CAPÍTULO 20 (Parte 1)

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Digitei rapidamente, joguei o celular de lado em seguida e me estiquei no tatame

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Digitei rapidamente, joguei o celular de lado em seguida e me estiquei no tatame. Conversar com meus amigos era rotineiro. Eu estava com saudade deles e das nossas saídas. Uma das muitas coisas que eu sentia falta no Brasil. Peter havia viajado há alguns dias, e era até esquisito não o ver nas refeições, nem o ter colado a mim como um amante incansável.

Eu não voltei a comentar sobre seus problemas, mas a minha curiosidade ainda estava aguçada. Eu tentava conversar com Ronan e com seus empregados, no entanto era impossível tirar respostas de pessoas que não entregavam o homem mais importante da casa.

Depois da briga com a treinadora ranzinza, não consegui voltar a treinar com ela, e, para a minha sorte, ninguém me obrigou. De qualquer maneira, Aaron também foi proibido de me dar o suporte físico, e só me restava fazer isso por conta própria.

— Seu treinamento é tão empolgante, que me dá vontade de dormir — Mel cantarolou enquanto me observava, sentada. — Se eu soubesse que ele se baseava em ficar deitada e deixar o tempo passar, eu teria vindo treinar também.

Joguei a preguiça de lado e me ergui. Abri os braços e as pernas e comecei a fazer polichinelos.

— Eu só estava descansando.

— Esther — a voz de Connor atraiu as nossas atenções e eu parei no lugar.

O garotinho correu até mim e me abraçou forte. Eu o levantei nos braços e ele me beijou carinhosamente. Antes Connor era mais quieto e mais parecido com todos os alemães, mas depois que passou a se sentir confortável comigo, tudo mudou. Ele conversava e brincava, e apesar de ser pequeno, demonstrava entender bem o mundo em que vivia. Era como um soldado mirim.

Obediente e quieto.

— Meu pai me deixou ficar com você hoje — ele comentou baixinho e abraçou o meu pescoço.

— Então vamos comemorar. — Eu o sacudi levemente e o coloquei no chão.

Aaron estava com as mãos nos bolsos, observando-nos, e Mel sorriu abertamente com a cena. Connor piscou para o pai e ficou em pé, esperando-me para o que quer que fosse.

— Vai ser um incômodo para você? — O moreno bonito se aproximou de mim.

— Não. Nunca é. — Sorri para o menino. — A gente se dá bem.

— Obrigado por isso, Esther. — Ele tocou em minha mão e a beijou.

Minha cabeça doeu com um pouco de culpa e de vergonha da sua atitude. Aaron distribuía investidas e flertes em mim a cada encontro que tínhamos. Eram sutis e não invasivos, entretanto me deixavam com uma culpa dupla em relação a ele.

Primeiro: por não ser reciproco. Eu não o via como um homem com quem me relacionaria.

Segundo: por causa de um loiro possessivo. Mesmo que o nosso relacionamento fosse baseado em sexo, Peter era totalmente ciumento comigo e não gostava nem um pouco de sentir que tinha outra pessoa entre nós. Era esquisito, porém eu até achava adorável. E, por dentro, longe da ameaça real que sempre havia nas suas palavras, eu gostava do jeito possessivo e autoritário com o qual ele me tratava.

A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação) Onde histórias criam vida. Descubra agora