A resposta nunca veio. Rebeca Ficou a noite toda naquele mirante que outrora fora símbolo de tantas boas lembranças. Todas, agora borradas por essa maldita doença.Enquanto tentava de alguma forma, assimilar a notícia, ela pensou em como só passamos a valorizar as coisas simples da vida, como comer, beber, sair com um amigo, abraçar um ente querido ou simplesmente respirar, quando nosso tempo está acabando. Voltou para casa arrasada.
As fases de um diagnóstico assim, são dolorosas, não só fisicamente, mas, emocionalmente também. Beca estava passando pela negação de maneira lenta. Não teve coragem de contar a sua mãe, afinal, ela já tinha perdido tanto.
Isso dificultou o entendimento por parte da mesma, quando Beca largou tudo, absolutamente tudo que construíu com tanto esforço. Saiu de seu emprego e por consideração conseguiu um bom acordo. Pegou todas as suas econômicas e dividiu ao meio, deixando metade para sua mãe e o restante usaria para realizar seus sonhos enquanto ainda podia. Seu primeiro desejo, viajar pelo mundo. Mesmo com os constantes questionamento de dona Joana, Beca achou que o sofrimento seria menor se a mantesse no escuro quanto a sua condição.
Naquele momento ela estava em um quarto de motel em Paris, com um homem qualquer. Isso também se tornou um hábito. Ver alguém que a agradasse e dormir com ele. Sem sentimentos, sem complicações emocionais. Apenas o ato em si.
— Vejo que acordou. - pontuou soltando-se do abraço que ele insistia em dar. — Agradeço pela noite. - disse lhe entregando seus pertences.
— Podemos repetir. - insistiu ele.
— Desculpa, eu pensei ter deixado bem claro, apenas uma noite e sem apego algum. - Finalizou, abrindo a porta solicitando sua saída.
Assim que se viu sozinha, a culpa a consomiu, bem como o medo. Aliás, nestes três meses, isto era tudo que conseguia sentir. Seus pensamentos foram quebrados quando escutou batidas na porta.
— Senhorita está tudo bem? Vimos seu acompanhante sair sozinho e...
— Está tudo ótimo. Já estou de saída também. - juntou tudo que era seu e voltou ao hotel em que estava hospedada.
Assim vinha vivendo seus dias. Mal sabia que longe dali o universo lhe preparava uma surpresa.
Seul...
— Park Jimin! Onde está aquele moleque do seu Primo? - A sala do diretor executivo foi invadida por Lee hyu.
— Tia por favor, estamos na empresa. Aqui não é lugar para isso. - O loiro se apressou em dizer.
— Senhor ela não quis ser anunciada e não pude fazer nada. Perdão. - Sua secretária entrou as pressas se desculpando.
— Tudo bem senhorita Jang. Pode se retirar e não passe nenhuma ligação até que eu resolva a situação. - O rapaz a tranquilizou e ela voltou a sua mesa, fechando as portas atrás de si.
— Vamos. Diga-me Onde aquele ingrato do meu filho se meteu. - Indagou a mulher, sentando-se de frente para o rapaz.
— O que faz a senhora pensar que eu sei de algo?
— Seus primos deixaram escapar.
— É mesmo? - No fundo Park sabia que era mentira. Nenhum deles, jamais entregaria uma informação assim de bandeja.
Não é de hoje que os sete são conhecidos pela a União. Pareciam mais irmãos que primos. De fato três deles eram irmãos de sangue, mas, todos sem exceção, se amavam e se protegia, até de suas próprias famílias. Isso aconteceu quando Kim Seokjin decidiu casar-se por amor, contrariando assim, seus pais. Kim Namjoon, o irmão do meio se dispos a cumprir com os deveres esperados pela família e assumiu a responsabilidade de fazer o tal casamento arranjado. Ou quando Min Yoongi decidiu que seria compositor e produtor. A família queria exclui-lo, no entanto, os sete se uniram e construíram uma empresa de entretenimento, da qual ele era o diretor geral. Com Jeon Jungkook o cuidado era ainda maior.
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Enquanto eu ainda estou aqui.
Fiksi PenggemarRebeca, uma empresária bem-sucedida às vésperas de completar 27 anos, vê sua vida dar uma reviravolta quando é diagnosticada com uma doença terminal. Após dedicar seu tempo e energia inteiramente ao trabalho, ela se depara com uma realidade intimida...