Um Pouquinho De Felicidade [COMPLETO]

Capítulo 3

SELIN

Jhon segura a minha mão e me guia até o meu sofá onde sentamos. Fico olhando para ele, enquanto o mesmo segura as minhas mãos nas suas.

— Eu preciso te contar algo. —ele diz enquanto me encara.

Franzo a testa.

— Jhon você está me deixando preocupada. —confesso. — Não vai me dizer que me traiu?

Puxo as minhas mãos das suas e o encaro cética.

— O quê? —me olha surpreso. — Claro que não, como pode pensar uma coisa dessas?

— E então o quê é? Fala de uma vez! —perco a paciência. — Você está doente?

— Não, é que...

— É sua família então? A sua mãe está bem?

— Amor, quer me fazer o favor de me deixar falar? —pede enquanto sorri.

— Está bem, é que você não fala logo então acabo ficando anciosa. —admito.

— Certo. —ele sorri e volta a segurar as minhas mãos. — Acontece que eu vou voltar para a Austrália.

Olho surpresa para o meu namorado, mas ao julgar pela sua cara séria ele não está bricando.

— Mas por quê?

— É que um amigo meu da Austrália vai abrir uma clínica veterinária, e quer que eu seja o seu sócio. —explica. — Você sabe que sempre foi o meu sonho ter o meu próprio negócio.

Disso eu sempre soube, apesar do Jhon trabalhar em uma clinica daqui de Nova York eu sei que ele quer ter algo próprio.

— Mas e nós? —pergunto entristecida.

— Nós continuará sendo nós. —ele sorri e beija a minha testa. — Podemos continuar o nosso relacionamento a distância.

— Mas você não sabe que isso nunca dá certo?

— Mas para nós vai dar sim, porque nós nos amamos.

— E porque esse seu amigo não vem para cá? —questiono.

— Ele é casado e a esposa está grávida, mesmo se ele quisesse vir não teria como, pois seria muito complicado se mudar com a família. —argumenta. — Mas fique tranquila, esse é o seu último ano na faculdade ano que vem você vai morar lá comigo o quê acha?

Eu já fui para a Austrália algumas vezes visitar a família do Jhon, mas morar... Morar já é bem diferente. Eu gosto de morar aqui, deixar tudo para trás não será fácil.

— Depois falamos sobre isso está bem? —forço um sorriso. — E quando você vai?

— Quarta-feira.

— Tão rápido?

— Sim, mas prometo te ligar todos os dias. —afirmou e me puxa para uma abraço.

— Olha lá que promessa é divida em?

Ficamos a tarde inteira na minha casa assistindo filmes, assim que anoiteceu Jhon teve que ir embora.

Quando eu estava prestes a dormir ouço o meu celular tocar na sala, acabo me levantando da cama e o pego notando que se trata da minha irmã, logo atendo.

— Oi. —ela me cumprimenta animada. — O Lucas acabou de me mandar o endereço da empresa do Théo LeBlanc.

— Ah que bom, quero terminar esse trabalho da faculdade logo para curtir as minhas férias. —digo empolgada. — Me manda o endereço por mensagem.

— Certo, tchau.

Me despeço de Norah e abro a mensagem onde está o endereço do tal famoso que preciso entrevistar. Volto para a minha cama e debaixo das minhas cobertas resolvo pesquisar a respeito do tal homem.

Depois de colocar o seu nome do Google rapidamente aparece a sua biografia.

— Théo LeBlanc, trinta e cinco anos blá blá... —pulo as informações bobas e procuro as mais importantes. — Interessante.

Começo a ler um pouco sobre a sua história, Théo nasceu em um família bem humilde pelo o que li, ele até já pediu comida na rua. Aqui diz que o seu pai morreu quando ele ainda tinha dezessete anos.

Sinceramente a história dele é um pouco triste, mas ao menos ele deu a volta por cima e agora veja só o cara é rico.

Desisto de ler o restante já que a biografia do cara é enorme, sei pelo menos o básico dele e já consigo fazer uma boa entrevista. Antes de ir dormir, clico em uma das fotos dele.

— Que gato. —admito dando zoom na imagem.

Théo tem belos olhos castanhos, sua barba bem cuidado é bem clarinha ao contrário dos seus cabelos que é em um bom mais escuro, ele tinha a pele clara e uma bela boca.

— Lindo. —murmuro ao encontrar uma foto dele sem camisa.

O homem tinha um belo abdômen e músculos bem definidos. Depois de olhar mais algumas fotos guardo o meu celular de uma vez e me preparo para dormir.

Quando estou quase dormindo o meu celular toca, resmungo algumas coisas e o pego de debaixo do meu travesseiro. E sem olhar quem é aperto na tela de qualquer maneira tentando atender, em seguida levo o celular até o meu ouvido ainda de olhos fechados.

— Hum... Quem é? —pergunto sonolenta.

— Selin, podemos conversar?

Arregalo os meus olhos imediatamente e olho a tela do meu celular para constatar se não estou louca, me sento na cama rapidamente agora todo o meu sono havia acabado.

— Chris... —murmuro o seu nome entredentes. — Não tenho nada para conversar com você.

— Não desliga por favor. —implora. — Sua irmã não quer mais falar comigo desdo o término, eu só queria me desculpar com ela e...

— E o quê? —o interrompo. — Acha mesmo que ela quer saber de você depois de você destruir o psicológico dela?

— Eu estou arrependido, nunca machuquei a sua irmã você sabe.

— Fisicamente não, mas e psicológicamente? —questiono irritada. — Quer saber, me ouça com atenção se você chegar perto da minha irmã eu mesmo acabo com você me ouviu bem idiota?!

— Selin, eu...

Antes que ele diga mais alguma coisa eu desligo a ligação na sua cara e solto um suspiro.

Agora era só o que faltava, justo agora que a minha irmã está se recuperando e disposta a amar novamente esse cara quer atrapalhar.

Mas que ele nem ouse se aproximar dela ou eu mesma acabo com ele pessoalmente. Acho melhor não contar a Norah sobre essa ligação não quero preocupá-la.

Tento dormir novamente, mas acabo demorando já que essa ligação não sai da minha cabeça. Espero que aquele homem fique bem longe da minha irmã, ela merece ser feliz.