( concluido 💛)
betado/revisado - @sunshine_jmy
Gulf Kanawut, um alfa que facilmente se passa por um ômega, trabalha em uma das maiores empresas de tecnologia como chefe do departamento de criação. Sempre recebia grandes críticas por sua aparência...
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Duas semanas depois...
Estou na casa do Mew, o cio dele terminou ontem, foi um longo cio, fiquei surpreso já que normalmente cios não eram tão longos assim. Sim, fiquei com ele no seu cio inteiro e como prometido não havia um lugar naquela pele imaculada e branca que não tivesse sido marcada em roxo.
Principalmente a sua bunda. Ah, ele ganhou tantas punições por ter me enganado. Suspiro, terminado de preparar o café da manhã. Não se engane, não estava fazendo para ele e sim para mim, pois estava faminto neste momento.
Não posso esquecer tudo o que aconteceu nesses dias de cio e não daria esse luxo para ele, a sensação de ser enganado ainda era inquietante, não era algo que eu queira que existisse, mas ainda assim, persistiu.
- Merda! Argh! - escuto os resmungos vindos do andar de cima e um sorriso malicioso surge em meu rosto.
Eu vou fazer você se apaixonar por mim e lhe dar um belo pé na sua bunda gostosa para aprender a nunca mais tentar me tirar como idiota.
Listas de mentiras que esse ômega contou:
1. Não disse que era ômega;
2. Fingiu não ter nenhum parente na empresa, mas na realidade é primo do Mild;
3. Conseguiu o emprego apenas ligando para o primo;
4. Disse que eu sou feio;
5. Parece não suportar, a minha existência, mas só estava esperando para dar o bote;
6. Ficou doente;
7. Foi parar no maldito hospital;
8. Está no cio, sendo que disse ser um beta, quando não era;
9. Mencionei que ele é não disse ser um ômega?
Termino de preparar a bandeja, colocando uma flor singela nela, faço minha melhor cara de alfa apaixonado e ando até o andar de cima encontrando um Mew fodidamente sexy, os cabelos muito bagunçados, lábios inchados que faziam bico, com o lençol que cobria somente de sua cintura para baixo.
Passo a língua em meus lábios vendo a minha presa, ele me arregalando os olhos, e logo após começa a tossir parecendo ter se engasgado com a própria saliva. Ando até a cama com cheiro forte de gozo, tanto meu quanto dele.
Na verdade, toda a casa cheira a sexo, sexo quente e sujo como prometi a ele que inocentemente acreditou que eu não faria o que disse, mas o fodi por cada canto dessa casa.
- O que... você ainda está fazendo aqui? - é a primeira coisa que diz me olhando surpreso.
- Ah... eu só estou de passagem - minto descaradamente - Trouxe algo para você comer - falo colocando a bandeja perto dele, que olha desconfiado - Pode ter certeza que eu não envenenei isso, não há necessidade.
- Hmm... você comprou mesmo? - ele me pergunta e só balanço a cabeça concordando. Ele suspira e logo começa a comer e escuto um gemido de satisfação - Isso tá muito bom! - diz com a boca cheia.
Sinto uma pontada de orgulho próprio, em felicidade com o que ele disse, afinal de contas eu sei que sou perfeito em vários aspectos.
Claro que você vai gostar ômega, fui eu que cozinhei!
- Por que está sorrindo assim? - ele pergunta depois de engolir - Já pode ir embora.
Arqueio a sobrancelha, afinal eu o ajudei no cio e ele está me tratando como apenas uma foda. Fecho o punho com força.
- Não deveria falar assim comigo, eu sou seu chefe - digo e ele revira os olhos e eu rosno baixo - Não revire os olhos para mim!
- Você é meu chefe somente na empresa, aqui, agora, é somente... como vocês alfas dizem mesmo? Ah, sim, um momento de fraqueza. O que? Você pensou que eu cairia de amores por você? - ele debocha e bufo.
Sim, eu pensei isso...
O pensamento é automático. Vejo-o voltar sua atenção para a bandeja e mordo o lábio irritado com a falta de atenção, mas logo ele me olha.
- Você deveria ir embora - ele diz me expulsando. Engulo meu orgulho olhando para ele e abro a boca para falar, mas ele não permite - Eu quero que você vá embora, ou eu chamo a polícia.
- Você...
- Pode ir. Obrigado por ter me ajudado no meu cio, mas ele já acabou, então pode ir embora - ele repete e bufo.
- Meu nó atou em você... e se estiver grávido? - sorrio convencido e o vejo revirar os olhos.
- Eu tomei vários supressores, desmaiei por efeito colateral dos remédios. Meu útero está totalmente danificado, não posso ter filhotes. Tive que passar por uma lavagem e uma mini cirurgia para avaliar minha situação, então fique tranquilo, não estou prenho, agora pode ir embora - ele me expulsa novamente.
Me levanto, aponto o dedo para ele e bufo irritado, respiro fundo pegando minhas roupas e as o observando.
- Te espero na empresa - digo.
- Quero folga de três dias - ele fala todo autoritário, abro a boca para dizer que não, mas... - Eu acabei de sair de um cio e não consigo nem me mexer, não vou aguentar andar até o trabalho. E outra, você pode se virar.
- E eu posso te demitir...
- E eu posso lhe processar por assédio - ele fala confiante.
- Eu não te assediei! Você tava comigo porque quis... - digo e ele dá de ombros - Vai tentar tirar dinheiro de mim? São todos iguais mesmo... - rosno e saio dali batendo a porta com força.
- QUEBRA! ASSIM VOCÊ TERÁ QUE COMPRAR OUTRA! - ele grita mal-humorado e quase volto ali para bater na bunda dele.
Contudo, prefiro ir para o lado de fora. Assim que saio, vejo os vizinhos fofoqueiros e sorrio acenando. Ando até o carro vendo-os fofocando enquanto entro e saio dali cantando pneu.
Entro em meu apartamento cansado. Tomo um longo banho para tentar tirar o cheiro daquele maldito ômega do meu corpo, mesmo que não fosse a coisa mais fácil a se fazer naquele momento.
Eu odeio ômegas. Em especial, Mew Supassit.
Ando até meu escritório ligando o computador, decidindo por trabalhar ao invés de pensar nele. Não ganharia nada com isso.
Ficar com aquele pequeno ser teimoso-do-caralho-gostoso, ou achar em métodos de fazer aquele ômega sofrer por estar me rejeitando? Pensei.
