N.A: Ei! Tudo bem com vocês? Peço perdão por ter demorado tanto desta vez. Antes de iniciarem a leitura, eu gostaria de dizer que chegamos ao fim da fanfic, espero que tenham gostado e quero agradecer a cada um que tirou um tempinho para ler, votar e comentar. Muito obrigada por estarem comigo e serem pacientes. Sem mais delongas, boa leitura!!
Pensar em Anne despertava em Carol uma felicidade imensa. Mas pensar, especificamente, que namorava a holandesa trazia, além disso, um coração saltitante, mãos suadas e um arrepio em todo seu corpo. Tudo nela era fascinante, desde a sua fixação por manter as roupas organizadas por cores até suas tentativas meio bem-sucedidas de cozinhar algo vegano.
Estar com Anne era simples, certo, fazia sentido. Ela era uma parceira incrível e topava fazer praticamente tudo com a central, inocentemente falando. A sintonia de ambas era o que mais surpreendia Carol, fosse o desejo de comer algo parecido ou a forma como sempre pareciam sentir que deviam se ligar. Ela é o amor da minha vida.
Esse era outro pensamento que arrancava suspiros da central, desde a primeira vez que pensou até o momento em que pronunciou em voz alta. Antes de mais nada, precisava voltar um pouquinho no tempo. Estavam na metade de março de 2016, quase três meses após o natal, aquele mesmo em que passara longe de Anne. Depois daquela confraternização com algumas companheiras de time e amigas, Carol viajou para a casa de sua família, a fim de passar todo o recesso e sentir um pouco menos a falta da holandesa. A última parte não funcionou muito bem.
Por mais que a central tenha aproveitado muito com seus familiares, ela desejou que Anne também estivesse lá, no fundo sabia que queria ela como parte de sua família, embora não soubesse se a outra se sentia da mesma forma. Pelo menos ela estava apaixonada. Naquele período, as conversas com a estrangeira eram restritas pelo fuso horário, mas foi uma boa oportunidade para não desenvolverem dependência, curtir com a família e, principalmente, se conhecerem mais. Carol gostava de saber que Anne era tão ligada à família quanto ela.
Passados aqueles dias, a holandesa voltou de viagem e a central teve a maior surpresa quando abriu a porta de seu apartamento e deparou-se com um belo sorriso e um buquê de rosas rosadas. Não esperou um segundo a mais antes de se jogar nos braços da outra mulher e sentir seu cheiro. Anne não conteve sua felicidade também, apertou Carol em seus braços e beijou-lhe a têmpora.
O beijo do reencontro foi um dos melhores que já haviam trocado, não que conseguissem ranquear. Os lábios da holandesa cobriam o lábio inferior da central com delicadeza, chupando levemente e, por vezes, prendendo-o entre seus dentes. Carol suspirava com o toque e acariciava a nuca de Anne. As línguas se envolviam, quentes e sensuais, e não tardou que a saudade desse lugar à excitação.
Foi naquela noite que, abraçadas na cama, nuas, Carol apoiou seu rosto numa mão, fitando Anne e pediu-a em namoro. Não foi surpresa o sim da holandesa, mas o coração da central saltitou de felicidade assim mesmo.
Desde então, passavam boa parte do tempo juntas, fosse em quadra ou em casa. Era um grude interessante, não ficavam sozinhas o tempo inteiro, gostavam também de estar no mesmo ambiente com outras pessoas. Para Carol, era apaixonante observar Anne tentando conversar em português com seus amigos e, para a holandesa, era apaixonante fazer parte da vida da mulher que tanto gostava.
Por falar em quadra também, os jogos da superliga se encontravam na fase de playoffs, e a central estava cheia de expectativa de uma final e de melhor ainda, vencer o campeonato. O time estava bem entrosado, apesar da dificuldade em alguns jogos ou o incidente com Gabriela. Falando na ponteira, ela se recuperou bem e voltou a jogar, mas com cautela.
Outra novidade da amiga era que ela estava quase engatando um namoro com a tal Juliana, aquela mesma que surgiu do nada na confraternização e que Anne parecia saber de alguma coisa. Carol ficou feliz por Gabi, ela merecia muito, não devia ficar esperando por alguém. E a própria Gabriela parecia imensamente feliz.
