( concluido 💛)
betado/revisado - @sunshine_jmy
Gulf Kanawut, um alfa que facilmente se passa por um ômega, trabalha em uma das maiores empresas de tecnologia como chefe do departamento de criação. Sempre recebia grandes críticas por sua aparência...
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Estava tentando superar a cena entre Gulf e Mew mesmo que fosse fisicamente impossível, esses dois me rendem muitas risadas. Agora mesmo estão os dois discutindo sobre para onde vão, isso no meio de um hospital.
- Supassit, deixe de ser teimoso, óbvio que você vai para o meu apartamento - Gulf começa a dizer e cruzo os braços rindo – Afinal, você precisa dos meus feromônios.
- Olha só... - Mew estava pronto para bater nele então ando até os dois.
- Gulf, você pode morar com o Mew, ordens médicas - digo e Mew rosna para mim, me fazendo rir e Gulf mais ainda, animado. Me afasto deles e me despeço.
Vou até a sala de descanso médico, entro tirando meu jaleco e o guardo. Assim que abro o armário a foto estampada ali, cai. A animação por estar com meu cunhado e irmão sumindo imediatamente ao tocar a fotografia.
Liz, sinto tanto sua falta...
Faço carinho olhando para a foto, nela ela estava grávida de cinco meses do nosso filhote. Ajeito a foto no lugar, pego minhas coisas e saio de lá para o meu carro e entro nele. Meu bebê, um Aston Martin DBS Superleggera.
Ligo o automóvel, sentindo o motor soar, sim, eu sou completamente apaixonado por carros, é uma das minhas grandes características maravilhosas. Além de ser uma geladeira.
SIM! MEW FALA EM ALTO E BOM SOM QUE SOU UMA GELADEIRA ELETROLUX DUAS PORTAS. Meu cunhado é meio doidinho...
Saio dali em uma velocidade permitida e ligo o rádio que já começa a tocar uma música, o som era suave. Batia meus dedos no volante enquanto dirigia, meu telefone toca e o olho por alguns segundos e volto o olhar para a rua. Um carro já estava próximo ao meu, então freio o carro bruscamente e meu corpo é levemente jogado pra frente.
Meu coração batia acelerado, as minhas mãos tremiam, o sangue circulando demais por meu corpo. Olho para frente, observando a porta do outro carro se abrir. Olho para baixo e encosto a cabeça no volante tentando me acalmar. Inspiro e expiro... quando escuto batidas no vidro abro a porta e saio.
O cheiro de grama molhada e das flores mais perfumadas da primavera invadem meu nariz. Suspiro e pisco várias vezes, surpreso, levando meu olhar ao ômega quase da minha altura. Ele falava algo, mas eu estava perdido, olhando aqueles olhos castanhos brilhantes e para o cabelo bagunçado pelo vento.
- Ei! - escuto a voz irritada dele, que me olhava com raiva visível - Você está doido? Bateu essa merda no meu carro, pra onde estava olhando?
Ele dizia aquilo com extrema raiva, meu coração batia lento observando a beleza daquele ômega, sequer conseguia responder.
- Ah, vai ficar calado? - ele bate o pé no chão - Pois bem. Eu vou ligar para a polícia e fazer questão de você ser preso por sua imprudência! - Ele pega o próprio telefone, mas o tiro de suas mãos.
Ele bufa irritado e pisa no meu pé fazendo com que eu me curve de dor e ele pega o aparelho de volta.
- Tá achando que vai se safar? - ele ameaça irritado.
- Calma, ômega. Olha, eu vou arcar com todos os prejuízos do seu carro - digo e ele me olha com estrema desconfiança.
- Ah, quem você acha que engana? Acha mesmo que vou acreditar em você? - ele fala desconfiado e aponto para o meu carro - O que? Você quer que eu pague os consertos do seu carro? Você que bateu no meu!
Esse ômega é doido? Meu carro vale quase trezentas mil libras e ele olha como se não fosse nada?!
- Ômega, você está muito nervoso, que tal se acalmar? Veja, ali tem um café vamos para lá - falo tentando acalmá-lo e aponto para uma cafeteria, ele bufa, mas concorda e aponta o dedo para mim.
- Se você fugir, eu já memorizei a sua placa. Eu ligo para a polícia e você estará ferrado - ele ameaça e vai até o carro para tirá-lo do meio da rua.
Mordo a minha bochecha para tentar não rir pelo que ele tinha dito e me encaminho ao meu veículo para fazer o mesmo que ele. Estaciono e ando até o carro do ômega, que estava com a porta do banco traseiro aberta, ele parecia conversar com alguém.
Me mantenho afastando esperando e apreciando o seu cheiro, tentando identificar a quais flores ele cheirava.
Preciso visitar uma floricultura...
- Calma, calma... - ele diz com a voz gentil e finalmente sai do carro. Quando se vira para mim, vejo que segurava uma criança e se eu pudesse chutar, diria que tem menos de dois aninhos.
Meu coração bate acelerado com a possibilidade de o acidente ter sido pior. Um ômega e um bebê. Meu coração parece ter apertado no peito.
Assim que me vê o bebê sorri com alguns dentes a mostra, e ômega volta a me olhar, ameaçador e desconfiado, e caminha até a cafeteria.
- Espero que você possa pagar pelos custos - ele diz assim que se senta e ajeita o bebê no colo.
- Sim... hmm... que tal tomarmos um café? - pergunto tentando chamar um garçom.
- Estou aqui somente para resolver o problema do meu carro, senhor. Então não vou beber nada, você pode colocar veneno - ele diz.
- Eu? Nem conheço as pessoas daqui... Café envenenado? - pergunto e ao mesmo tempo me perguntava como pode existir um ômega assim.
- Vou mandar o meu carro para o conserto - ele fala ignorando a minha pergunta. Suspiro pegando meu celular e o olho me virando para ele - Seus dados... vou transferir o valor.
Ele me olha desconfiado, preenche o necessário e me entrega. Envio o valor para ele, que continua bufando irritado.
- Isso é a mais do que é necessário - ele diz.
- Isso é um pedido de desculpas - digo – Ah, eu sou Mark Jirakit.
- Ah, vá se foder. Não perguntei o seu nome - ele mexe por um tempo no próprio telefone e logo o meu celular vibra - Espero que você passe muito mal, seu alfa metido! - É a última coisa que ele fala antes de partir.
Um sorriso surge em meu rosto e mordo o meu lábio. Olho o celular verificando que ele me transferiu de volta parte do valor, ficando somente com o do concerto. Olho novamente para a tela e sorrio incrédulo.
- Mark.
O nome dele sai suave por meus lábios e me levanto saindo da cafeteria. Lá fora, vejo seu carro saindo dali. passo a mão no cabelo.
- O que merda eu tô pensando? - murmuro para mim mesmo, vou até o meu carro, e logo começo a dirigir para a casa da minha mãe.
