bônus. ( parte um )

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Todas as arestas mais sombrias da Sarang haviam sido aparadas por hora e as águas que suplantaram daquele céu prata-chumbo, vieram para lavar tanto o sofrimento quanto as angústias para trás, como se jamais ousassem a existir

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Todas as arestas mais sombrias da Sarang haviam sido aparadas por hora e as águas que suplantaram daquele céu prata-chumbo, vieram para lavar tanto o sofrimento quanto as angústias para trás, como se jamais ousassem a existir.

O outono se despedia com oscilações constantes entre marrom - ouro e cinza opaco prateado na grande Londres, e nesse linear temperado, trazia consigo como em par, a morosa sensação apricita vagava insinuosamente adorável pelos prédios da Rua Beckett, possuindo sinais metamórficos de que tudo estava se transformando em outros níveis, como o sopro do hálito de uma criança após a primeira risada inundando os poros de iluminação deslumbrada — de doce epifania. Em tons provençais, a paisagem aos poucos era pigmentada, alterando a vida da cidade assim como a de seus cidadãos — alterando as nuances para uma marcha mais lenta, e dando ares mais flutuantes e bucólicos para o atravancado de suas rotinas.

Kim Namjoon era um desses seres alterados pela natureza idílica de ações mais tísicas do espaço e do tempo enquanto o inverno se tornava sólido, uma constante, pulsando vagarosamente junto com esse plexo, como se ele compusesse seu cerne.

Sua carapaça, assim como seu núcleo, também estava em mudança, onde a troca dos cardigãs leves deram lugar a suéteres mais intrincados, mais robustos e pesados como um urso mudava sua pelagem para a chegada da estação mais fria — tênis por botas de cano mais alto e sobretudo, protegendo seus passos dos perigos de um resfriado astucioso.

Taehyung tricotava mais um par de gorros para Coco e JK, esses, verde jade e amarelo gema de ovo enquanto de um Raveo azul claro, vintage, Nina Simone tocava em vocais abrasivos e poderosos, murmurando palavras em seus tons mais graves sobre os eufônios de amores marcantes. O único funcionário da Sarang esperava a mais gelada garoa fina passar para que Hoseok fosse buscá-lo, já que o híbrido de guepardo temia a quaisquer pingo d'água.

Mais gato do que fera selvagem, nesses momentos.

Entrementes, em meio a todas aquelas pequenas, quase celulares, transformações, ainda existia algo que não havia se figurado. Ou melhor, se ajustado — não ao todo, pelo menos.

Toda a rede havia estabelecido uma rotina, em principal Namjoon e JK, apesar de ainda existir limitações cada vez mais visíveis de espaço e também nos sentimentos em florescência do híbrido, colocando em pautas situações dos quais o humano não conseguia parar de matutar para solucionar e que tomava de seus momentos concentrados a busca por soluções resolutas mas também suaves o suficiente, determinado a fazer com que o outro confiasse nas suas intenções mais perenes.

O híbrido se empenhava ao máximo nos exercícios e nas atividades simples que Wheein passava, Lira vindo para exames físicos sempre que podia e Coco brincando aos fins de semana, onde até Taehyung havia ganhado seu perdão e seu tempo naquele sistema de apoio amorosa, do qual nunca mais sobrou nenhum segundo para ser preenchido, se tornando não somente sociável mais interativo, dinâmico — alguém que não queria viver mais também conviver naquela nova sociedade.

Cão de Briga | namkookOnde histórias criam vida. Descubra agora