capítulo 22

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KEVIN

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KEVIN.





caçar com Wahlk é sempre divertido. É praticamente viciante vê-lo totalmente concentrado, segundos antes de atirar uma lança ou atacar algum animal numa velocidade surpreendente. Seu maxilar fica tenso, fazendo o músculo da sua bochecha se contrair, marcando ainda mais o queixo quadrado e fazendo aquela covinha aparecer. Seus olhos focam em um único ponto e ele ignora totalmente tudo ao seu redor, procurando sempre a melhor oportunidade para abater o animal.

Wahlk nunca, nunca, erra. Eu consigo acertar na maioria das vezes, mas nada se compara ao meu Alienígena gostoso.

Agora estamos contornando a floresta, indo em direção as montanhas. O clima frio já não é tão insuportável quando como cheguei aqui. Ainda não estou 100% adaptado a ele (as vezes acordo com o nariz entupido e espirrando sem parar), mas já é um começo.

Roço meu braço no de Wahlk, fazendo-o olhar rapidamente com uma das sobrancelhas erguidas e um meio sorriso lindo e malandro. Só isso já é o suficiente para querer transar com ele aqui mesmo, mas ignoro o latejar constante embaixo da roupa e continuo andando, sentindo os pequenos cumes do seu braço roçarem na minha pele.

Enquanto caminhamos, as árvores imensas da floresta ficam a nossa esquerda, e há alguns sons já bastante conhecidos vindos de lá. Alguns chiados e grasnados. Alguns são até semelhantes aos de Alby (que depois de muita luta, finalmente conseguimos fazê-lo ficar na caverna e não nos seguir).

- Acha que conseguiremos algo grande?- cutuco Wahlk com a mão que não está segurando a lança pesada.

- é possível. Os bichos ficam mais agitados com a onda de frio. - ele me encara e abre um sorriso carinhoso e fofo.

Porra. Eu quero pular em cima dele e beijar cada centímetro desse seu corpo.

Dou um tapão na sua bunda, fazendo ele dá um pulo desajeitado para frente e rosnar para mim. Caio na risada e cubro a boca com a mão para abafar o som.

Isso vai servir até voltarmos para a nossa caverna.




(***)





Nós continuamos andando por um longo tempo, conversando, rindo e provocando um ao outro.

É impossível ver o tempo passando quando estou com Wahlk. A conversa simplesmente flui, os minutos se passam e quando noto, já tem se passado horas.

- você achar quê...- começo, mas um rosnado alto corta minha voz. Nós dois olhamos para as colinas altas, de onde veio o som. Meu olhar recai sobre a coisa mais assustadora que já vi.

O Alienígena é quadrúpede e imenso. As patas da frente parecem patas parecidas com as de um urso com garras enormes, mas as de trás parecem patas de algum inseto deformado. Há um ferrão monstruoso no lugar da cauda, com vários espinhos por toda sua extensão.

HÉLIX [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora