First fight

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Zomba da dor quem nunca foi ferido. Que luz surge lá do alto, na janela?
Ali é o leste, e Julieta é o Sol.

𖥸

Hey, hey, hey, lover
You don't have to be a star
Hey, hey, hey, lover
I love you just the way you are

- Trezentas mil e quatrocentas.

- É um bom número. Extenso, mas bom.

- Sua vez.

- Com toda certeza, quatrocentas mil e duas - uma risada alta cobre, rapidamente a batida melancólica da música.

For love is just the same
Without fortune and fame
Just give me
True love and understanding
True love and understanding

- E duas? Não poderiam ser, não sei, sete? Ou quatorze?

- Hey, você faz sua aposta e eu faço a minha, morceguinha! - mais um par de risadas e um suspiro nostálgico escapando pelos pulmões de ambas - Eu gosto dessa música.

- E eu gosto de você.

Calliope sorri de lado com a confissão aleatória. Ela observa, atentamente, cada parte delicada que compunha o rosto angelical da menina deitada preguiçosamente ao seu lado. Os olhos esverdeados e meio apertados quando a mesma sorria, o queixo bem feito, o nariz arrebitado e, naquela noite, avermelhado pelo frio, as sobrancelhas bem feitas, os cabelos castanhos caindo pelos olhos e as orelhas furadas. Ela levanta a mão, com medo de tudo aquilo ser algum tipo de alucinação, e toca na face quente da menina. Juliette se inclina, recebendo o carinho de muito bom grado.

Hey, hey, hey, lover
You don't have to be a king
Hey, hey, hey, lover
You don't have to have a thing

Ela contorna os detalhes mais acentuados de Juliette com o indicador e então com o polegar, finalizando o toque amoroso entre a curva de seus lábios roseos. A Fairmont, desviando os olhos para os dedos da Burns na parte externa de sua boca, faz questão de entreabrir os lábios, sugando o dedo à medida que fechava os olhos, soltando um extenso gemido arrastado que tira de Calliope um suspiro.

- Jules... - murmura, sentindo a intimidade arder pelo contato dos lábios de Juliette contra seu dedo.

Quando Juliette cansa de permanecer apenas lhe lambendo o dedo, ela passa para o queixo, e então lhe lambe os lábios até, verdadeiramente beija-la. Nada de pescoços. Não, Juliette não se atrevia a chegar perto do pescoço de Calliope, não podia arriscar. Porém, Calliope não tinha a mesma preocupação que a menor. Encaixava a boca na nuca da namorada e sugava a pele pálida em lugares estratégicos, deixando um punhado de marcas avermelhadas para trás.

- Diga - Juliette murmura, arrastada, atravessando a blusa grossa de Calliope com os dedos gélidos, acariciando a barriga da mesma com as unhas curtas.

- Jules...

- Diga de volta, Cal - Calliope geme à medida que Jules descia a mão para seu cós, brincando com a cordinha que segurava seus jeans roseos - Ou eu paro. Você quer que eu pare?

Fechando o ciclo Onde histórias criam vida. Descubra agora