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Quando Jung disse que iríamos sair na semana seguinte, eu não sabia que o veria apenas na semana seguinte. Sim, isso mesmo, já é sábado e estou me perguntando como isso aconteceu. Mas estou aqui, né? Esperando ele na praça de alimentação, porque ele marcou de me encontrar aqui.
Wooyoung ficou ocupado as duas semanas inteiras, então nem pudemos nos ver. Até mesmo de madrugada, ele não brotou pra fazer amor ou simplesmente ficar abraçadinho. Mas eu entendo. Entendi mesmo. Vi suas publicações e percebi que ele realmente estava ocupado no restaurante e nas gravações. Então tudo bem se só nos encontrarmos de vez em quando. Não quero ficar no pé dele.
— Tira a roupa, seu gostoso — sinto um par de mãos nos meus ombros e um sacolejo.
Viro-me assustado pronto para dar um murro em quem me tocou, mas ao meu lado Wooyoung aparece com um sorriso no rosto. Ele se senta ao meu lado. Desgraçado.
— Que susto! — exclamo. — Como é que você faz isso, Jung?
— Ué, por que seria estranho eu te pedir para tirar a roupa?
— Sonso. Eu pensei que era outra pessoa.
— Você está me traindo?
— Tô, sim. Eu tô saindo com um tal de Wooyoung também — dou de ombros e vejo-o ajeitar o boné no rosto.
Wooyoung está com boné, marcará e óculos. Eu nunca iria reconhecer se não fosse pelo porte do seu corpo e o jeito com que ele senta, além da sua voz. Por incrível que pareça, ele veio usando a roupa que dei a ele no nosso aniversário. Ele está com a camisa do sugar daddy, enquanto eu estou com a de sugar baby. Foi a coincidência mais linda da minha vida.
— Olha sua camisa! — exclamo, apontando. — Eu vim com essa sem nem saber!
— Também! — ele inclina a cabeça e ri.
— Que perfeitos! — bato meu ombro no seu de propósito.
— Namorados que namoram... — eu não sei se ele vai falar mais alguma coisa depois disso, porque simplesmente boceja.
— Tá com sono? Não tem dormido direito?
— Mais ou menos. Tive que ir a um programa de variedades ontem. Acabei chegando em casa tarde e, consequentemente, dormindo tarde.
— Oh, sendo assim... Não acha melhor descansar um pouco?
— Não, eu tô bem. Vamos pedir alguma coisa para comer? — Wooyoung vira o boné para trás, mas aparentemente não gosta e acaba voltando ele pra frente de novo. — Tem várias opções de fast food aqui... Você gosta, então sinta-se em casa.
— Nah, eu não quero comer — encolho os ombros.
— Não tem querer.
— Tem, sim — reviro os olhos. — Escolha alguma coisa, eu te acompanho. Deixa que eu pago.
