Podemos apenas amar?

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Jungkook on..

    Eu implicava com os gatos e me divertia com as reações de Beca. No fundo, eu amo os dois tanto quanto ela me ama. Aproveitamos cada segundo que temos juntos. Mesmo estando completamente apaixonado por ela e sabendo que ela sente o mesmo por mim, ainda assim é difícil. Às vezes, penso estar sozinho nisso que temos.

    Hoje foi um desses dias. Propus nos assumirmos e mais uma vez tudo o que escuto são suas desculpas esfarrapadas. Saio irritado. Caminho sem rumo e apressado. Quando vejo, já estou nos corredores da empresa.

— Aí, criança! Não me viu aqui não? Doeu, sabia? - Acabei esbarrando em Jimin, que cai com o impacto. — Vai ficar aí parado? Me ajuda aqui.

— Desculpa, hyung. - Dou as costas para ele depois de ajudá-lo.

— Pode parar aí. - Ele me arrasta até um sofá. — Vai, pode falar. - Contei a ele minhas dúvidas e como me sinto ridiculamente insignificante quando Beca me trata assim.

— Você está preocupado de mais consigo mesmo. - Jimin pode ser muito sincero. Sincero ao ponto de machucar. — Se perguntou como ela se sente?

— Eu tento entrar. Tento entender, mais tudo que ela diz é que seu tempo está acabando. Daí ela chora e se tranca no quarto.

— Irmão se ela te ama como eu acho que ama, de tempo e não a pressione. Ela vai falar.

— Como sabe que ela me ama?

— Lembra do jantar que Jin e sua esposa fizeram semana passada? - Concordo com a cabeça, afinal, foi nesse dia que apresentei ela a meus irmãos.

— Conversamos um pouco e sempre que ela tocava no seu nome, seus olhos brilhavam. Isso não acontece se não há amor ou pelo menos paixão.

    Eu ia começar uma enxurrada de perguntas a ele quando somos interrompidos por meu celular. Estranho ser um número desconhecido. Atendo receiso.

— Alô! Sim sou eu. Si-sim ela é minha namorada ou quase isso. - Já estava de pé com Jimin me olhando sem entender meu nervosismo. — Sei onde é. Estou indo.

— Aonde você vai assim tão alterado?

— Hyung encontraram a Beca desmaida no parque. Ela está no hospital. Preciso ir até lá. Acham que sou seu tutor.

    Jimin já caminhava ao meu lado.

— Não dá pra correr até lá. Te levo. Meu carro está na garagem, vamos! - O caminho até o Hospital foi silencioso, mil coisas passavam em minha cabeça. Me culpava.

—  Não é culpa sua. - A voz do meu amigo interrompe meus pensamentos.

— Gritei com ela antes de sair. Isso tudo é culpa minha.

— Tenho certeza que está errado. - Ele diz convicto. — Chegamos.

     Assim que ele estaciona, me ponho a correr. Nem percebi que ele ainda me acompanhava de perto.

—  Não pode correr aqui. - Uma enfermeira nos para.

— Perdão eu sou o tutor da senhorita Rebeca Medeiros. - A enfermeira muda sua expressão e de cabeça baixa me indica o local onde ela está.

— Doutor Lee! Esse é o responsável pela senhorita Medeiros. - O doutor me cumprimenta, nos guiando até a cama que ela estava. Afasto as cortinas e vejo que está desacordada e o quão pálida está.

— Como ela está? por que ainda está na observação? Não seria melhor um quarto? - Atropelo as palavras.

— Calma irmão. Deixe o médico falar por favor. - Jimin intercede, tentando me acalmar.

Enquanto eu ainda estou aqui.Onde histórias criam vida. Descubra agora