Epílogo - Parte 2

12.3K 931 120
                                    

As resmas de folhas que cobriam o meu campo de visão, aumentavam a cada nova informação que conseguia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As resmas de folhas que cobriam o meu campo de visão, aumentavam a cada nova informação que conseguia. A cada mísero fato, era acrescentado mais folhas, pois tudo poderia está ligado a algo que não sabemos, e a incerteza, trazia mais papéis para minha frente, fazendo com que eu perdesse a conta, que quantas folhas eram no total.

Os olhos ardiam e queimavam, ao final da leitura. A cada nova página que pegava, minha vista reclamava, embaçando minha visão, a deixando turva, entretanto, estava em busca de respostas.

O desconhecido é algo intrigante, e o saber também é. Quanto mais sabemos, mais nós instigamos a saber, pois a busca por respostas é o nos move a continuar. Da mesma forma, que moveu os pré-socráticos, na busca por respostas, informações. Entretanto, nem todo o conhecimento é lícito compartilhar, aprendi isso com o tempo.

A mente humana é algo complexo e confuso, as vezes algumas pessoas são gananciosas e outras vezes são gentis. Identificar, e saber diferenciar, uma pessoa gananciosa de uma gentil, é fácil, na teoria. Todavia, alguns agem pelo impulso e outros passam muito tempo pensado sobre como agir, e o tempo, e a tomada de atitudes bem calculadas, faz com que se deva repensar, sobre como traduzir a atitude de determinada pessoa, pois as vezes, ela já treinou tanto, e já mentiu tantas vezes, que é quase impossível identificar essa façanha...

Tudo nesse momento se assemelha a uma partida de xadrez, onde cada jogada e cada mexer de peças tem ações e consequências. Estratégias e movimentos, já foram feitos. No meio do jogo se é comum perder algumas peças para se alcançar o objetivo, pois as vezes é necessário perder um, para ganhar vários. A questão de tudo é saber quais são as peças a se sacrificar, e quais são as peças que não irão sacrificar em nenhuma hipótese. As vezes, revelar um jogada para o oponente, faz com que ele fique concentrado em apenas um ponto específico, e esqueça dos outros, ou seja, arriscou uma informação, mas garantiu muitos movimentos ao seu favor.

Nunca se inicia uma partida com as peças mais fortes se você não sabe o que está fazendo, você começa pelos peões, pois são fáceis de serem manuseados.

Os peões, são como as pessoas extremamente fáceis de se manipular, e que perder, não irá causar danos tão relevantes. Perder peões no meio da jogada é primordial, pois eles as vezes podem ser usados para criar distrações e ameaça as peças de alto valor, mas...

Quando se tem uma estratégia, e se sabe o valor de cada peça, e como se ocorrerá o jogo depois de sua perda, não parece uma ideia tão absurda usar e abusar de peças fortes, mesmo sabendo que as vezes, se pode perde-las. Se souber o que está fazendo, um estrago muito grande será causado.

Esse que é o ruim de se jogar contra uma pessoa que não se conhece, não é possível saber o quanto de conhecimento, estratégias, ganância e bondade está dentro da pessoa, e nem quanto tempo passou pensando em cada alternativa possível, muito menos tentar adivinhar o que está disposta a perder e o que não está.

Uma Regra - Os SartoriOnde histórias criam vida. Descubra agora