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O relógio marcava quase uma da tarde, e o peso do tempo parecia esmagar meus ombros. A pressão na minha cabeça era como uma lâmina afiada, cortando meu raciocínio a cada minuto que se passava. Eu mal conseguia processar o que estava acontecendo ao meu redor. O som de risadas altas e gritos abafados se misturava com o tic-tac incessante do relógio, e a sensação de frustração era tão palpável que dava para cortá-la no ar. O cheiro de álcool estava impregnado em tudo, no tapete, nas paredes, até no ar pesado que respirávamos. O cheiro doce e enjoativo de cerveja e vodka se entranhava nas minhas narinas, e a sensação de náusea parecia crescer a cada segundo. Eu só queria que isso acabasse. Queria desaparecer, mas sabia que não havia escapatória.

Jisung continuava a cambalear pela sala, seu corpo um emaranhado de movimentos descoordenados e expressões faciais que variavam entre risos sem graça e olhares vazios. Ele parecia perdido em um mundo paralelo, onde nada fazia sentido. Eu o seguia, sentindo uma mistura de raiva e desespero, tentando fazer com que ele simplesmente se sentasse antes que a queda fosse inevitável. O ar estava quente, abafado, e cada movimento dele parecia piorar a situação. Ele se balançava de um lado para o outro, e a única coisa que conseguia ouvir era o som do seu riso que não correspondia à realidade em que estávamos. Meu corpo estava tenso, os músculos do pescoço e das costas doloridos pelo esforço de tentar manter tudo sob controle. Eu só queria que ele parasse de se mover, mas ele não parecia ouvir. Cada passo dele era um passo mais perto de um desastre.

— I... I'm not drunk! — Jisung disse, tentando se defender, mas sua voz embargada e as palavras arrastadas traíam a tentativa de negar o óbvio. Ele mal conseguia ficar de pé, sua postura era instável, como se o chão tivesse se tornado uma superfície imprevisível e traiçoeira. Eu senti o peso dele contra o meu corpo, uma sensação quente e mole que me fez quase perder o equilíbrio. O hálito forte de álcool exalando de sua boca quase me fez engasgar, mas não podia me dar ao luxo de demonstrar. Eu só queria que ele sentasse, fosse de qualquer jeito.

A cada risada, parecia que o mundo girava mais rápido. Ele se jogou no chão como se estivesse no meio de uma brincadeira, rindo de uma piada que ninguém conseguia entender. Sua risada era alta e descontrolada, uma gargalhada que mais parecia uma explosão de alegria sem motivo algum. A luz que brilhava no teto refletia em seus olhos, tornando-os ainda mais dilatados, e eu só conseguia pensar em como ele parecia uma criança travessa em um momento de excesso, incapaz de parar.

— Jisung, eu não entendo, quando você está bêbado, se torna fluente em inglês! — gritei, minha voz já sem paciência. Jisung balbuciou algo que eu não consegui entender, e ao invés de tentar ajudá-lo, eu o empurrei com mais força até o sofá. O movimento foi quase mecânico, mais por instinto do que por cuidado. Cada palavra que eu dizia parecia não ter efeito algum. — Onde está o Minho? Ele disse que não ia demorar! — Eu olhei para Changbin, que estava sentado no canto da sala, a testa franzida e a expressão irritada. Ele olhava o celular, e seus dedos batiam rapidamente na tela, mas a falta de resposta parecia alimentá-lo com mais frustração.

𝖫𝗈𝗏𝖾?❪ Hyunlix ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora