16. EXPLOSION.

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AO POUSAR NO CHÃO da casa, Sabrina de imediato olha para cima sentindo farpas de madeira caindo em seu rosto. Ela volta seu olhar para Rachel que estava com os olhos pretos e com sua pele pálida, e, em seguida, se aproxima da garota.

A verdadeira Sabrina Howard que estava lá no fundo da sua mente, sentia que alguém estava no controle e essa pessoa não era ela. A única pessoa que permanecia ali era sua parte das trevas.

Sabrina ainda conseguiu ver uma expressão confusa na face de Rachel, mas, aparentemente, naquele momento ela não havia ligado para aquilo. Ela tinha uma missão, e ela cumpriria.

As duas de aproximam do espelho que tinha uma gosma preta saindo e logo colocam o braço para dentro do espelho.

A ruiva conseguiu ouvir o grito de dor da mais nova. Realmente, aquilo doía. Mas ela não sentia a necessidade de gritar para aliviar aquela maldita dor. Após um pequeno tempo, um homem alto sai de dentro do espelho e fica encarando as duas.

A Feiticeira, ao vê-lo, revirou os olhos por completo, sabendo como aquilo iria ser irritante. Já Rachel, estava com seus olhos arregalados. Por Sabrina estar ali parada ao seu lado e pelo homem a sua frente.

–– Minhas queridas filhas... –– o homem sussurra, fazendo Sabrina revirar os olhos e se sentar no sofá próximo dali.

–– Por favor, papai, me poupe dessa melancolia. –– com essa fala da ruiva, o homem de aproxima dela, a fazendo levantar de imediato e erguer se rosto.

–– Querida, já chega disso. Pode voltar ao normal. –– ele diz, colocando a mão na cabeça da ruiva.

Na visão de Sabrina, tudo aquilo estava escuro novamente. Naquele local, existia apenas ela e a água abaixo do seu corpo.

Aquela era a real Sabrina. A parte sã da sua mente sinistra. Aquela era a parte da ruiva que continha sua humanidade. Ela conseguiu se importar, sentir empatia, amor, raiva e até mesmo dor.

–– Querida, você foi ótima abrindo o portal. Tenho que concordar, você me surpreendeu! –– ele exclama, fazendo Sabrina se virar para ele ao ouvir o som de sua voz.

–– Seu desgraçado! Onde é que eu 'tô? –– Sabrina questiona, sentindo o seu sangue ferver.

–– Ah, para! Eu sei que você tem muitas dúvidas, eu consigo ler a sua mente. ––  ele diz em um tom sinistro, fazendo a mulher recuar um pouco. –– Vamos, vamos! Faça suas perguntas.

Ele gesticulava com suas mãos com um olhar sádico. Sabrina não podia mentir, ela sentia um pouco medo daqueles olhos que pareciam um pouco com os seus.

–– Cadê a minha mãe? –– a ruiva indaga, com a voz levemente trêmula.

–– Oh, claro... A Daiana... –– ele sussurra, começando a caminhar calmamente de um lado para o outro. –– Bom, não é segredo pra ninguém que ela está morta. Até por que eu a matei. –– o som da risada fina e irônica do homem fez ela sentir todo o ódio sucumbir por seu corpo. –– Hum... Vamos dar uma olhadinha.

Dito isso, ele movimena as mãos e nenhum deles estavam no local preto. Agora eles presenciavam uma mulher em uma mansão rústica, deitada em sua cama ao lado de um homem.

Sabrina supôs que era Trigon, e bom, ela estava certa. Ele havia assassinado a mulher de fios ruivos que ela nunca havia visto em toda sua vida. O homem havia pego uma adaga e enfiado no coração da mulher, que, ao sentir, somente olhou no fundo dos olhos do homem e indagou o por que.

Vendo toda aquela cena, a feiticeira sentiu seus olhos lacrmejarem. Ela ainda tinha esperança de encontrar sua mãe viva, e, mesmo que a não tivesse a conhecido, ela ainda sentia seu mundo desabar ao ver a mulher que lhe deu luz sendo assassinada.

Only Love | Dick Grayson.Onde histórias criam vida. Descubra agora