Hermione apareceu perto do Grande Lago - o mesmo lugar em que o High Reeve apareceu quando trouxe Pansy para que ela se curasse.
Antes de matá-la ele mesmo.
Hermione jogou a chave de portal - uma lata vazia de sardinhas - no chão e a deixou lá, não que ela fosse voltar para a Mansão novamente. Ela subiu os montes e desceu o pátio, tremendo - não de frio, mas por causa do que sabia que a aguardava em Hogwarts. Ao entrar no castelo, Hermione não olhou em volta - seu rosto estava morto de tristeza, seus olhos vazios, sem enxergar. Ela foi pega de surpresa quando Cho apareceu na esquina, correndo em sua direção.
— Hermione! — exclamou Cho. — O que está fazendo aqui? Eu vi você descendo do lago...
Cho se aproximou muito, mas não se inclinou para abraçá-la, olhando para o braço esquerdo dela com espanto.
— Cho, está tudo bem? — Hermione deixou escapar. — Você foi atacada?
Cho franziu a testa, olhando para ela como se ela estivesse brava, perguntando: — O que aconteceu com você?
Hermione respirou fundo. — Preciso ver Harry, onde ele está?
Ele provavelmente não sabia sobre Pansy, provavelmente não fazia ideia de para onde ela tinha ido, e Hermione terá que ser a única a lhe dar a terrível notícia.
— Harry está bem, mas você não está — disse Cho. Ela pegou Hermione pela mão boa e começou a arrastá-la para a enfermaria. — Sua mão está coberta de sangue e eu não vou lhe dizer nada até que eu a cure adequadamente enquanto você me explica o que diabos aconteceu para machucá-la dessa forma.
Hermione engoliu, mas se deixou arrastar, pois não estava pronta para encarar Harry, não com o que seria forçada a lhe contar.
Cho fez com que Hermione se sentasse em uma das camas da enfermaria enquanto trazia algumas coisas para limpar o ferimento e algumas poções para ajudar a cicatrizar melhor. Cho pegou suavemente a mão esquerda de Hermione, puxou a manga para cima e começou a limpar o sangue de sua pele com encantos de limpeza.
— Então, como isso aconteceu? — perguntou ela, olhando para o corte profundo no quarto dedo.
Hermione bufou indignada. — Eu tentei cortar o dedo — disse ela. Em voz alta, toda essa situação parecia ridícula.
Cho ergueu as sobrancelhas. — Preciso me preocupar com sua saúde mental? O High Reeve a levou à insanidade?
Hermione suspirou: — Não, eu entendo o que isso parece, mas... eu tive meus motivos.
— Sou toda ouvidos.
— Ele... não me deixou voltar para cá.
A expressão facial de Cho ficou comicamente horrorizada. — Então, você decidiu que a melhor coisa a fazer era... isso? E ainda assim a chamam de a Bruxa Mais Brilhante de Sua Era. Um pouco exagerado, eu acho.
Hermione gemeu. — Não importa agora; eu só preciso falar com Harry.
Cho zombou: — O que você precisa é tratar desse ferimento.
Hermione sorriu para ela suavemente. — É por isso que você está aqui, não é?
Cho sorriu de volta. — Não se acostume com isso. — Ela olhou para a mão de Hermione, agora limpa de todo o sangue. — Senti sua falta. Não sabíamos como você estava se comportando lá. Foi estranho não ter você ao meu lado.
Hermione engoliu as lágrimas. — Eu não sabia que você era do tipo sentimental.
Cho sorriu suavemente. — Eh, acho que momentos como esse fazem as pessoas mudarem.
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Dragon's Heartstrings | Dramione
RandomO High Reeve Draco Malfoy não é apenas o Comensal da Morte de maior confiança de Voldemort, mas também um agente secreto da Ordem, planejando a queda de Voldemort de dentro para fora. Depois de uma negociação justa com a Ordem, o High Reeve pede o m...