quatro.

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Quase próximo ao almoço, Namjoon conseguiu encomendar, mesmo com um pouco de dificuldade para pronunciar os nomes, os remédios que Lira passou, por telefone, e assim que chegaram, imediatamente correu para medicar JK

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Quase próximo ao almoço, Namjoon conseguiu encomendar, mesmo com um pouco de dificuldade para pronunciar os nomes, os remédios que Lira passou, por telefone, e assim que chegaram, imediatamente correu para medicar JK.

O híbrido aceitou tudo, como se estivesse consciente de que iria lhe fazer bem mesmo que não houvesse nenhum sinal que compreendia, com um tanto mais de água, dessa vez fazendo um esforço para beber sozinho, mesmo que ainda estivesse deitado e meio vagaroso em seus lençóis limpos, perfumados e quentes, agora aquele a pele na lasca de sol citrino que batia em suas patas.

Namjoon o assistiu com um sorriso orgulhoso, e assumiu tarefa quando o exercício o cansou da mesma forma que fez pela manhã até satisfazê-lo enquanto o relógio de cuco da Sarang iniciou a uma da tarde seu trincolejar musical que imitava o canto dos pássaros. Quase abafando o sino que anunciava em outros toques tilintantes a chegada de Kim Taehyung, pontual como sempre naquela manhã de sábado, apesar da não supervisão de seu hyung e patrão.

O professor, no entanto, não se sentia mais assustado. Não depois de ver JK lutar e persistir por sua sobrevivência.

Se o híbrido lutaria, Namjoon também o faria, nem se por enquanto tivesse que fazê-lo em segredo e solidão. Solidão essa, não tão sozinha hoje.

— Taehyung! — Chamou, descendo as escadas, agora totalmente recomposto.

O garoto havia feito o que fazia todo final de semana, como parte de sua rotina sozinho, e ligou o toca discos para ouvir um dos vinis perdidos para limpar e guardar umas coisas antes de mudar a placa pendurada na porta de sinos de "fechado" para "aberto". O da vez sendo Billie Holiday, Blue Moon, começando seu acordes saltitantes em jazz sensual e suave no piano enquanto a voz roufenha e feminina murmurava sobre um amante que havia a visto sozinha, enxergando sua falta de amor e esperanças, e passou a amá-la*.

Meio doce, meio triste, e extremamente conveniente. Algo típico de Taehyung e sua alma antiga, e de Namjoon.

— No horário, como sempre.

— Hyung?! — O garoto, não assustado, mas no mínimo pego desprevenido, virou-se, com uma torrada na boca com margarina, o almoço tapeado, devido a sua preguiça naquela manhã nublada quando decidiu prolongar seus momentos com o namorado, aconchegando-se ao seu pêlo macio e ronronares baixos. Essa era uma das muitas vantagens de ter um relacionamento com um híbrido, e ainda mais um de guepardo numa cidade tão úmida e gélida quanto Londres. — O que tá fazendo aqui?! Hoje é sábado. E a Wings?! Você esqueceu?!

— Não... — Seu plano mal articulado tinha finitude naquele momento, e sem argumentos ele desvia o olhar e ajusta os óculos, coçando o cabelo embolado de sua nuca. — Só tive que... fazer outras... coisas...

Suas omissões são tão fracas como suas mentiras, mas como nenhum de seus amigos testemunhou Namjoon mentindo antes, eles não sabiam o que procurar, apenas engolindo o que podiam e compreendendo de outra forma.

Cão de Briga | namkookOnde histórias criam vida. Descubra agora