( concluido 💛)
betado/revisado - @sunshine_jmy
Gulf Kanawut, um alfa que facilmente se passa por um ômega, trabalha em uma das maiores empresas de tecnologia como chefe do departamento de criação. Sempre recebia grandes críticas por sua aparência...
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Três dias depois...
Preciso ir até a empresa. Ponto positivo: eu já consigo andar; assim que Gulf saiu daqui eu tentei, vergonhosamente, caminhar e consegui. Assim, liguei pra última pessoa que pensei que ligaria, o Bright.
[...]
- Aqui, o que pediu - ele diz e mantinha o sorriso malicioso - Sério, o sexo com o chefe foi bem violento, não tem uma parte do seu corpo que não esteja roxa...
- Bright, você já pode parar de falar - murmuro pegando a base comprada por ele. Minha missão era esconder as marcas de amarras que estavam em meu pulso.
- Eu sou o masoquista aqui, que tal você me contar os detalhes? - ele pergunta e o olho bufando. Ele ri e levanta as mãos em rendição - Você poderia passar mais dias de folga, eu tô gostando de ser seu amigo.
O sorriso dele me faz olhá-lo desconfiado, afinal, ele estava feliz em estar comigo e ele logo pisca os olhos para mim em pura animação.
- Eu estou de folga por três dias já que você ligou para o Mild e pediu - ele fala animado – Mas, por que não chamou ele?
Fico vermelho só com a possibilidade do meu primo saber o que tinha acontecido. Aposto que eu não conseguiria sentar, pois ele faria questão de contar para aos meus tios e eles iriam me bater com facilidade.
- Muitos já sabem o que aconteceu, não quero que esse erro se espalhe. Foi só um deslize do cio - falo e começo a passar a base por pontos visíveis do corpo para esconder um pouco das marcas em minha pele. Não queria ficar marcado.
Quem poderia imaginar que aquele ser conseguia ser tão agressivo na cama? Suspiro novamente pensativo e faço um leve bico ao relembrar tudo o que fizemos naqueles dias.
- Eu estava aqui pensando... - Bright volta a falar - Você vai chamar alguém pra limpar cada parte dessa casa? Tipo, o cheiro do Gulf está ridiculamente forte.
Olho para ele estranhando o que estava dizendo; ele fazia uma certa careta e eu inspiro o ar, pra mim aquele cheiro estava normal.
- Pra mim está normal – murmuro.
- Claro, como ele gozou dentro de ti tantas vezes, você está basicamente marcado pelo cheiro dele. Tem três dias que ele não vem aqui e seu cheiro ainda está presente. Me pergunto se quando o cheiro de feromônios-alfa se dissiparem, você vai continuar tão calmo assim...
- Bright, você está ficando louco, minha casa está sim com o cheirinho normal dela - falo quase ronronando. Termino e me deito na cama, me aninhando e sentindo o cheirinho forte vindo dali.
- Eu acho que o seu ômega gosta daquele alfa - Bright continua - Quais foram os locais em que vocês mais ficaram?
- Hmm... Sala... na cozinha... ah, acho que no quarto - falo distraído me sentindo sonolento por conta do pós-cio, minha cama tava tão gostosa.
- Então vou contratar uma equipe especializada em limpeza - Bright decide e o olho respirando fundo. Me sento, abraço meu travesseiro e sorrio mostrando todos os meus dentes para ele - Posso? Ou o seu lobo não deixa? Afinal, vai perder o cheiro do seu amado alfa.
- Você acha que vai acontecer o que? Pode sim, manda alguém limpar aqui - digo e sinto meu lobo se irritar dentro de mim, mas o ignoro.
- Ei, você tá atrasado. Aposto que o Kana vai querer sua cabeça na bandeja - Bright diz e suspiro saindo da cama fazendo bico, ela parecia me chamar de volta para me deitar nela.
Pego minhas coisas e acompanhado do Bright vou à empresa. Faço uma careta assim que passo pela porta de casa; meus vizinhos me olham e sorriem de forma muito suspeita, pareciam saber de algo que eu não sei. Ando até o carro do Bright já que iria de carona para lá.
Assim que chegamos na empresa todos me olham em surpresa por eu ainda está ali. Dou de ombros. Bright se despede de mim e eu continuo a subir no elevador cheio, com todos me olhando.
Olho ao redor tentando entender o motivo de estarem olhando para mim, cheiro meu braço confuso, e logo todos saem. Assim que chego ao meu andar vou andando até minha mesa, havia uma garota ali, parecia ser uma ômega. Ela me olha e sorri.
- Senhor Supassit, tem algum horário marcado? - ela pergunta com certa prepotência na voz.
- O que está fazendo no meu lugar? - pergunto, olhando-a com certo desprezo por ela estar tocando em minhas coisas. Sentia raiva por isso, odiava que tirassem as coisas do lugar.
- Agora eu sou secretaria do Gulfinho - ela diz o nome dele com uma voz arrastada e manhosa insuportáveis. Reviro os olhos com a petulância dela.
- Com a ordem de quem? - pergunto com certa irritação e respiro fundo tentando me acalmar.
- Já disse, o Gulfinho pediu - ela fala e passo a mão em meu cabelo. Vejo a porta do elevador ser aberta e Gulf sair por ela segurando alguns documentos, conversando com um homem que assim que me olha sorri.
Ando até Gulf irritado, e só agora notando a minha presença no lugar, ele me observa. Bato o pé no chão irritado.
- Você arranjou outro assistente - vou direto ao ponto e Gulf me olha confuso. Aponto para a garota que não estava mais ali - Então...
- Que? Eu não fiz nada... - ele anda até a minha mesa passando por mim. Sigo-o, assim como o homem que o acompanhava - Quem é você?
Ela sorri e sai da minha mesa. Com um ar inocente, ando passando por eles para pegá-la pelos cabelos – minhas coisas estão uma bagunça completa! - mas Gulf segura meu pulso e me puxa para ficar atrás dele.
- Que porra! - reclamo.
- Diga logo quem você é - ele diz sério e ela levanta as mãos e se curva levemente.
- Eu juro que fui contratada pelo senhor Suttinut, sou assistente dele e ele me pediu para ajudar o senhor Kanawut, mas já que o senhor Supassit... - ela fala rápido e passa por nós sem me dar chances de falar algo.
Bufo e me solto do Gulf indo até minha mesa irritado. Me sento e Gulf chega perto da minha mesa, mas rosno para ele, que dá uns passos para trás.
- Olha a merda da bagunça que tá aqui! - digo e o mesmo ele olha para os lados - TÁ FAZENDO O QUE AINDA AQUI? - grito, puto da vida com ele, que engole em seco e olha para o homem.
- Pode ir entrando na minha sala, já, já te acompanho - ele diz com a voz calma.
Não olho para eles pois estava organizando tudo, resmungava baixo enquanto isso, até que sinto a respiração dele muito perto. Viro-me para ele e noto que nossos narizes estavam quase se tocando, e ele segura a minha nuca impedindo que eu me afastasse.
- Mew - ele fala suave - Que bom que voltou - ele diz com a sua voz calma. Engulo em seco. Ele beija a ponta do meu nariz e depois volta a sua postura inicial.
- O quê... - tento formular uma frase.
- Estarei em reunião agora, não quero ser incomodado - ele diz e vira as costas saindo dali. Me encosto na cadeira colocando a mão em meu peito, escutando meu coração bater violentamente.
