Viagem da nossa vida. 💝

𖦹 Cap 16 𖦹

Tudo evaporou.

Talvez, depois de muito tempo sem ter os beijos dele, eu tenha me esquecido, como tudo ao redor sumia automaticamente. Sua mão direita estava acariciando minha nuca, e me aproximando ainda mais (não pensei que fosse possível), e a mão esquerda se direcionou pra minha cintura, fazendo todo o meu corpo arrepiar e pedir um pouco mais.

Mesmo eu estando por cima, não controlei absolutamente nada, na verdade, nem sei como chegamos naquele estado, só sabia que eu queria mais, talvez tivéssemos chegado a fazer outra coisa, se não estivéssemos em uma quadra, com grama ao redor. Tirando a escuridão, não tinha nenhuma forma de se "esconder".

Paramos por poucos minutos para retomar o ar dos pulmões, abri os olhos, e me deitei ao lado dele, a respiração irregular sendo o único barulho escutado.

Mal pude dizer nada, tentei omitir um sorriso bobo, mas falhei miseravelmente, eu ansiei tanto por seu toque e beijos, finalmente os recebi. E bem inesperadamente, digamos assim.

Shadow parecia bem, mas um pouco atordoado, como se tivesse dúvida sobre o que tinha acabado de fazer.

- Meu deus - pausa - desculpa. - Ele quebra o silêncio, com uma voz baixa.

- Ei, tá tudo bem - sorrio e me viro a ele - se você se sentiu culpado com um beijo demorado, imagina quando...

Vejo-o revirar os olhos, então paro de falar aquilo, antes que saia algo mais idiota da minha boca.

- Enfim, relaxa, você sabe que não... - pauso, tentando não falar besteira - não tem problema, tá tudo bem. - Apoio minha cabeça na minha mão, com o cotovelo na grama.

- Tá bom, - ele sorri de canto - então quer dizer que posso fazer isso de novo, não posso? - seu olhar intercala totalmente entre meus olhos e minha boca.

- Pensei que estivesse óbvio. - chego perto novamente, mas deitado.

- Só queria ter certeza absoluta. - Ele sorri, mas apenas me dá um selinho, e se levanta dramaticamente. - Vamos voltar pra casa.

Olho-o, incrédulo com a provocação - Eu te odeio tanto, mas tanto. - Reviro os olhos e sou forçado a fazer o mesmo que ele (no caso, levantar). - Achei desnecessario você chegar como se fosse me dar um beijo daqueles e só encostar na minha boca. - Digo, ao chegar ao seu lado, com uma falsa irritação.

- Desnecessario? - Ele sorri, bobo.

- Muito.

- Aquele não era um dos melhores lugares, convenhamos. - Começamos a andar pela "rua" novamente, mas não de mãos dadas.

- Acho que foi outra coisa.

- O que?

- O fato de que você só tem pose. - Dou lhe um cotovelada leve. - Na hora h, você recua. 

- Ata, eu tenho argumentos, está bem?

- Ah, nossa, claro. - Minha voz sai sarcástica.

Ele suspira antes de me encarar, como se fosse acabar comigo depois.

(Em qual sentido já não é comigo.)

- Ficou putinho? - Sussurro e corro dele em disparada.

(Eu só fiz um comentário, nada demais, em minha defesa.)

Ali só era iluminado pelos postes de luz brancos em algumas partes, logo chegamos a última casa, no caso, a que ficamos.

- Vou trancar o portão, fica bem aí. - Ele diz, depois de me ver entrar. Sem sequer esperar eu falar algo, ele adentra a casa, passando pela piscina, em direção a cozinha. 

Não parecia muito irritadinho, só impaciente, então esperei, o minimo que poderia fazer. Logo, Shadow aparece com a chave entre os dedos, e tranca o portão.

- Será que você podia falar algo? - Digo, após senti-lo me olhando novamente, enquanto vamos ao quarto.

- Se eu for falar, não vai sair nada de bom. - Entramos no cômodo gelado, pois eu tinha esquecido o ar-condicionado ligado. - Meu santo, que frio.

- Vou desligar, só achar o interruptor para ligar a luz primeiro. - Antes que eu possa me mover, Shadow me dá um beijo longo, ainda no escuro e no gelado, suas mãos pairam nas minhas costas, e ele nos direciona a cama.

(Me fudi, meus parabéns, Sonic. Meus sinceros parabéns.)

Me arrepio por completo, mas isso não abala a vontade daquele momento, deito-me ao lado esquerdo, ainda junto a ele, o corpo esquentando por desejo, mesmo nem tendo me tocado.

Meus braços se posicionavam acima da minha cabeça, fortemente segurados por ele, seus beijos, agora não paravam apenas em meus lábios, desceram até minha mandíbula, e, próximos ao pescoço. Arrepiei-me por completo, eu queria, queria muito aquilo, só não sei se estava completamente pronto.

Não quis dar palco para pensamentos ruins, então me entreguei o máximo possível.
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Me desculpem caso tenha algum erro ortográfico, foi feito um pouco na pressa (bateria do celular) e de madrugada, scrr! Mas é isso q dá, ter explosão de criatividade logo nesse horário :P.