oito.

710 118 31
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Para o espanto e também a surpresa do professor, o fluxo rotineiro de seus dias continuaram com brandura. A deferência seguindo, obviamente, de forma muito sútil, como tudo em relação ao pitbull.

A manhã seguinte ao evento foi um prenúncio promissor que ninguém notou, apesar de iniciado ainda com pouca cautela da parte de Namjoon. Em principal, com a ligação do jovem pintor cheio de preocupação nas primeiras horas da manhã de domingo, questionando sobre como JK passou a noite.

Sua voz estava abafada e grave sussurrava no telefone, com toda a vergonha do mundo e mais uma vez fazendo o homem, que parou de contar quantas foram, inibir uma sequência de desculpas sobre o que tinha ocorrido, focando em dissecar e sanar todas as consequências que se desenrolaram após isso, mas sem nenhum tom de culpa ou ressentimentos.

Não estava mais chateado, contudo, acreditava que aquele era um bom momento de ter uma conversa séria com o outro Kim sobre espaços e intimidades, e que nem sempre precisava proteger quem amava. Não se via querendo cortar esse tipo de laço que criou com o seu irmão mais novo emprestado, entretanto, o faria entender agora, pelo menos por aquele momento, que teria que dosar determinadas atribuições para a segurança e bem estar de outras pessoas que iam além de si mesmo, de seu afeto, e de Namjoon.

— Taehyung, está tudo bem, não se preocupe mais com isso. Curta a sua folga sossegado...

— Estou sossegado hyung, mas queria falar com você novamente, já que não tenho como... pedir desculpas... para ele também.

O professor sorriu, amoroso, secando as mãos no avental azul claro com estampas de caranguejos vermelhos que colocou na frente de sua roupa para lavar a pequena louça do elaborado café da manhã que gostava de promover todos os domingos, nem que fosse para si mesmo.

Ou ele queria se convencer de tal situação, seus novos intuitos daquela arrumação, visando seu peculiar visitante e tentando abafar a pequena euforia tilintante que tinha o acordado cedo, providenciando alfajores franceses, pães com uma crosta reluzente e dourado, e suco de laranja fresco e natural.

Contava que assim, com o cheiro da comida tão confortável perfumando o apartamento que amanheceu um pouco mais claro, mesmo que o sol ainda parecesse um olho cego pálido através das janelas abertas, que JK se sentisse tentado a sentar consigo na mesa e compartilhar o formidável banquete como humano novamente.

O homem, que optou pelo sofá e o deixou dormindo na cama, se recordando que demorou para cair no sono, tamanha era sua ansiedade latente e quando o fez, sonhou com um enorme par de olhos que poderiam conter uma galáxia inteira. Estrelas de uma constelação particular que jamais oprimiram ou subjugaram Namjoon, mas sim, o absorvia e o resguardava como se naquele lugar, entre o tempo e o espaço, fosse onde ele deveria sempre estar.

Despertou feliz.

Cheio de doce euforia e com um sentimento florescendo feito o cintilar de pequenos pontos luzidios salpicando seu peito, desejando que todos se sentissem esperançosos igual a ele apesar do horror das informações dos quais Namjoon não queria nem mais se recordar.

Cão de Briga | namkookOnde histórias criam vida. Descubra agora