𝙲𝚊𝚙 𝟸𝟻

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Tony me mandava mensagens diariamente, para saber como estava nossa, não contei a parte em que quase morremos, ele não precisava saber desse detalhe. A nossa missão estava no fim, ao conseguir fechar a minha bagagem olhei para Natasha.

As vozes sussurravam insistentemente no meu ouvido. Era difícil ouvir as conversas as vezes.

— quer ajuda? — Perguntei.

— eu consigo.

Ela fazia força para não mostrar que sentia dor, mas era nítido.

Caminhei até ela, a afastei da bagagem para eu mesma fechar. E consegui, sem esforço.

— Teimosa — falei pegando a bagagem dela e a minha para dos despedirmos do presidente e primeira dama.

Ajudei a Ruiva a descer as escadas, ao lado dela eu via uma figura completamente preta com um sorriso de orelha à orelha, ele olhava e acenava para mim, eu senti arrepios pelo meu corpo. Mas segui ajudando a Ruiva.

No andar de baixo, o casal nos esperava ansiosos, eles nos desejaram uma ótima viajem e agradeceram várias vezes por ajudar o filhote de político deles, eu tentei ser educada mas as vozes me fizeram rir.

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— Você de novo aqui? — falei para a mulher.

Chequei meu relógio pela quinta vez no mesmo dia, eu tinha que buscar Virgínia e Natasha, mas aquela mulher não me deixava ir busca-las.

— Eu quero ver a minha filha Tony.

— Você abandonou ela, Lilian, você queria se livrar dela, eu tive coragem de cuidar dela. Eu com todos os meus defeitos, fui eu eu quem criou ela, e ainda bem que não estive sozinho, Pepper sempre esteve ao meu lado.

Afirmei parado no hall do prédio, desviei meus olhos dela seguindo até a porta quando ela disse:

—  Aquela mulher não é mãe da MINHA filha, eu dei a luz à ela.

— Quem considera ela mãe da Virgínia é a própria Virgínia, não eu. — Falei sem me dar o trabalho de me virar.

Happy me esperava na porta, ele sorriu Para Lilian deu um tchauzinho, arrumou os óculos de sol e deu as costas para ela, saindo do prédio junto comigo.

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— Pai! — Falei caminhando até ele.

Desviei de uma mulher loira de olhos brancos, olhei sobre os ombros para ve-la mas não havia mais nada. 

Natasha e eu tentamos parecer normais, mas meu pai era bem observador, e Happy também.

Sorri para Happy, me aproximei dele para o abraçar quando ele  me olhou com os olhos semi-cerrados.

— Por quê vocês duas estão mancando? — Ele perguntou.

Tony me encarou e depois Natasha que se afastava do abraço do Stark.

— Dormi de mau jeito, sabe como é... aviões.... — Natasha falou rindo baixo e coçando a nuca.

Ela apertava a alça da mochila de viajem com força, podia notar os nós dos seus dedos brancos.

Acalme-se, sussurrei mentalmente para ela, e vocês não perceberam nada. Falei para Tony e Happy.

— Não deve ser nada, Happy — Tony afirmou. — Vamos, preciso do relatório, vocês devem estar cansadas.

— Um pouco...

Saímos do aeroporto direito para o carro, a volta para casa foi tranquilo e silencioso. Várias perguntas apareciam na cabeça de Tony, e também uma mulher, ela parecia gritar e me parecia familiar.

— Me fale, quem é ela, eu a conheço? — perguntei.

— Como? — Tony falou, todos me olharam.

— sabe de quem estou falando, ela... — Falei olhando para o espaço vazio ao meu lado, trazendo a imagem da mulher para uma ilusão real.

A mulher estava imóvel, de pernas cruzadas.

— Esquece isso, querida. — Ele desviou os olhos.

— fala... — perguntei e minha voz ecoou.

Os olhos dele ficaram dourados, Tony ficou petrificado com o comando.

— Sua mãe, veio procurando e exigindo conhecer você — Tony falou.

Tony retomou o controle do seu corpo quando deixei, cruzei os braços fazendo a ilusão desaparecer.

— Ela quer me conhecer? Ela vai, e vou recebe-la do meu jeito — falei sorrindo para eles.

𝙻𝚊𝚋𝚒𝚛𝚒𝚗𝚝𝚘  𝙼𝚎𝚗𝚝𝚊𝚕 - 𝚅𝚒𝚗𝚐𝚊𝚍𝚘𝚛𝚎𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora