Jungkook Chegou ao hotel em que estava hospedado ainda com aquela seção estranha que dominava seu ser. Tirou suas roupas, dirigindo-se ao banheiro. Olhando seu corpo refletido no espelho, viu as marcas que ela deixou.
— Ela gosta de morder. - susurrou sorrindo em seguida. Seu bumbum estava especialmente marcado. – Acho que ela gostou dessa parte.
Entrou debaixo do chuveiro e com calma foi separando o seu cheiro do dela. Ficou ali por um tempo e se recolheu em seguida. Deitado naquela cama, pensou na noite anterior. Beca realmente era intrigante o suficiente para mexer com a cabeça de qualquer um. Foi tirado dos seus pensamentos pelo toque do celular.
— Eu odeio esse negócio. - Reclamou, pegando o aparelho que repousava sobre a mesa de cabeceira. - Espero que seja importante Park.
— Por que pivete? Ainda está com aquela mulher?
— Não. Fizemos um pequeno trato, mas, isso não vem ao caso. Por que está me ligando?
—Ah! verdade. Sua mãe está em Paris e muito provavelmente já deve ter te achado, então sugiro que saia daí... deixa eu ver... AGORA!
Lá estava eĺe, com uma decisão em mãos. Ficava e enfrentava a mãe ou fugia novamente, sabendo que mais cedo ou mais tarde, ela ia encontra-lo.
— Criatura, responde alguma coisa. - Jimin o trouxe de volta a realidade.
— Relaxa! Acho que está na hora de ter uma conversa com ela, caso contrário vai fazer da minha vida um inferno.
— Só para te informar, ela andou falando sobre casamento arranjado com o Namjoon, ele esteve hoje aqui e me contou.
— O QUE? Ela só pode ter enlouquecido. Nem ferrando que aceito algo assim.
— Então trate de ser firme e deixe as coisas bem claras.
— Serei, não se preocupe.
— Agora, me conta sobre a mulher de ontem. Me parecia bem interessado. - Park conseguia ser bem incisivo quando estava curioso sobre algo.
— Deixa de ser fofoqueiro. - Jungkook respondeu rindo.
— Já disse que não sou fofoqueiro, apenas gosto de estar bem informado. - concluiu simplista.
— Odeio falar por essa coisa. - Jungkook tentou se esquivar se referindo ao celular. — Te conto tudo pessoalmente quando voltar.
— Espera garoto... - Desligou rapidamente, seu primo provavelmente vai mata-lo quando o ver pessoalmente, mas, ele não ligava muito para esse detalhe. Ajeitou-se na cama, relembrando a noite incrível que tivera.
— Pena que foi uma única transa. - lamenta-se.
O rapaz não teve tempo para fazer mais nada, ouviu a porta ser esmurrada incontáveis vezes, nem precisou raciocinar muito para saber que sua mae realmente o encontrara.
Levantou-se e abriu com calma.— Finalmente! - exclamou ela, entrando sem ser convidada. — Pelo amor de Deus, coloque algo mais apropriado. - Como tinha acabado de tomar banho estava apenas de bermuda e sua mãe odiava suas tatuagens. Na verdade, as vezes ele tinha a impressão que ela odiava a sua existência.
— Bom dia para a senhora também. - provocou, fechando a porta e vestindo uma camiseta. — A que devo a honra?
— Não se faça de bobo, arrume suas malas, vamos voltar. - Ordenou, jogando algumas peças de roupa em cima da cama.
— Não!
— Você quer arruinar de vez nossa família? Quer jogar fora tudo que temos? Seja prudente, pelo menos mostre um pouco de arrependimento pelo o que fez.
— Eu já pedi desculpas, quer que eu faça mais o que?
— Se quer se desculpar de modo apropriado, volte para casa e aceite o encontro que arrumei para você.
— A senhora não vai arruinar a minha vida como fez com JungHyun! - o rapaz alterou o tom de voz e sabia o que o esperava, então apenas aceitou o impacto em meu rosto.
— Seu irmão era um fraco e vejo que você está indo no mesmo caminho.
Recompondo-se, com calma formulo algo. — Volte para casa mãe, eu irei quando estiver pronto para voltar. Entenda que não pode me controlar. — Abriu a porta a vendo pegar sua bolsa que havia jogado na poltrona.
