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Aparataram de volta para a casa de campo em silêncio, sem falar nem mesmo quando estavam lá dentro. O corpo de Hermione estava febril e ela não queria nada mais do que se deitar, mas havia muito trabalho pela frente. Ela encontrou os olhos de Draco. Ele não estava tirando a capa.

— Estou indo — disse ele. — Vou encontrar Voldemort e depois matá-lo.

Hermione estava muito, muito cansada. Mas ela disse: — Eu também vou.

— Não.

Sua eterna batalha de vontades.

— Não vou arriscar que você morra por minha causa — acrescentou ele com mais severidade.

— E eu não vou deixar você ir sozinho.

— Eu não posso ser morto, lembra?

— A esta altura, Você-Sabe-Quem já sabe sobre sua Horcrux.

— É por isso que você precisa ficar aqui e mantê-la segura. — Suas palavras soaram leves, mas o tom em que ele as disse era sombrio.

Hermione queria se opor, queria fazer com que tudo saísse do seu jeito, mas estava cansada, seu corpo enfraquecido estava prestes a cair ali mesmo no chão. Mas, é claro, ela não podia pedir que ele esperasse que ela se sentisse um pouco melhor e, no estado em que estava agora, ela sabia que só tornaria as coisas mais difíceis para ele do que faria qualquer coisa boa. Ele leu em seus olhos a resposta que ela nunca teria dito ao universo.

Ela se odiou por isso. Odiou-se ainda mais quando ele foi embora. Sentia-se vazia e sozinha e não havia nenhum universo em sua mente em que a bagunça que era essa guerra pudesse se resolver de forma satisfatória - se a Ordem vencesse, eles crucificariam Draco, e ela junto com ele, porque não havia versão do final em que ela não ficasse ao lado dele e aceitasse tudo o que viesse em sua direção como se fosse destinado a ela. E se Voldemort ganhasse, mais uma vez... Bem... Não havia final feliz para eles.

Hermione nunca rezava, mas agora rezava para que Draco encontrasse Voldemort logo, de preferência na próxima hora, e finalmente o matasse com sucesso. Eles fizeram tudo o que tinham que fazer, fizeram tudo de acordo com "o livro", de acordo com o que deveria ser feito. Se isso não funcionasse agora, nada funcionaria.

Ela adormeceu e dormiu por doze horas.

Acordou sentindo-se tonta e desorientada. Havia escuridão total no chalé, apenas o barulho das ondas, agora mais forte do que antes, era audível do lado de fora. Ela acendeu a ponta de sua varinha e olhou em volta. Draco ainda não havia voltado.

A única coisa que a mantinha firme era o fato de que o anel em seu dedo ainda estava quente, que Draco era impossível de matar e que ela faria qualquer coisa que estivesse ao seu alcance para manter sua Horcrux intacta.

Ela não conseguia suportar a espera, então dormiu mais um pouco. Dessa vez, Harry era o personagem principal de seus pesadelos, culpando-a, odiando-a, tentando enterrá-la no túmulo de seus pais. Hermione gritou, mas o som foi abafado pela terra que Harry estava jogando nela.

Ela acordou com um sobressalto. Estava um pouco mais claro lá fora, de manhã cedo. Draco ainda estava longe.

Algo surgiu das sombras que ainda encobriam os cantos de seu quarto. Ela ofegou, mas conseguiu manter o medo afastado quando viu Draco - estranhamente, não o ouviu aparatar de volta.

Ela tentou afirmar se ele havia conseguido ou se estava machucado, mas seu corpo estava frio e seu rosto não revelava nada.

— Então? — ela quebrou o silêncio em voz baixa.

— Eu não consigo encontrá-lo — ele cerrou os dentes. — Ele está se escondendo, ele sabe que estou atrás dele.

Hermione sentiu-se aliviada - esse não era o pior cenário possível. Tentar se esconder do poder unido das mentes de Draco e Hermione era como tentar disfarçar passos sangrentos na neve fresca - impossível e estúpido até mesmo tentar.

Dragon's Heartstrings | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora