capítulo 17

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KEVIN

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KEVIN.





- Kevin.- Wahlk me chama, mais ou menos uma meia hora depois. Ainda estou um pouco cansado, mas ele não vai fugir da minha vez de fode-lo hoje a noite.

Levanto a cabeça do seu peito e o encaro por alguns instantes. Seu rosto está sereno, mas noto uma pitada de preocupação nos seus lábios levemente franzidos.

- o que foi?- dou um peteleco no seu nariz e sento na cama, de frente para ele. Wahlk faz o mesmo, sentando na minha frente, de modo com que nossas pernas fiquem roçando umas nas outras.

- precisamos conversar.- diz ele.

- aconteceu alguma coisa?- encaro-o, franzindo um pouco as sobrancelhas.

- Não, é que... A gente precisa conversar um pouco, Kevin. A gente tem acasalado nos últimos dias, e agora estou me derramando dentro de você E-e... Você já sabe que pode engravidar...- ele se enrola com as palavras.

- qual é, Wahlk. Vamos voltar a dormir. Depois falamos sobre isso...- Agarro o seu braço e tento deitar, mas ele se recusa, ficando como pedra na mesma posição.

- M-mas... E se você ficar grávido?? E se tivermos um bebê...

- não quero falar sobre isso agora, Wahlk. - deito na cama, de costas para ele. Sinto-o deitar ao meu lado, mas um braço grande e quente não é passado ao redor da minha cintura como acontece normalmente.

- K-kevin... O que nós somos?? Você quer ter um filho comigo??- pergunta ele, me fazendo estremecer um pouco.

Respiro fundo e resolvo não responder.





(***)






Não sei quanto tempo se passou em que ficamos em silêncio, mas quando finalmente crio coragem de olhar por cima dos ombros e o encarar.

Wahlk está dormindo, abraçando o próprio corpo. Jogo o cobertor sobre ele e me afasto de forma lenta para não acorda-lo.

Porra. Estávamos indo tão bem. Era tão bacana o que estávamos tendo. Aí ele começou com esses assuntos estranhos.

É um pouco mesquinho da minha parte, mas preciso ficar sozinho por um tempo. Calço as minhas botas, visto a roupa e pego minha capa, antes de começar a andar em direção a sair da caverna, mas não sem antes pegar uma das facas de osso para estar preparado pra qualquer coisa.

A temperatura não está mais tão baixa, e apesar do clima continuar congelante, está mais agradável. O dia está um pouco mais iluminado do lado de fora, sem tantas nuvens cobrindo as três luas, que curiosidade estão bem maiores e com cores mais vivas do que normalmente estão.

O som das minhas botas contra a neve granulada e os pedaços de gelo torna impossível andar em silêncio, mas faço o possível para pisar macio enquanto desço em direção a floresta, tomando cuidado para para não escorregar.

É inevitável não pensar em Wahlk. porque ele sempre fica trazendo esse assunto a tona?? Eu... Não gosto de pensar nisso. Só quero continuar do jeito que estávamos...

Os minutos se passam rapidamente, e quando noto, já estou na borda da floresta. Tudo está úmido e várias gotas de orvalho pingam das folhas com formatos esquisitos.

Também não há sons na floresta. Absolutamente nenhum. Como se todos os animais estivessem sumido, ou muito bem escondidos por aí, mas como não vim caçar e só queria dar uma volta para clarear meus pensamentos, isso não é problema para mim.

Afasto as folhas e começo a andar pela trilha, sem um destino definido. Apenas quero andar por aí mesmo.

Se vou viver nesse planeta pra sempre, preciso me adequar a ele, e não somente ficar escondido dentro da caverna.

É impressão minha ou está esquentando um pouco??

Deve ser só coisa da minha cabeça.

Continuo andando por alguns minutos, sem ver sinal de absolutamente nada. Limpo o suor do rosto e... ESPERA! Suor?!

O chão estremece um pouco do nada, me fazendo cair de bunda. Olho para os lados tentando entender o que está acontecendo, mas um vento forte e meio quente faz as folhas longas baterem no meu rosto e eu não veja absolutamente nada.

Olho para cima rapidamente, e por entre a copa das árvores consigo ver uma luz forte. Tão forte que me faz desviar os olhos. MERDA! PRECISO SAIR DAQUI.

Levando e começo a correr por entre as árvores, enquanto vai ficando ainda mais quente, como se um sol três vezes maior tivesse surgido do nada.

As raízes enroscam nas minhas pernas, assim com os espinhos de alguns arbustos, mas não paro por nada, mesmo sem saber ao certo para onde ir. Rezo internamente para estar indo na direção certa e continuo correndo.

Merda! Em que eu fui me meter?!

Os pequenos pedaços de gelo do chão começam a derreter por causa do calor absurdo. Mas e se toda a neve das colinas derreter?? Isso aqui é a parte mais baixa... Ah meu Deus...

- KEVIN!!- Um rugido meio desesperado quebra o silêncio, e mesmo estando um pouco longe, me ajuda a saber a direção certa. Viro um pouco para a direita e continuo correndo, em direção aquele Alienígena gostoso.




 Viro um pouco para a direita e continuo correndo, em direção aquele Alienígena gostoso

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