nove.

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Ao terceiro toque da porta nova em folha, Namjoon abriu, se deparando com uma surpresa confusa, mas extremamente agradável nas horas medianas de domingo tranquilo

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Ao terceiro toque da porta nova em folha, Namjoon abriu, se deparando com uma surpresa confusa, mas extremamente agradável nas horas medianas de domingo tranquilo.

Era Lira Berg de novo, e um convidado inesperadamente adorável que o professor bem conhecia.

— Bom dia, Lira. — Sua voz soou amável e divertida, mas seu olhar agora se configurou para baixo, onde um vulto pequeno se remexia de maneira impossível de não chamar atenção entre a ursa polar e ele. — E bom dia para você também, Coco.

Coco, um apelido carinhoso de seu nome de verdade, Corin, a raposinha do deserto, apenas sorriu e o professor não deixou de se sentir revigorado naquela manhã cor de ouro e pérola, ao notar que os pequenos caninos do feneco estavam faltando na boca pequena, uma troca comum naquela idade híbrida, vindo um pouco mais cedo do que usualmente aconteceria essa mudança de dentição em crianças humanas.

A expressão surpresa e perdida do homem foi transferida para a veterinária, e nela, no entanto, não havia tanta curiosidade e afabilidade quanto a no filhote expectante.

A ursa polar parecia num misto de conturbação e pedido de desculpas enquanto segurava a mão da diminuta raposa abaixo de si, parada comportadinha ao lado de sua perna esquerda e parecendo alheio ao drama dos adultos travados na soleira.

Drama esse, que nem o professor de literatura estava entendendo muito bem como começou a se desenrolar.

— Bom dia, professor. Sinto muito por chegar assim... mas eu não tinha como deixar Coco hoje pela manhã...

As orelhas altas e adoráveis do filhote, ao ser mencionado, se ergueram por cima de seus fios caóticos já livre da touca bordô que Wheein, possivelmente, havia enfiado em sua cabeça. Os cachos largos se enrolando em seus cílios curtos e espessos enquanto farejava o ar fresco do ambiente, com cheiro de terra aguada e chá de hortelã.

Agitada, Lira tirou o cachecol vermelho, do mesmo tecido, ainda parada do lado de fora do apartamento, pois não sentia a chegada dos gélidos ventos do inverno.

Seu aquecimento era natural naquela época, com a ajuda de seu cabelo ficando maior, mais volumoso e belamente frisado, aquecimento extra de ursa polar a mantendo, e a fazendo economizar um pouco mais com casacos, luvas e echarpes apesar da namorada produzir tudo a mão.

— Ele se recusava a ficar na Wings...

O filhote, todavia, estava embrulhado em um suéter de gola alta felpudo em azul claro e macacão caramelo, e piscou os olhos escuros, acessos, para todos os lados, demonstrando confiança ao encarar o humano adulto e provando que sua rotina doce e leve com outros híbridos da Wings, e os ensinamentos de convivência social, o estavam ajudando, e muito, a se socializar em qualquer ambiente. Ele também estava sendo muito bem educado por Lira pessoalmente, pois recusava-se a qualquer outro adulto se ela não estivesse por perto, parecendo nutrir uma afeição particular com a veterinária apesar de serem mamíferos cujo os habitats eram de pólos extremamente diferentes. Opostos até.

Cão de Briga | namkookOnde histórias criam vida. Descubra agora