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─ 𝟮° 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗲𝗺 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼
❝ 𝐅elix era um jovem inexperiente no amor, alguém que, apesar de sonhar com uma conexão verdadeira, mal sabia como começar a buscá-la. Ele s...
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Depois que Felix voltou para a sala de aula, o tempo parecia ter acelerado. Ele mal percebeu as horas passarem e, antes que soubesse, o sinal para a saída soou, anunciando o fim de mais um dia de aula. A escola estava quase vazia, com a maioria dos estudantes já tendo deixado o local. Os corredores, normalmente cheios de conversas e risadas, estavam agora silenciosos. Minho, como sempre, era um dos primeiros a sair, com o compromisso de ajudar sua mãe no trabalho. Felix e Jisung, no entanto, estavam entre os últimos a deixar o colégio. Para eles, o fim da aula nunca significava pressa.
— Foi somente isso que aconteceu? — Jisung perguntou, seu tom de voz carregado de ceticismo. Ele ainda parecia tentar entender a interação entre Felix e Hyunjin.
Felix deu uma risada nervosa e balançou a cabeça, tentando desviar do olhar curioso do amigo. Ele sabia que Jisung tinha uma imaginação fértil e que isso só piorava as coisas.
— Você achou que ele ia me beijar? Claro que não! Eu mal conheço o Hyunjin, o que é isso? Não seja tão exagerado. — Felix riu, tentando descontrair a situação, mas a memória do momento com Hyunjin ainda estava viva em sua mente, o que fazia seu rosto corar levemente.
Jisung o observou com um olhar desconfiado, ainda sem conseguir acreditar totalmente nas palavras do amigo. Ele, então, desviou o olhar, olhando pela janela da sala de aula, onde os enormes prédios da cidade começavam a se destacar no horizonte, à medida que a luz do dia ia se apagando. As cores do pôr do sol tingiam o céu com tons dourados e rosados, e a cidade parecia adormecer lentamente. O silêncio entre eles se estendeu por um momento, até que Jisung soltou a pergunta seguinte, mais descontraída, mas ainda com um toque de curiosidade.
— E o cartão? Vai entregar para quem?
Felix hesitou. Ele sabia exatamente do que Jisung estava falando. O cartão em formato de coração, que ainda estava guardado em sua mochila, estava pesando em sua mente. Na verdade, ele não tinha a mínima intenção de entregar aquele cartão a ninguém. Ele não sabia o que sentia sobre isso, mas uma parte dele achava aquilo estranho e forçado.
— Eu vou jogar no lixo. — Felix pegou a mochila que estava jogada sobre a mesa e retirou o cartão. Era um pedaço de papel, mas Felix sentia que aquilo não passava de uma forma de pressão. Ele olhou para o cartão com indiferença. — Isso aqui é inútil para mim. Não faz sentido manter.
Jisung estava prestes a dizer algo, talvez para insistir ou questionar, mas viu o semblante sério de Felix e resolveu se calar. O amigo caminhou até o cesto de lixo no canto da sala, fez uma pequena pausa e então jogou o cartão dentro, ouvindo o som do papel amassado caindo no fundo. Felix sentiu uma sensação de alívio instantânea, como se estivesse deixando para trás algo que realmente não tinha significado para ele.