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Algumas horas depois, após vomitar tudo o que havia em seu estômago, Hermione procurou sua varinha. Quando a encontrou, arrastou-se para a cama e se enrolou nos lençóis como um casulo, sabendo muito bem que não iria dormir novamente e segurando a varinha junto a si. Bichento miava e se aconchegava ao lado dela. Mipsy limpou seu vômito e Hermione agradeceu-lhe distraidamente. Depois, a elfa lhe trouxe chá de hortelã-pimenta para beber e Hermione perguntou: — O Você-Sabe-Quem foi embora?

Mipsy olhou para trás, como se tivesse medo de ser ouvida. — Ainda não, senhorita — ela sussurrou. — Beba seu chá e tente dormir...

O medo ameaçou destruir as entranhas de Hermione mais uma vez, mas ela tomou o chá na cama e isso a ajudou a se acalmar um pouco. Quando terminou, colocou a caneca na mesinha de cabeceira e deitou-se, começando a cochilar um pouco, mas as lembranças de como Voldemort entrou em sua mente, leu seus pensamentos e vasculhou suas lembranças sem que ela pudesse revidar ou fazer qualquer coisa para impedi-lo - essas lembranças não a deixaram dormir.

Ela ficou olhando para o teto por algum tempo, mergulhada em seus pensamentos. Então, ouviu passos - cada vez mais altos, mais perto de sua porta. Hermione instintivamente se virou para o lado, longe da porta, levantando os joelhos e envolvendo as mãos em torno de si mesma. Ela ouviu a porta se abrir e um pequeno triângulo de luz apareceu no carpete, vindo do corredor. Hermione fechou os olhos e aliviou a respiração, fingindo que estava dormindo. Ela sentiu os olhos dele sobre ela. Ficou com medo de que ele entrasse e a arrastasse para fora da cama novamente. Mas ele não se aproximou. Ele ficou na porta por um minuto, observando sua forma adormecida, mas, para Hermione, pareceu uma hora, uma noite inteira. Então, a porta se fechou e, ao ouvir os passos dele ficarem mais distantes, ela respirou pesadamente.

Ela adormeceu algum tempo depois e acordou quando os raios de sol no alto do céu já ameaçavam invadir seu quarto pelas janelas de vidro colorido. Ela se sentou, franzindo a testa. Colocou a varinha que havia sido empurrada contra seu estômago enquanto dormia e olhou ao redor. — Mipsy? — ela falou.

Pop. — Sim, senhorita? — A elfa não sussurrou dessa vez.

— Que horas são? — perguntou Hermione.

— É meio-dia e uma, senhorita — respondeu o elfo.

Hermione franziu a testa. — O Você-Sabe-Quem já foi embora?

Mipsy assentiu com a cabeça: — Ele saiu há umas cinco horas.

— E o seu Mestre? Onde ele está?

— Ele está prestes a almoçar. Ele estava esperando que você acordasse. Gostaria de se juntar a ele para almoçar? Você deve estar com fome e realmente precisa comer alguma coisa.

Hermione engoliu. — Ele quer falar comigo?

— Ele não disse isso, apenas pediu que eu o avisasse quando você acordasse.

Hermione estava com fome. E ela queria falar com ele.

— Está bem, eu vou — disse ela.

Quando ela se vestiu e desceu as escadas para o refeitório, o High Reeve deu-lhe um único olhar e depois voltou para o jornal Profeta Diário que estava lendo. Ela se sentou e encheu o prato, enquanto ele tomava um gole do que ela supunha ser café.

Hermione estava no meio da refeição quando ele finalmente se dirigiu a ela: — Como você está se sentindo?

Ela olhou para ele, assustada. A verdade teria sido dizer: "Péssima". Mas ela escolheu a maneira correta. — Melhor agora.

Ele cantarolou para si mesmo e continuou a ler o jornal. Hermione olhou para o prato e depois de volta para ele, pensando bem em como deveria abordar o assunto.

Dragon's Heartstrings | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora