nós perdemos o início?

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As pontas dos dedos de Wooyoung delicadamente traçam o osso da minha coluna na região torácica

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As pontas dos dedos de Wooyoung delicadamente traçam o osso da minha coluna na região torácica.

Eu suspiro.

— Queria te levar pra casa — ele fala baixinho, no meio da risada e com o rosto nos fios do meu cabelo, deixando beijos que mal acompanho. — Me dê sua mão.

Eu estico minha mão e ele segura. Enrosco a cabeça no seu peitoral, acomodando-me sobre seu corpo. Estamos vestindo calça, mas sem camisa. Não faz muito tempo desde que vestimos as peças inferiores e decidimos ficar jogados aqui no sofazinho do escritório.

— Outro dia a gente termina, tá? — sussurra em meu ouvido. — Tô louco pra você arranhar minhas costas.

— Você gosta disso — abro um sorriso bem malicioso. — Reclama, mas gosta.

— Claro — ele acompanha o meu sorriso. — Como eu poderia não gostar? — e então aproxima mais ainda para acrescentar: — Eu adoro ver seu rosto quando você...

O toque do telefone de Wooyoung o interrompe. No entanto, eu sei bem do que ele estava falando. Acabo sorrindo e saio de cima do seu corpo para que ele possa checar a ligação. Não leva muitos segundos olhando a tela antes de largar o celular no sofá e me puxar de volta para um abraço.

— Quem era? — quero saber.

— Só Yeosang — ele dá de ombros.

Então algo passa pela minha cabeça.

— Nós deveríamos voltar.

Wooyoung emite um som de preguiça e me abraça mais forte.

— Ainda não — um beijo é depositado na minha bochecha e, não sei por que, sinto-me meio tímido com isso. — Ainda não...

Encosto o rosto no seu peito lisinho. Sua pele não está tão bronzeada como antes, mas gosto de vê-la assim de pertinho, toda arrepiada — é do frio ou sou eu aqui e minha respiração? Então levanto o olhar para o seu rosto e vejo-o muito próximo, um olhar divertido e um sorriso pequeno escapando dos lábios como se pertencesse a ele desde sempre e só soubesse agora.

— Wooyoung.

— San?

— Quando você disse que estava pensando em fazer planos comigo... não estava falando só porque eu quero, não?

— Sua ausência me fez pensar que eu não quero mais te ter ausente. E não estou falando sobre brigarmos e coisas do tipo. Estou falando que eu subestimei meus sentimentos por você. Eu vou ser honesto: nunca consegui me ver num mesmo relacionamento por mais de um ano, por exemplo — essa sua confissão faz meus músculos enrijecerem. — Mas estou apaixonado por você há mais tempo que isso, não? Então, de certa forma, já estamos nisso há um tempinho... então mais que isso não vai fazer diferença. Pode até melhorar. Podemos crescer juntos.

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