Encontros e despedidas

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N. A: Ei! Voltei! Esse capítulo é uma importante transição para tudo começar realmente. Espero que gostem. Beijos!

A expectativa de descansar um pouco mais no sábado fora por água abaixo. Carol sentia seu corpo um pouco dolorido, mas definitivamente o sono a abandonara. Sendo sincera, ela não tinha conseguido dormir muito bem, não esperava que a noite anterior fosse terminar em discussão. E o pior? Ela não tinha entendido o motivo para tanto.

A central jogou os lençóis para o lado, desistindo de tentar voltar a dormir. Além disso, tinha a impressão de que se continuasse deitada, iria se irritar com as lembranças. Contudo, antes que alcançasse o banheiro, ouviu dois toques na porta, assustando-a. Como pode Gabriela acordar cedo sempre? Abriu a porta e teve certeza que a ponteira não era daquele mundo, pois sorria e estava vestida como quem ia a uma festa na piscina. Não eram sete da manhã?

- Bom dia! Rolê na Fabizinha? Piscina e tal – convidou a ponteira.

Carol olhou-a, incrédula. Não se sentia muito clima e preferia assistir séries, mas ao comentar isso, recebeu um olhar questionador de Gabi.

- O que aconteceu ontem? – perguntou.

- Esperei Juliana por uma hora, mas como ela não apareceu, saí para jantar com Anne – a central resumiu, suspirando.

- Vamos fazer assim, toma um banho e se arruma para o rolê. Vou fazer o café e você me conta os detalhes – disse Gabi, dando às costas para Carol.

A central resmungou sozinha, não adiantava discutir quando Gabriela dava ordens. Pelo amor de Deus, ela é mais nova. No box, deixou a água escorrer por seus ombros, relaxando brevemente. Uma saída faria bem, certo? Precisava relaxar para a temporada prestes a iniciar e precisava também pensar em sua relação com Juliana.

Quase vinte minutos depois, ela chegou à cozinha, o cheiro de café impregnava o recinto, e a mesa estava posta com pães, patês e bolo. Gabi era uma amiga valiosa e recebeu o primeiro sorriso do dia esboçado por Carol. A central se sentou à mesa, sendo acompanhada pela amiga e enquanto se servia, atualizou-a da noite anterior.

Contou que quando chegou de carro com Anne, Juliana a esperava do lado de fora do prédio que moravam, com os braços cruzados e uma expressão de chateação. Bastou a holandesa ir embora e a namorada a questionou por não ter esperado por ela ou respondido a sua mensagem. Carol achou que foi uma situação hipócrita e mesmo tendo explicado que esperara por ela durante uma hora, a rua quase deserta e não recebera também nenhuma resposta, Juliana continuou impossível. Então Carol achou que era uma perda de tempo discutir e sugeriu que a namorada fosse embora.

- Ela nunca agiu assim, não consegui mesmo entender – suspirou a central, deixando o pãozinho de lado.

- Talvez ela tenha ficado com ciúmes, mas não te explicou o atraso dela? – perguntou Gabi.

- Não deu tempo ou ela não quis explicar nada. Também não lembro de ela ter sentido ciúmes antes – Carol respondeu e então se deu conta do que a amiga havia dito. – Por que ela sentiria ciúmes da Anne? Ontem foi literalmente a primeira vez que tive um diálogo maior com ela. Isso não faz sentido.

- Ontem também foi a primeira vez que secou ela né? - a ponteira provocou. – Bom, acho que ciúme e posse andam juntos e não gosto de nenhum desses sentimentos.

Carol pensou em dizer que não tinha secado Anne, que apenas olhou para ela no momento errado. Ou muito certo... que?! Decidiu que não ia cair nas ideias de Gabi e continuou a tomar café. De algum modo, a ponteira tinha um apontamento interessante, Juliana podia não estar sendo ciumenta e sim possessiva, mas por que agora?

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