nós podemos ficar de conchinha

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Wooyoung brigou de novo com o tio dele e dessa vez me envolveu

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Wooyoung brigou de novo com o tio dele e dessa vez me envolveu. Me senti culpado por isso, mas acho que eles discordam com tudo. Wooyoung queria que eu sentasse ao lado dele, mas como ele senta em lugares onde a família costuma sentar, claramente eu estaria ocupando o lugar de algum membro. Advinha qual? Sim, o tio que ele detesta. Então os dois ficaram brigando, porque Woo quis que eu ficasse com ele a todo custo. Chegou um momento em que ele começou a discutir com o avô, então eu me levantei e fui sentar no canto dos primos dele que não gostam de mim. Quer dizer, não sei se eles não gostam de mim, porque eles nem falam comigo tampouco olham na minha cara. Fazer o que né. Enfim, Wooyoung me tirou de lá pessoalmente e me trouxe de volta para a cadeira ao lado dele. O tio dele ficou resmungando enquanto sentava-se do outro lado da mesa, em frente a nós dois. Não sei o que seria mais estranho: ele ficar sentado ao meu lado ou eu ter de olhar pra ele na minha frente enquanto comesse. O segundo aconteceu e aqui estou eu. Já quero correr.

Eu não consigo parar de dizer sobre quão carinhoso Wooyoung está desde que me pediu em namoro. Agora mesmo ele está segurando minha mão por baixo da mesa e fazendo carinho. Eu estou amando isso. Me sinto num dia de verão que temos preguiça de fazer tudo e só ficamos em cima de uma bóia flutuando na piscina... É muito bom. E, só para você saber, ele só larga da minha mão quando vai separar o camarão para mim. Quase me dá na boca — eu vejo o modo como ergue a comida na direção dos meus lábios —, mas desiste no meio do caminho, porque isso pode parecer meio inapropriado numa refeição em família.

A comida está muito boa. Eu finjo que estou comendo bastante, mas Jung descobre que debaixo das folhas não tem nada (eu havia dito que há bastante comida lá embaixo, por isso que meu prato parece vazio). Discutimos algumas vezes, mas o foco principal de agora é que o avô dele está tentando puxar papo comigo. Ele não fala em inglês, e sim em thai, então Wooyoung precisa traduzir algumas coisas.

— Ele disse que espera que sejamos felizes — Wooyoung me diz, sua mão apertando na minha, sobre a coxa dele.

— Eu já sou — e quando respondo isso, ele revira os olhos sorrindo, como quem acha isso o auge da breguice, mas se vira para traduzir.

A Comida daqui é picante como uma zorra, crendespai. O negócio é brabo viu. E olha que o tio de Wooyoung aparentemente me odeia, porque fica me olhando feio quando Woo pede que tragam a comida com menos pimenta que fez para mim. Tipo, ele comenta algo sobre eu ser desrespeitoso em exigir comida própria diferente dos demais e que isso era um privilégio que eu não deveria ter, ainda mais quando sou um completo desconhecido. Eu juro que me sinto imensamente rejeitado por ele aqui, mas Wooyoung me diz para ignorar e faz carinho na minha nuca para amenizar.

— Mas, sério... Não deveria ter feito algo diferente para mim — eu digo.

— Você pediu ou eu que tomei a iniciativa pra fazer? — ele vira-se para mim.

— Mas mesmo assim...

— Vai comer, porque está esfriando — ele se inclina como quem irá me dar um beijo no rosto, mas quando chega perto, desvia o olhar para baixo e não conclui a ação.

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