capítulo 13

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KEVIN

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KEVIN.






No dia seguinte, depois de várias horas dormindo feito pedra, nós finalmente levantamos e juntamos nossas coisas para ir embora. Para onde quer que fique a nova caverna onde iremos ficar.

Tudo que pegamos foi as armas, dois cantis e um pouco de carne. Além das asas escuras do pterodáctilo esquisito, seja lá para que Wahlk queira elas.

Agora estamos contornando a floresta, descendo a colina com certa facilidade, pois há bem menos neve que o normal. Wahlk diz que é um dos efeitos do eclipse que está por vir.

- Hey.- cutuco a sua cauda com a ponta da lança que estou carregando apenas para provocar, ganhando um olhar assassino, mas com a sombra de um sorriso em troca. Ele para por um instante, então o acompanho facilmente.

- tem outra floresta mais adiante. Essa é bem maior, e as cavernas são mais seguras.- Wahlk explica, me surpreendendo um pouco, já que ele normalmente só fala quando eu pergunto alguma coisa, e olha que nem é toda vez. Pelo visto ele está de bom humor.

- eu acho que...- começo, mas uma sensação meio estranha passa por mim, me fazendo olhar por cima do ombro rapidamente, não vendo nada a não ser neve e a pequena floresta quase sumindo no horizonte. É como se eu soubesse que estamos sendo seguidos, observados em silêncio.

- Não encare, não dê atenção, que ele vai embora.- Wahlk diz, sem olhar para trás. Fico um pouco espantado, imaginando todo tipo de criatura esquisita ou assustadora, mas pela despreocupação do meu companheiro aqui, não deve ser nada.

- "ele" quem? - não consigo ver absolutamente nada a não ser neve.

- olhe para trás, naqueles montes de neve, sua direita.- ele explica, então faço isso.

A princípio não vejo absolutamente nada, mas o leve movimento a uns três metros de onde estou observando me faz dá de cara com um par de olhos enormes e curiosos daquele Alienígena que parece a mistura de um rato gigante e um porco-espinho.

- qual a nome daquela coisa mesmo?- pergunto para Wahlk, que me impediu de matar um idêntico a esse poucos dias atrás. Provavelmente é até o mesmo.

- Zaif. Não fique olhando ou ele vai se aproximar. - ele sussurra, então viro-me para frente e continuo andando, sem saber e o pequeno bicho está ou não nos seguindo.

Os minutos vão se passando, e apesar de está bastante frio e meu nariz coçando de tanta sinusite, já estou me acostumando com o clima daqui (não é como se eu tivesse outra opção, não é mesmo??). Algumas montanhas aparecem no horizonte, enormes e distantes demais para que alguém sequer cogite a ir daqui até lá.

- é bonito.- aponto para a série de picos e cadeias montanhosas no limite de onde minha visão alcança. A maioria delas é tão ingrime que não há neve presa na rocha a não ser no pico.

HÉLIX [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora