CAPÍTULO 10

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Me esquivei no momento que o punho veio na minha direção

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Me esquivei no momento que o punho veio na minha direção. Aaron me atacou, controlado e me testou a cada segundo, medindo meu reflexo e desenvolvimento do último mês. O treinamento que escolheu para o meu tamanho foi pesado, porém não era tão difícil como imaginei que fosse.

- Concentração, Esther!

- Estou concentrada. - retruquei.

- Se está falando, não está concentrada o suficiente. - replicou e veio até mim, decidido.

Seu ataque foi previsível e me saí bem em reagir a ele. O meu estresse e a desconfiança com a minha segurança e de Mel havia diminuído graças ao meu treinamento com Aaron. Peter e Ronan falavam comigo apenas o essencial e eu obedecia a tudo que eles ordenavam, já estava virando um hábito que não era tão duro de aguentar.

O que me incomodava e, às vezes, me enfurecia era a cara de pau de Peter de agir como se nada houvesse acontecido. Ele ainda me olhava com os mesmos desejos de antes e não os escondia de ninguém, nem mesmo de Mel. Minha irmã até ousou dizer que minha falta de punição ao dia da fuga tinha haver com o que compartilhamos.

Porém, era horrível saber que sua empatia vinha do desejo carnal e da devassidão que existia nele. A mesma devassidão que habitava em mim.

- Muito bom. - elogiou e Aaron se abaixou muito rápido colocando uma das mãos no chão e me dando uma rasteira, derrubando-me no tatame. - Mas ainda está com a cabeça longe.

Respirei com dificuldade e assenti com a cabeça. Aaron se deitou ao meu lado de barriga para cima e suspirou cansado.

- Você evoluiu bem, daria uma lutadora profissional se quisesse.

- Portanto, que eu saiba me defender, já está de bom tamanho.

- Claro!

Me apoiei nos braços e me sentei no tatame. Aaron continuou deitado e me olhou atentamente, como sempre fazia. Ele participava do mesmo ramo dos negócios de Peter, afinal trabalhava com o cretino. Porém, eu não sentia medo dele como deveria. Aaron fez questão de me preparar para não me assustar com nada sobre ele. Conheci seu filho, Connor, de quatro anos a uma semana e o garoto era adorável, mas sofria com a ausência da mãe. A esposa de Aaron havia morrido no parto e desde então ele cuida do filho sozinho e até então, solteiro.

- Acabamos por hoje? - perguntei e me ergui. - Estou acabada.

- Amanhã no mesmo horário. - falou e se levantou abruptamente. - Senhor Hoffmann.

Me virei na direção da porta e o loiro prepotente nos observava seriamente. Como se o ar tivesse sumido do ambiente, ofeguei desconfortável. O traje que eu usava - legging de malhar e um top Pink - não era nenhum pouco discreto e o olhar de Peter por todo meu corpo só me lembrou da sua fome por mim.

Peguei minha toalha de rosto e joguei no ombro, pronta para sair e deixar os homens conversarem com privacidade. Só não imaginei que Peter não estava ali por conta de Aaron e sim, por minha causa.

A Tentação Do Mafioso Alemão - (Degustação) Onde histórias criam vida. Descubra agora