capítulo 18

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WAHLK

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WAHLK.






ELE TINHA QUE TER SAÍDO JUSTAMENTE AGORA?!? JUSTO AGORA?!

Solto um rosnado de puro nervosismo enquanto corro para fora da caverna, dois milissegundos após ver que Kevin não estava em lugar nenhum.

A porra do eclipse já começou. As três luas estão juntas no céu, em uma forma meio deformada e esquista da qual nunca vou me acostumar. Outra coisa para qual não estamos prontos é o maldito calor, que parece queimar minha pele de dentro para fora e destroçar os meus ossos.

Paro na entrada da caverna, tentando cobrir com as mãos a luz intensa que insiste em me cegar e fazer meus olhos arderem sem parar. Tento manter a calma e olhar em todas as direções possíveis antes de tomar uma decisão, já que será inútil pegar um caminho errado.

Porra. Era para estarmos seguros lá dentro quando isso acontecesse, longe dessa luz e do calor infernal. A maioria de nós sempre passa mal quando isso acontece, ficamos tontos e nossa pele fica absurdamente ressecada.

- KEVIN?! - Grito com força, sentindo a garganta arder um pouco devido a secura. Se acontecer alguma coisa com ele, não sei como vou continuar vivendo...

- KEVIN?!?!?- grito novamente, dando um passo para frente e fazendo minha perna afundar até quase o joelho nessa coisa pastosa em que a neve e o gelo estão se tornando, mas pelo menos o frio que vem de baixo faz meus pés agradecerem, não que isso vá durar por muito tempo. Toda essa neve vai derreter logo logo.

- KEVIN?!?! - tento me concentrar no menor dos barulhos, mas um zumbido estranho está me atrapalhando. Dou mais alguns passos, afundando ainda mais na neve meio derretida, já pronto para começar a correr e procura-lo em cada canto desse maldito planeta.

- Wahlk?!- uma voz responde, e embora um pouco longe, quase me faz cair de joelhos de tanto alívio.

Ele ainda está na floresta. Lá embaixo. Não penso duas vezes antes de desatar a correr até lá, com saltos estranhos, deslizando na neve escorregadia e tentando chegar lá o mais rápido possível.

Ele aparece no limite da floresta assim que estou quase na metade do percurso. Ele está visivelmente cansado, mesmo que eu não consiga enxergar direito. Já há água escorrendo livremente pelas colinas, em direção a parte mais baixa: a floresta.

Continuo correndo, quase morrendo de alívio ao vê-lo, mas ele para no lugar, olha para trás rapidamente, antes de voltar correndo para dentro da floresta.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?!- rosno, mas ele aparece novamente poucos segundos depois, com alguma coisa embaixo do braço.

Eu corro tão rápido até ele que quase não recupero o fôlego. Ele me encontra na metade do caminho, com água e pedaços de gelo até quase as suas coxas.

HÉLIX [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora