SELIN
E como dizem nada como um dia após o outro.
— Que cheiro maravilhoso. —murmuro ao chegar na cozinha e encontrar a mesa repleta de comida.
— Bom dia, sente-se para tomar o seu café. —disse a minha irmã enquanto puxa uma cadeira para se sentar.
Norah tem o dom que eu gostaria de ter, o dom de cozinhar. Amo comer, mas não sei cozinhar absolutamente nada.
Me viro comprando comida, quando não é isso como na casa dos meus pais.
— Você colocou veneno? —questiono apontando para o belíssimo bolo de chocolate.
Norah revira os olhos.
— Nem quando eu tento te agradar você não dá uma trégua, sua ingrata.
— E posso saber porque você está querendo me agradar? —estreito os olhos para ela, enquanto pego uma torrada.
— Porque eu quero te agradecer por ontem. —dá de ombros enquanto beberica o seu café. — E também por quê quero que você me conte tudo do porque estava com o ricasso.
— Que ricasso? —franzo a testa enquanto fecho os olhos apreciando a comida. — Nossa irmã você tem mãos de fada. Ou de bruxa.
— Sua ridícula! —exclama jogando uma maça em minha direção mas me esquivo. — E não se faça de tonta, estou falando do Théo LeBlanc.
— Ah. —faço pouco caso. — É que ontem fui fazer a entrevista.
— E...?
— Foi só isso, mas nada.
— Mas... —à interrompo.
— Não tem mas, eu sei muito bem o quê você está pensando e vou logo avisando que você está muito enganada, eu já tenho namorado e amo o Jhon.
— Mas será que ele também te ama? —questiona me olhando sériamente.
— Qual é a sua Norah? —me irrito. — Por acaso está tentando destruir o meu relacionamento?
— Claro que não. —se defende. — Eu só acho que ele se mostra perfeito demais, e você sabe que perfeição não existe. Só estou dizendo para você tomar cuidado, não quero que ele te machuque.
— Quer parar com esse papo? Só porque você escolheu errado não quer dizer que também escolhi.
— Me desculpe. —pediu enquanto desviava os seus olhos dos meus. — Você não sabe como eu me arrependo de tê-lo conhecido.
Norah suspirou fundo, seus olhos estavam tristes. Droga! Eu não tive a intenção de magoá-la.
— Me desculpa. —seguro as suas mãos por cima da mesa. — Eu entendo que você esteja preocupada comigo mas eu sei me cuidar está bem?
Ela assente e voltamos a comer, assim que terminamos Norah voltou para a casa dos nossos pais. Ontem ela enviou uma mensagem para eles explicando que iria dormir aqui.
Claro que ela omitiu toda a briga com o Chris ou era bem capaz do meu pai ter um ataque do coração ou até mesmo matar o ex genro. Então achamos melhor não contar nada a ele.
Combinei com a minha irmã que se caso Chris voltasse a perturbá-la procuraremos a polícia.
Às dez da manhã estou totalmente entediada, então decido ir até a Agência do senhor LeBlanc para pedir a minha bolsa.
— Posso saber onde você estava ontem há noite? —pergunto cruzando os meus braços para o porteiro.
Ele se assusta com a minha voz e sobressalta.
— Nossa você me assustou, Selin. —coloca as mãos no peito. — Eu fiquei sabendo pelos inquilinos que houve uma discussão em frente ao prédio ontem.
— Pois é, aposto que nessa hora você estava de namorinho em?
As bochechas do homem de quarenta anos ficam coradas.
— Safadinho. —solto uma risada o deixando ainda mais constrangido. — Agora vou indo, bom dia para você Anthony.
— Bom dia, Selin.
Pego um ônibus até a empresa assim que chego lá avisto a recepcionista aproveito que ela está ocupada com uma senhora e sigo sorrateiramente para o elevador.
Aperto no último andar, assim que saio do elevador não perco tempo em correr para que a uma mulher atrás do balcão não me veja, mas acho que a loira está ocupada demais no telefone.
Vou olhando porta por porta até que finalmente encontro uma que tem o nome CEO escrito. Sorrio vitoriosa e bato na porta.
— Entre.
Giro a maçaneta e vejo Théo sentado em sua cadeira atrás de uma mesa com alguns papéis sobre ela.
Assim que ele ergue a cabeça o seu olhar se encontra com o meu.
— Por quê a minha secretária não anunciou a sua chegada? —pergunta confuso.
Sorrio meio sem graça.
— É que sem querer eu entrei escondida. —aviso, para a minha supresa ele solta uma risada.
— Sinceramente você não tem jeito. —confessou cessando a risada. — Agradeça por ser amiga do Lucas, ou você já estaria bem encrencada.
Acabo sorrindo também e me aproximo da sua mesa.
— Vim buscar a minha bolsa.
— Ah claro, eu imaginei que você viesse por isso não à tirei do meu carro. —explica. — Sente-se ai, vou só terminar de ler esses documentos e já vou saindo para almoçar aproveito e te entrego a sua bolsa.
Assinto e me sento em um sofá vermelho que havia na sua sala.
— Vamos. —disse ele depois de alguns minutos.
Me levanto rapidamente e saio da sala com ele, a mulher loira que suponho ser a sua secretária me olha confusa ao me ver sair da sala com o Théo.
A coitadinha deve estar se perguntando como foi que eu entrei. Aceno para ela que me olha ainda surpresa.
Ao sairmos da empresa Théo vai até o estacionamento da sua Agência e abre a porta da frente do seu carro onde a minha bolsa está em cima do banco.
— Eu estou indo almoçar em um restaurante aqui perto. —avisou coçando a nuca me olhando sem jeito. — Não quer vir junto?
Pensei em recusar, mas logo lembrei que comida não se recusa. Abro um sorriso largo para ele.
— Acho que você está falando a minha língua.
Entramos em seu carro, não demora para chegarmos em um restaurante aparentemente chique. Fomos guiados até uma mesa, me senti sem jeito por não estar vestida tão bem.
— Se eu soubesse que seria um restaurante desse eu não teria aceitado.
— Como assim um restaurante desse? —perguntou confuso ao desviar a sua atenção do cardápio que segurava.
— Você sabe, esse restaurante parece chique, e estou vestida com uma calça jeans velha que parece até que foi herança da minha avó.
Théo não se contêm e solta uma alta gargalhada, algumas pessoas até olham em nossa direção.
— Ih... Por acaso você está rindo de mim? —cruzo os meus braços e olho chateada para ele.
— Não, claro que não. —negou se recompondo. — É que as vezes você fala cada coisa, mas não se preocupe você está ótima assim.
— Tem certeza?
Ele fica sério e olha bem no fundo dos meus olhos fazendo com que um frio se espalhe na minha barriga.
— Tenho, você está ótima.
Limpei a garganta me sentindo desconfortável, ele também estava já que para de me encarar e volta a olhar o seu cardápio.
Estou me perguntando porque o meu coração traidor acelerou algumas batidas assim que o encarei nesse momento.
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Um Pouquinho De Felicidade [COMPLETO]
RomanceThéo LeBlanc é dono de umas das maiores Agência Publicitária de Nova York, ele é um homem solitário e que se fechou para qualquer sentimento após alguns fatores do passado, Théo cuida sozinha de Mariana sua filha uma garotinha de sete anos, a vida m...