— Se eu tivesse opção, te deixaria sem um mísero tostão. - declarou, colocando o dedo no seu peito. — Conversamos melhor quando perceber que está destruindo o nosso futuro. - Finalizou saindo.
Jungkook fechou a porta dando graças a Deus que ela tinha ido embora. Andou até o banheiro, onde parou em frente ao espelho e analisou seu rosto por alguns segundos, com certeza ficaria marcado por um tempo, já que era nítido o relevo vermelho estampado em sua cara. Tentou afastar as lembranças dolorosas que a visita dela e a mensão a Junghyun trouxeram, mais era inútil. Odiava chorar, se recusava na verdade. Lavou o rosto decido tomar café e sair pela cidade. Respirar novos ares.
•••••☆••••☆••••☆•••••Quebra de tempo um mês...
Jungkook Ficou em Paris por mais 15 dias e não negava que chegou a frequentar lugares onde pensou que iria encontrar Rebeca. Apesar do acordo, ele desejava encontra-lá mais uma vez e quem sabe ter o privilégio de dividir uma cama com ela novamente. Acabou desistindo e Voltando para a Coreia.
— Finalmente! Achei que ficaria para sempre fugindo feito covarde. - sua mãe o recebeu daquele jeito maravilhoso dela.
— Como é bom ver a senhora também mãe.
— Espero que tenha voltado para aceitar o que conversamos em Paris.
— Já disse não mãe e não vou mudar de ideia.
— Muito bem! Achei que falaria isso. Quero que saia dessa casa. Só não lhe tiro da empresa por que nossa família sairia perdendo. Seria um escândalo e convenhamos, não quero outro. Você tem até o final do dia para sair. ‐ Aquela mulher não podia ser minha mãe. Foi o pensamento que lhe passou pela mente enquanto a observava.
— Ah! Antes que esqueça, não terá acesso a nenhum dos meus imóveis e espero que você não vá chorar para seu pai. Ele está muito doente. Não precisa que você dê mais desgosto para ele.A mulher lhe deu as costas e saiu da sala. Cansado e sem a menor vontade de discutir, ele subiu as escadas e pegou somente algumas mudas de roupas, não precisava mais que isso. Antes de se retirar, entro no quarto de seu irmão. Realmente não fazia isso a muito tempo. As lembranças veem como ondas.
Viu-se entrando naquele quarto de hotel e o achando inconsciente. O desespero de levá-lo a uma clínica afastada para que a mãe não piorasse a situação. Por sorte os médicos conseguiram reverter o quadro clínico dele. Seu irmão apesar de ser mais velho, não tinha forças suficiente para lutar contra aquela mulher e ela forçou tanto que ele pensou que sua única saída fosse a morte. Quando estava recuperado, os sete o convenceram a desaparecer no mundo e desde então tem sido assim. Para seus pais ele é alguém a ser esquecido e apagado da memória, mas Jungkook, ele sempre vai ser seu amado irmão. Um lembrete da tirania da mãe. Pegou uma única foto deles que ainda estava sobre a mesa de cabeceira e saiu sem olhar para trás.
••••☆••••☆••••☆••••Rebeca esperava viver seus últimos momentos da forma mais intensa e insana possível, contudo nem ela previu que talvez existisse um plano maior. O destino tinha sorrido para elae por tanto, nada está em seu controle como ela tanto se orgulhava.
Fez um planejamento confortável para essa etapa de viajem. Até se sentiu inclinada a conversar com sua mãe, mas, não extendeu muito o papo, nem mesmo conto sua situação. Foi um breve olá e uma novidade aqui, outra a colá, mais nada que aprofundasse as coisas. Para dona Joana um alento em seu mar de preocupações. Para Beca mais um sofrimento para sua lista interminável. Quem ela queria enganar, ela só estava procurando o lugar perfeito para morrer.
Por enquanto estava em hotel no centro de Busan, iria começar pelas cidades mais conhecidas, depois interior do país e por último Seul, aonde pretendia alugar um lugar confortável e passar algum tempo. Não sabia ao certo o motivo, porém, algo lhe dizia que naquele país encontraria seu fim.
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Enquanto eu ainda estou aqui.
FanfictionRebeca, uma empresária bem-sucedida às vésperas de completar 27 anos, vê sua vida dar uma reviravolta quando é diagnosticada com uma doença terminal. Após dedicar seu tempo e energia inteiramente ao trabalho, ela se depara com uma realidade intimida...