KEVIN.
Preciso de quase meia hora para me limpar e tirar toda a porra do meu cabelo, rosto, peito e braços. O estrago em Wahlk não foi tão grande e demorou apenas alguns poucos minutos para ele está limpinho da Silva. Agora ele me observa ali do canto enquanto eu termino, ainda completamente pelado e todo molhado.
- você não é muito de falar, não é?- digo, sem me virar para ele, mas não preciso fazer isso para saber que ele está encarando minhas costas/bunda. Na verdade só perguntei isso justamente pra fazer ele falar um pouco mais comigo.
- Na verdade eu não... Sou bom com palavras.- sua voz é rouca, e tem aquele tom etéreo de que me lembro, como se ele não falasse por um bom tempo e estivesse desacostumado sobre como usar as cordas vocais.
- e você é bom em que, então?- dou-me por satisfeito do banheiro, sacudindo os braços pra me secar mais rápido. Meu cabelo está grudado na testa e atrapalhando um pouco da minha visão, mas isso não me incomoda o suficiente para tira-los de lá.
- eu gosto de... Caçar. Sou bom nisso.- explica ele.
Visto a minha roupa e me jogo na cama, um tanto satisfeito. Wahlk faz menção de levantar, mas seguro o seu braço e o paro no meio do caminho.
- não precisa ir. Cabe nós dois aqui.- afirmo. Não é a primeira vez que divido a cama com alguém, e na verdade acho que só não considerei isso antes por birra mesmo. Ele para, relaxa o corpo tensionado e volta a deitar entre as cobertas.
Observo o seu corpo com minha visão periférica. Os músculos visíveis sob a pele. A luz amarela da fogueira banhando a sua pele azul; o cabelo meio assanhado; os chifres, um maior que o outro; os pequenos cumes formando um padrão pelo seu corpo...
Com a ponta dos dedos, toco de leve a cicatriz do seu peito que por pouco não passou por cima do seu mamilo. A pele é um pouco mais fina, mas parece ser tão resistente quando todo o resto.
Ele arfa baixinho, virando o rosto para me encarar, mas fujo do seu olhar, com medo do meu rosto demonstrar mais emoção do que deveria. O peito dele sobe e desce sob minha mão, e consigo ver alguma coisa crescendo absurdamente debaixo dos lençóis, se elevando e apontando para o teto da caverna como um troféu.
Posso ter passado quase um bom tempo sem sexo, mas gozar feito um condenado pouco tempo atrás me esgotou mais do que o normal, então não estou pronto para outra. O que pelo não é o caso de Wahlk, que está a ponto de bala.
- amanhã.- prometo, vendo alguma coisa acender nos seus olhos. As pupilas ficam enormes e cobrem todo o azul. Isso é um pouco estranho, mas é bonito.
- Kevin. - a voz rouca dele ecoa pela caverna.
- O que fo...- começo, mas ele avança sobre mim numa velocidade impressionante, pegando minha cintura e me puxando contra ele bruscamente. Meu corpo encaixa no seu e ele enfia uma das pernas enormes entre as minhas, deixando aquele pau gigante pressionado contra o meu, mas ele é tão grande que a ponta vai até bem acima do meu umbigo.
- O-oh.- murmuro, surpreso.
- assim é... é... Melhor. - ele tropeça nas palavras. E na verdade isso é um pouco fofo e divertido. É como se Wahlk ainda estivesse aprendendo a usar a sua habilidade de falar.
- não sou muito fã de dormir agarradinho assim, mas posso abrir uma exceção. Só por hoje.- digo por fim, e ele se limita a assentir com o rosto, contraindo o maxilar e fazendo a covinha aparecer no queixo. Resisto a vontade de levantar a mão e tocar seu rosto, porque parceiros de foda não fazem isso.
(***)
WAHLK.PORRA.
Isso tá acontecendo de verdade. Ele quer...?? Comigo??
Tenho quase certeza de que tudo isso não passa de um sonho. Talvez tenha encostado em algum planta venenosa e esteja jogado por aí delirando.
Mas se for um sonho... Ele é muito bom. Tão bom que não quero acordar nunca.
Ele... Me pegou desprevenido agindo daquela forma do nada. Eu simplesmente fiquei parado lá feito um maluco enquanto ele fazia tudo e me dava... A melhor sensação que já senti em toda minha vida. Da próxima vez (SE houver uma próxima vez), ele vai ver do que eu sou capaz de fazer, sem aquele enorme grau de surpresa para atrapalhar.
Agora eu o estou segurando contra mim com força, sentindo meu pau latejar e cutucar seu estômago. Estou tentando me controlar, mas pelo visto não está dando muito certo, além de Kevin não parece estar se importando com isso.- está com fome?- murmuro, Observando o cabelo vermelho e um pouco úmido dele.
- não. Você está?- ele responde, então nego com o rosto. Os seus olhos escuros refletem um tom bonito de marrom quase impossível de distinguir das pupilas. Nunca havia visto um olhos assim; tão escuros e profundos. Os olhos de Will também são diferentes dos nossos, eles tem um verde luminoso, mas nada como isso...
- então vamos dormir, Sr° Meeks.- diz ele, colocando as mãos na minha cintura também e dando um leve tava na minha bunda. Não sei ao certo o que penso sobre essa sua vontade de ficar pegando na minha bunda, mas resolvo não falar nada.
- Sr° Meeks? Quem é esse?
- é um cara do meu planeta. Jeremy Meeks... o formato do rosto e a cara de gângster parece um pouco com a sua. Deixa pra lá. - Kevin explica, me deixando ainda mais confuso. O que é um gângster??
Por fim, resolvo deixar para lá e fecho os olhos. Saboreando a sensação de tê-lo aqui, grudado em mim.
TÔ VIVOOO.
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HÉLIX [COMPLETO]
AcakA minha vida definitivamente é uma merda. Depois de anos treinando para ser um boxeador profissional; os jogos de futebol americano no Campus da qual eu era a estrela; as noitadas malucas com meus amigos; as festas; as bebidas... Como é possíve...