CAPÍTULO 21

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Voltamos para casa conversando e, em alguns momentos, ouvi sua gargalhada leve

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Voltamos para casa conversando e, em alguns momentos, ouvi sua gargalhada leve. Era raro ouvir a rouquidão gostosa que saía dele, porém era lindo quando acontecia. Todos já haviam se retirado e eu marchei para o meu quarto ao seu lado, falando com ele.

Assim que paramos em frente ao cômodo, Peter olhou para trás e ficou sério de repente. Eu me virei também e a imagem da ruiva se aproximando me deixou tensa. Ela estava na casa dos Hoffmann por quê?

- Vai dormir com ela? - "Suzane" indagou furiosamente, baixo, e apontou para mim com desdém.

Peter não respondeu, apenas indicou a direção das escadas para que ela andasse até lá. Mas a mulher não obedeceu.

- Esperei você por horas, e ainda vai ficar com essa... - Pausou. - Gör.

- Do que ela me chamou?

Peter ficou na minha frente, impedindo-me de enfrentar Suyane. Eu não iria brigar com ela. Por Deus! Entretanto, aquilo pareceu ser um xingamento, pelo modo como ela falou de mim, e eu não iria permitir isso.

- Vá descansar, Esther - ele pediu. - Você precisa.

Sua fala a irritou mais e eu abri a porta do quarto, ainda olhando para eles.

- Vamos conversar, Suyane. - O loiro agarrou seu braço com brutalidade. - Boa noite, Esther.

- Boa noite, Peter.

Ele me encarou e seguiu pelo corredor com a ruiva ao seu lado.

Fechei a porta lentamente, sentindo meu coração doer. Não queria acreditar que Peter iria trepar com aquela oferecida. Minha vontade era de brigar no seu rosto, socá-lo e o chamar de todos os adjetivos pelos quais merecia ser chamado.

Cretino! Vagabundo! Cachorro!

Meu coração ardia e eu estava odiando a sensação.

Não era ele que havia reforçado a ideia de exclusividade? E então foi com ela?

Tomei um banho, deitei-me na cama e divaguei por vários minutos, sem entender o aperto e a euforia que eu sentia em todos os momentos que ficava perto dele ou quando pensava nele. Peter parecia ser o dono de tudo em mim e nem se esforçava para isso. Ele me trazia sentimentos inimagináveis, tanto no quesito sexual como no mais inocente de todos. Era aquele que fazia as meninas suspirarem e sentirem borboletas no estômago. Grunhi com o pensamento perturbador.

Eu poderia estar gostando dele?

Não, eu não poderia.

Como eu poderia?

Como eu poderia?

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A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação) Onde histórias criam vida. Descubra agora