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─ 𝟮° 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗲𝗺 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼
❝ 𝐅elix era um jovem inexperiente no amor, alguém que, apesar de sonhar com uma conexão verdadeira, mal sabia como começar a buscá-la. Ele s...
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Era final de tarde, o sol já começava a se pôr, pintando o céu de tons quentes e dourados, enquanto a rua lentamente mergulhava na escuridão. O vento suave movia as folhas das árvores e deixava o ar fresco, mas ao mesmo tempo carregado de um silêncio incomum. A rua, antes agitada, agora parecia vazia, como se o mundo ao redor se preparasse para o que estava por vir. Jongho, Hyunjin, Jeongin e até mesmo Wooyoung, que insistiu em acompanhar o trio até a casa de Yeosang, estavam ali, em um estado de alerta e ansiedade.
— Aqui é a casa dele. — Jongho disse, sua voz baixa e tensa, olhando fixamente para a casa à sua frente. Ele estava nervoso, mas não queria demonstrar. — Eu vou tocar a campainha. Fiquem aqui e me esperem, mas se escondam. Não quero que ele nos veja todos de uma vez.
Os outros assentiram silenciosamente, e Jongho sentiu o peso do olhar de seus amigos, como se todos esperassem que ele fosse capaz de mudar o rumo das coisas. Ele tentou se convencer de que estava apenas indo fazer o que já deveria ter feito há algum tempo.
Jongho caminhou até a porta, o som de seus passos abafado pela grama e pelo asfalto. O ar parecia espesso, como se o tempo tivesse desacelerado, aguardando uma decisão importante. Ele hesitou um segundo diante da campainha, mas depois pressionou o botão. O som ecoou pela casa, mas não houve resposta imediata. O vento parecia carregar uma expectativa, como se estivesse observando junto com ele. Ele recuou um passo e se apoiou na parede, tentando disfarçar o nervosismo, mas logo a porta se abriu.
Yeosang apareceu, com os cabelos bagunçados e uma expressão de surpresa. Ele parecia mais relaxado do que o normal, como se tivesse acabado de acordar de um cochilo. Sua camisa estava apenas parcialmente vestida, e a ausência de pressa no seu gesto fazia o ambiente parecer ainda mais desconfortável para Jongho.
— Demorei para abrir porque tive que vestir uma camisa. — Yeosang brincou, sorrindo, enquanto olhava para Jongho com um ar provocador. — Acho que você não ia gostar de me ver quase nu, né? — Ele piscou, e Jongho sentiu um calor subir até suas bochechas.
Jongho desviou o olhar, tentando manter a compostura, mas a verdade era que aquelas palavras pareciam provocar algo mais dentro dele do que ele estava preparado para lidar.
— Não me importo. — A resposta saiu mais fria do que ele queria, e ele imediatamente se arrependeu. Mas era tarde demais. Ele já havia dito, e não havia volta.
Ele entrou na casa, que estava iluminada suavemente. O ambiente parecia calmo, acolhedor até. Mas para Jongho, tudo ali parecia distorcido. Ele não conseguia parar de olhar para as duas enormes malas no canto da parede. Aquela era uma visão que ele não queria ver. Cada uma das malas parecia um lembrete silencioso de que algo estava prestes a mudar, e não no bom sentido.
