CAPÍTULO 1

1.4K 72 23
                                    

3 anos depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

3 anos depois

Demitida!

Mais uma vez, demitida.

Chutei o cesto de lixo indignada com a situação que me encontrava. Desempregada e com uma baita preocupação com a saúde de Amélia.

Eu estava cheia disso tudo. Empregos, críticas e pessoas arrogantes. A base da sociedade se baseava nisso, girava estritamente em torno do dinheiro, nada como sentimentos valia mais que o capital alto.

Toda minha vida não foi fácil. Os empregos para meus pais eram escassos e as condições que tínhamos que aguentar para sobreviver fazíamos nos apegar ainda mais um no outro. Eu me apeguei aos livros para conseguir entrar em uma faculdade, aprendi outro idioma para facilitar as novas oportunidades e para que? Três anos atrás eu era apenas uma ladra qualquer que justificava sua má atitude na sua situação financeira.

Eu achava justo tirar de quem tinha para satisfazer as pessoas que eu amava. Contudo, era errado. E eu mudei. Me esforcei para terminar o ensino médio, arrumei um emprego e consegui neutralizar os problemas que me rodeavam. Meu pai também conseguiu outro emprego e nossos salários deixaram nossa vida mais confortável. O que eu não poderia fazer, era deixar tudo voltar para o buraco.

Maitê já tinha nove anos e Amélia acabado de completar dezoito, as nossas necessidades mudavam cada vez mais. Eu iria pedir que meu chefe arrumasse uma vaga de emprego para minha irmã em breve, porém, ela adoeceu e tive que faltar alguns dias. Consequentemente, fui demitida. Eu não a culpava e procuraria outro emprego assim que possível. Não me dava por vencida nunca e eu sabia que daria um jeito logo.

Controlei minha reação e me concentrei na minha irmã. Eu pensaria no emprego outra hora. Andei até o quarto e entrei a vendo se encolher na cama. Ela não se alimentava bem e eu não sabia mais o que fazer para ajudá-la. Me sentei ao seu lado e ela me olhou.

- Preciso falar com você. - ela disse e fungou, eu estranhei.

Ela sentia dores?

- Estou ouvindo.

- Tente me entender... - começou. - Eu...

- Diga logo, o que tem? - indaguei com a preocupação subindo a cabeça.

Ela respirou fundo se sentando na cama e jogou suas palavras no meu rosto.

- Estou grávida!

O ar saiu dos meus pulmões na mesma hora, a pontada na cabeça me desnorteou por alguns segundos e tive que abrir a boca para não ter um ataque respiratório naquele momento.

Grávida? Só podia ser brincadeira.

- Não é um assunto que se deve brincar, Mel.

- Não é brincadeira. - fungou e tirou de debaixo do travesseiro dois objetos que eu reconhecia bem.

A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação) Onde histórias criam vida. Descubra agora