto. Isso é tão excitante que já fico mais duro que pedra quase que instantaneamente.
Brinco com ele por algum tempo, sentindo-o agarrar minha bunda com possessividade. Gemo contra ele e enfim enfio a língua na sua boca, procurando desesperadamente o contato com a sua.
Nós começamos uma dança calma, molhada e carinhosa, um pouco diferente do que gostarmos normalmente, onde tudo gira ao redor de dominância, possessividade e um pouco de agressividade, mas desse jeito também é maravilhoso. Não temos qualquer pressa em terminar com isso.
Vou mostrar pra ele o quanto o amo.
Wahlk é tudo para mim.
(***)
Umas duas horas depois, já estamos completamente saciados e estou fazendo a comida para o meu Alienígena gostoso, apesar dele merecer muito mais do que isso (e não porque hoje foi a vez dele dar a bunda).
Também comecei a pegar frutas na floresta para deixar um pouco mais diversificado o nosso cardápio, e embora não seja muito fã de folhas e frutos, Wahlk gosta quando estão discretamente misturados com a carne, como em um ensopado, por exemplo.
Não temos sal, mas acho que não faz muita diferença quando você ficou a vida inteira sem ele. Também já estou me acostumando a comer tudo sem.
Apesar de Wahlk ser silencioso como uma víbora, consigo senti-lo se aproximando de mim por trás pelo som quase inaudível da sua respiração. O seu braço grande passa ao redor da minha cintura e o seu corpo grande é pressionado nas minhas costas.
- o que você tá fazendo? - ele sussurra no meu ouvido, fazendo um arrepio subir pela minha espinha.
- a comida, ué. - lhe dou uma cotovelada de leve, antes de olhar por cima dos ombros num ângulo meio estranho, pois ele é bem mais alto. Suas bochechas estão um pouco coradas (ele sempre fica assim depois que eu... Fodo ele) e o seu cabelo está um pouco assanhado, com algumas tranças desfeitas. Talvez eu tenha puxado muito o seu cabelo quando o pegava por trás...
- não precisava. Eu já estava indo fazer.
- gosto de fazer para você. - explico, revirando os olhos. Wahlk solta uma risadinha rouca e apoia o queixo em cima da minha cabeça, me fazendo querer joga-lo naquela cama e repetir cada movimento de horas atrás.
Sinto-o aspirar profundamente. Meu cabelo está um pouco grande demais e parecendo um ninho de passarinho, mas acho que ele gosta do meu cabelo assim, pelo mesmo motivo que eu gosto do dele grande (ter onde agarrar quando...).
- a gente poderia sair para caçar. Já faz um alguns dias que não vamos. - ele propõe, então confirmo com a cabeça, mas antes que eu diga alguma coisa, Alby surge do nada e começa a roçar o corpo peludo nas nossas pernas.
- seu empata foda! - murmuro para ele em tom de brincadeira, recebendo uma série de "shysssssss" como resposta.
DESCULPEM PELA DEMORA, GENTE. NÃO TÔ CONSEGUINDO ESCREVER COM TANTA FREQUÊNCIA, MAS COMO SÓ FALTAM ALGUNS CAPÍTULOS, VOU TERMINAR LOGO LOGO!!
(E VAMOS TER UM CAPÍTULO EXTRA SOBRE COMO ANDAM AS COISAS NA CAVERNA DA TRIBO...)⭐
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HÉLIX [COMPLETO]
RandomA minha vida definitivamente é uma merda. Depois de anos treinando para ser um boxeador profissional; os jogos de futebol americano no Campus da qual eu era a estrela; as noitadas malucas com meus amigos; as festas; as bebidas... Como é possíve...