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─ 𝟮° 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗲𝗺 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼
❝ 𝐅elix era um jovem inexperiente no amor, alguém que, apesar de sonhar com uma conexão verdadeira, mal sabia como começar a buscá-la. Ele s...
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— Me soltem, ME SOLTEM! — Felix gritou com um desespero que soava como uma súplica, suas palavras saindo com dificuldade, engolidas pela dor. Ele tentava a todo custo se soltar das mãos de Jisung e Minho, mas a sensação de impotência só aumentava a cada segundo. O que mais o machucava não era o aperto nos seus braços, mas a imagem de Hyunjin, ali, frágil e destruído. Era como se uma parte de si estivesse sendo despedaçada com cada lágrima que rolava pelo rosto de seu namorado.
— Felix, calma! — Jisung tentou, mais uma vez, segurá-lo com firmeza, mas o loiro não ouvia. Ele não conseguia pensar em nada além de ir até Hyunjin, abraçá-lo, protegê-lo. O som do choro de Felix, abafado e incontrolável, se misturava ao de Hyunjin, como uma sinfonia de dor que se espalhava pelo ar.
Felix, sem força, sentiu suas pernas fraquejarem. Jisung o segurou ainda mais apertado, tentando transmitir o mínimo de conforto que fosse possível. Mas Felix se entregou ao desespero, afundando no peito do amigo enquanto o corpo se sacudia em soluços. O choro de Felix era um grito mudo de ajuda, um pedido desesperado que parecia não ter resposta.
Hyunjin, ao ouvir o choro de Felix, seus olhos encontraram os do loiro, e isso foi o suficiente para quebrá-lo ainda mais. Cada lágrima de Felix parecia uma lâmina em seu coração. Mas ele não podia se mover, nem gritar, nem correr até ele. Ele estava preso, imobilizado não só fisicamente, mas pela dor que o consumia.
— F-Felix... — Hyunjin conseguiu sussurrar, a voz quebrada, o rosto pálido, quase irreconhecível diante de tanto sofrimento. Ele queria dizer algo mais, algo que pudesse acalmar Felix, mas as palavras não saíam. Como poderia acalmar alguém, quando não conseguia nem acalmar a si mesmo?
O pai de Hyunjin, com um gesto impiedoso, agarrou o filho pelo pulso e o forçou a olhar para ele novamente. O olhar do homem estava vazio, mas havia um tipo de malícia ali — um desdém absoluto pela dor do filho, como se o sofrimento dele fosse uma coisa irrelevante. E Hyunjin, com a sensação de estar completamente sozinho no mundo, abaixou a cabeça, como se tivesse perdido até mesmo a força de se manter de pé.
— Sei que não adianta te levar para a Bélgica ou para qualquer outro país. A partir de hoje, não quero que me procure. Você não faz mais parte desta família. — O tom do pai era frio, cortante como vidro. A palavra "família" foi dita como se fosse um castigo, uma sentença de morte para qualquer possibilidade de reconciliação. Hyunjin sentiu o peso dessas palavras como um martelo caindo sobre sua cabeça.
Felix, ao ouvir aquelas palavras, paralisou. Era como se o chão estivesse desabando sob seus pés. A cada segundo que passava, a dor aumentava. Ele queria correr até Hyunjin, queria segurá-lo, mas seu próprio corpo não respondia. O vazio no olhar do pai de Hyunjin parecia mais uma condenação do que uma despedida. O choque era total.
— O que pensa que está fazendo? Ele é nosso filho! — A voz da mãe de Hyunjin, que antes estava silenciada pela força do marido, explodiu em um grito de desespero. A mulher, em um acesso de pânico, tentava entender o que estava acontecendo, como haviam chegado até ali. Seus olhos buscavam alguma forma de razão, mas a realidade era implacável, e o que restava era apenas a dor. — Ele é seu filho! — ela insistiu, mas não obteve resposta.