- Cap 3 -

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- Olha, Shads, até que você corre rápido... - Sonic se vira, me olhando, enquanto corremos lado a lado.

- Você gostou mesmo de "Shads", não foi? Podia ter um apelido melhorzinho... - pauso. - E, sim, eu evolui bastante longe de você, docinho. - dou uma piscadela e avanço, deixando-o para trás.

Após correr mais um tanto, percebo que Sonic havia sumido de vista, e viro para trás, tentando vê-lo, mas, sem querer tropeço em uma pedra curiosamente grande e caio.

- Droga!

Tento me levantar e andar ou correr, mas não consigo por conta do meu pé esquerdo, que foi o que eu tropecei e caí em cima.

- Caralho de pedra... - Pego-a e jogo para longe de raiva.

- Shadow? - Ele finalmente aparece na minha frente e me vê sentado com as mãos no chão. - Você está bem?

- Estou, docinho. - Não ia perder a oportunidade de chamá-lo assim, é quase uma vingança.

- Se levanta então, Shads...

Tento me levantar novamente mas caio.

- Vai querer minha ajuda? - Sonic estende sua mão pra mim, mas a recuso.

- Vou dar um jeito, e ainda chegar antes de você. - Digo, em tom de desafio.

- Se não vai aceitar por bem... - ele suspira - vai ser forçado mesmo.

Ele me tira do chão e me pega no colo antes que eu possa protestar. E quando consigo fazer algo, é apenas depois de um pequeno tempo de estrada.

- Olha aqui seu filho da puta... - Tento me soltar, mas meus esforços são em vão.

- Caladinho, antes que eu te solte no meio da estrada. - Sonic me aperta em seu colo um pouco mais.

Reviro os olhos e me rendo, deixando-o me carregar.

(Até que não está tão desconfortável...)

O caminho não foi muito longo, e quando percebi, já estava dentro de sua casa.

- Gente! Chegamos! - Enquanto Sonic os chama, me coloca com certo cuidado no seu sofá. - Gente...?

Ele parou de chamar ao ver que ninguém respondia.

- Acho que é só a gente por enquanto, vou procurar o kit de primeiros socorros pro seu pé. - Ele sai da sala e adentra pros quartos.

Não o respondo e apenas espero, com os braços cruzados e minhas pernas em cima do sofá vermelho.

Logo Sonic volta com uma pequena maleta branca, e a colocou na mesinha de centro transparente com dourado. Depois, tirou de dentro um liquido transparente, outro liquido (agora vermelho), gase e algodão.

Ele me olha com um olhar que eu tenho quase certeza que perguntava "posso?", indiquei que sim e me ajeitei em uma posição melhor tanto pra mim quanto para ele.

- CARALHO TA DOENDO - Resmungo e tento mexer meu pé para longe do algodão com liquido vermelho.

- Eu tô tentando te ajudar, desse jeito fica difícil - pausa. - vai doer mesmo, não tem o que fazer!

- Não dá pra ser mais delicado não?

- Tá acabando já... - ele para de falar enquanto termina de enrolar a gase no machucado mais profundo - Prontinho, novo em folha.

Tento me levantar novamente, e até consigo, com certa dificuldade. Me movo do sofá até o bebedouro, estava morrendo de sede.

- Então...consegue se virar sozinho? - Sonic começa a falar - Tenho que ir pegar suas coisas, acabamos esquecendo. Caso queira comer algo, tem na dispensa, geladeira, enfim...e sobre o banho, o meu quarto é o último a esquerda, pode usar. - Ele abre um sorriso amigável, eu assenti e o azulado deixa a casa correndo.

Adentro a casa devagar, a observando atentamente, não é muito grande, mas tem um tamanho confortável para o número de pessoas que moram nela, acho o quarto de Sonic, e me sento no banco macio em frente a cama.

Foi quando a ficha finalmente caiu...a gente estava de bem, ou era pura comodidade? Ele pareceu confortável perto de mim, e eu também fiquei, até cheguei a esquecer que em menos de 24 hrs atrás eu nem imaginava que veria-o.

Minha mente continua a maquinar, e eu acabo tomando a decisão mais inteligente na situação: falar com ele, mas deixar uma barreira entre nós.

Assim, não sentiria sua falta ao final, e nem me apegaria.

Satisfeito com a minha decisão, vou em direção ao banheiro, que, surpreendentemente é enorme e com tons de azul marinho, branco e um toque de cinza.

Ao entrar e virar, dou de cara com o chuveiro. - Bem, ele disse que eu poderia usar...

Retiro minha roupa e tênis (que preciso lavar urgentemente), e entro no chuveiro quente.

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