- Amor? – Anne chamou, saindo de seu quarto devidamente vestida e uma toalha enrolada no cabelo. – Tudo bem? Chamei várias vezes – aproximou-se do sofá.
Carol sorriu ao ouvir seu novo apelido, não precisava repetir que seu coração acelerou, certo? Ela se virou, percebendo a expressão preocupada da holandesa. Levou suas mãos ao rosto dela, acariciando e, por fim, dando-lhe um selinho demorado. Anne suspirou.
- Melhor agora, amor – a central respondeu, recebendo um lindo sorriso da estrangeira. Antes que pudesse dizer algo mais, o timer do forno apitou e Anne saiu num pulo.
Carol apenas negou com a cabeça, sorrindo. A ponteira voltou pouco depois, com um prato fumegante em mãos, depositando-o rapidamente na mesinha de centro.
- Cuidado, linda – pediu a central.
- Não foi nada – respondeu a holandesa. – Olha só, eu fiz quesadillas veganas. Pesquisei direitinho e comprei tudo certinho. Espero que goste.
Como poderia não gostar? Toda a atenção e cuidado por parte de Anne já eram o suficiente. Sob um olhar repleto de expectativa, Carol provou o prato, fechando os olhos ao sentir quão gostoso estava. A holandesa abriu um sorriso ainda maior.
- Está perfeito – gemeu Carol, buscando mais uma quesadilla. – Não me acostume mal!
- Será um prazer não atender a esse pedido – Anne riu levemente. – No que estava pensando agora há pouco?
Carol comentou sobre Gabriela e os jogos, e então tocou no seu novo assunto preferido, que era seu relacionamento com a estrangeira. Um fato curioso era que Anne gostava de ouvir a central repetir sobre o momento em que começara a reparar nela e toda a sua confusão sentimental. Divertia-se ao saber de todos os comentários outrora feitos pelas amigas de Carol, especialmente Gabi.
Da mesma forma, a central sentia seu coração aquecido ao saber como a família de Anne já ansiava para conhecê-la. Segundo sabia, a estrangeira contou tudo aos familiares logo quando chegou. Não que já não soubessem de seu término com Lisa, mas não faziam ideia de que no coração de Anne havia outra pessoa. Como de se esperar, a novidade foi muito bem recebida e era isso que deixava Carol mais tranquila para conhecê-los. Se dependesse de Anne, talvez tal encontro já tivesse ocorrido.
Ainda sobre conhecer familiares, a central já tinha levado a holandesa para conhecer sua família pouco tempo depois de se reencontrarem e, obviamente, todos ficaram encantados com a mulher. Mas como não poderiam? Seu sorriso fácil e gentileza conquistavam qualquer um. É por isso que estamos aqui.
- Eu amo você – disse Carol, repentinamente, recebendo um olhar surpreso de Anne. Sabia que se conheciam há pouco tempo e estavam juntas ainda há menos, mas ela sentia tal sentimento crescendo em seu peito e já não conseguia guardá-lo.
A ponteira abriu um largo sorriso, apaixonada e emocionada. Sentia-se imensamente feliz com a central e não se surpreenderia caso a relação de ambas durasse anos. Aliás, essa era umas das coisas que desejava em segredo.
- Amo você também – respondeu, e Carol finalmente soltou a respiração, sorrindo.
A holandesa se inclinou para beijar a namorada, lentamente, sugando seu lábio, sem força. Carol suspirava e segurava o rosto alheio, impedindo-a de se afastar. A partir dali, tinham dado um novo passo e ansiavam pelos próximos.
N.F: Novamente, obrigada por lerem! Estarei sempre aqui se quiserem conversar algo, fiquem à vontade! Um grande beijo e um abraço apertado! Nos vemos por aí😘
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FanfictionA temporada 2016-17 estava prestes a começar e uma nova jogadora se juntou à equipe do Rexona Sesc Rio. A ponteira holandesa Anne Buijs tentava se adaptar ao país e ao estilo de jogo e iria contar com a amizade e companheirismo da central, Carol. (E...