Ponto de exclamação

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N.A: Voltei!! Demorei um pouco mais dessa vez, mas garanto que o capítulo tá muito bom. Fiquei em dúvida em como nomear o capítulo, então dei esse nome que é de uma música do Jovem Dionisio e vou deixar o link do youtube para outra música que cairá bem ao longo do capítulo. Sem mais delongas, mil beijos e boa leitura!


O toque do despertador soou, era diferente daquele habitual. Preguiçosamente, Carol abriu os olhos, os raios de sol entravam tímidos através da cortina. Bateu no aparelho e então se deu conta de onde estava, não que tivesse realmente esquecido. Anne mantinha um braço em sua cintura e o rosto colado em seu braço, adormecida. Como pode dormir serena como um anjo depois de ontem?

Foi impossível controlar seus pensamentos em relação à noite anterior, o toque dos lábios da holandesa nos seus e em seu corpo. Se fechasse os olhos, podia sentir a língua dela passeando em seu colo, as mordiscadas no pescoço e os beijos na mandíbula. Anne não tivera pressa, apesar do amasso inicial. As mãos da estrangeira foram precisas em descobrir cada parte do seu corpo, entre apertos, carícias e arranhões.

Carol não havia perdido a chance de conhecer intimamente o corpo alheio, depois de se deleitar nos braços da ponteira. Lembrava-se de levá-la ao quarto, entre beijos e empurrões, extasiadas. Provou-a como a uma fruta, deleitosa, e a fez sua, como fora dela. Suspirando, a central se remexeu, precisava se concentrar, tinham muitos compromissos e não podiam se atrasar, mesmo que por uma boa causa.

Anne, incomodada com o rebuliço, acordou e sorriu ao encontrar os olhos da mulher que lhe tirara de si na noite anterior. Desejou bom dia e agarrou-se novamente à cintura de Carol. Ficaram naquela posição por algum tempo, em silêncio. Não tinha necessidade de nenhuma palavra, elas haviam se entendido e muito bem.

Foi a central quem cortou o clima, dizendo que elas precisavam se alimentar e sair para unidade de treinamento, pois teriam jogo no começo da noite. Anne assentiu, levantando-se, mas não sem beijá-la no rosto antes. O coração de Carol acelerou, não se acostumara com a outra mulher e tinha a impressão de que demoraria muito tempo. Ou talvez eu nunca me acostume.

Juntas deixaram o quarto, mas a holandesa seguiu para preparar um café enquanto a central seguiu para o banho. Imaginou que era muito cedo para convidar a outra para ir junto. Quando retornou à cozinha, ficou observando Anne revirar a geladeira, como uma caça ao tesouro. Segurou a risadinha o máximo que conseguiu, mas a estrangeira a ouviu, virando-se.

Carol indicou que a ponteira fosse para o banho e disse que resolveria seu lanche. Estava ficando comum aquela troca entre elas, será que terminariam no sofá novamente? Meu Deus, preciso de foco! Sozinha no recinto, a central encontrou ingredientes suficiente para fazer guacamole e outras frutas. Novamente sorriu ao pensar no esforço de Anne, ela era apaixonante, definitivamente.

Algum tempo depois, tomaram café-da-manhã na bancada da cozinha, era mais seguro. Em seguida, apressaram-se em sair. Carol vestiu roupas de treino da ponteira, que apenas sorria em aprovação. Talvez não fosse do conhecimento holandês que vestir a roupa do peguete significa compromisso sério.

Como um bom brasileiro não é besta, o time inteiro percebeu que a central não tinha dormido em casa na noite anterior. Primeiro que havia uma expressão de "transei" em seu rosto, principalmente pela forma como ela e Anne se entreolhavam em alguns momentos. Segundo que aquelas roupas eram emprestadas, mais justas que o normal. E a pele? Parecia reluzir. Contudo, as companheiras cochicharam brevemente e esqueceram o assunto, exceto Fabi e Roberta. Toda vez que Carol as encarava, havia um sorriso insinuante de ambas.

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