Fogo e desejo.
Perigo e luxúria.
Estava a mais de uma hora sentada no chão do banheiro, tentando controlar os sentimentos que tive com o encontro com Peter. Não entendia como ele conseguia desestabilizar todos os meus sentidos com apenas alguns olhares e pouquíssimas palavras.
Seria culpa?
Vergonha pelo ato impensado de roubá-lo anos atrás?
Não conseguia mais dizer se a raiva que eu demonstrava era por causa da ameaça sobre minha família e sim por ele me lembrar do que eu abdiquei. Abdiquei da minha vida como um indivíduo sozinho. Abdiquei do meu prazer e desejo para cuidar da minha família e era feliz com essa decisão.
Peter era a lembrança do fogo que tinha dentro de mim, da luxúria ardente que meu corpo necessitava. Ele me afetava pois foi o homem mais lindo e excitante que já vi. Peter me desafiou e me fez sentir viva com o medo e adrenalina daquele momento e agora, parecia querer instigar mais uma vez aquela reação em mim. Eu não podia deixar!
Respirei fundo e tomei um banho com calma, pensando em cada coisa que eu iria fazer a partir de agora. A primeira era tomar uma distância dele e focar na adaptação de Amélia à nova casa. Dessa maneira, eu ficava com meu foco na minha irmã e totalmente fora de mim.
— Esther? — a voz da minha irmã surgiu e eu desliguei a água. — Vai demorar? Estão todos nos esperando.
Me enrolei na toalha e saí do banheiro olhando minha irmã de relance. Abri minha mala e tirei a roupa, uma calça jeans e uma camisa moletom. O almoço em família era uma tradição entre os Hoffmann e cada um tinha que obedecer a suas exigências. Vesti com rapidez a calcinha e toda a roupa, amarrando os cabelos em um rabo de cavalo simples e andei para fora do quarto, faminta por uma comida brasileira.
Mel me seguiu tagarelando sobre o primeiro ultrassom marcado e que queria que eu estivesse lá ao seu lado. Eu concordei satisfeita, feliz por ela querer dividir todo o processo comigo e também, por confiar em mim.
Descemos as escadas juntas e caminhamos até a sala de jantar. Peter, Ronan, a avó Lacoste e mais uma mulher estavam sentados conversando baixo, discretamente.
Esse era um fato importante.
Eles não falavam alto, apenas com raiva ou desespero. De resto, eles eram controlados e calmos. Estranhamente, calmos.
Assim que chegamos perto da mesa, todos nos olharam acusadores pela demora e eu quase dei de ombros. Se atrasar era quase uma tradição no Brasil.
— Finalmente. — Peter resmungou.
— Não precisava esperar. — cochichei no seu ouvido e sorri disfarçando para todos que observavam.
Ele não respondeu.
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A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação)
RomanceDISPONÍVEL NA AMAZON E KINDLEUNLIMITED!!! × SINOPSE × Um AGE GAP de tirar o fôlego. "O ciúme e a posse que Peter sentia por Esther era inexplicável. Não era apenas desejo, não era apenas pelo sexo. Esther era dele e ele era dela." Peter Hoffmann era...