Manual do Bom Ômega - Jikook

Capítulo 11 - Seja testado

Felizmente na manhã seguinte não encontrei meu pai, tomei todos os cuidados para isso e assim que entrei pelos portões da escola, respirei aliviado. Me é estranho me sentir mais confortável em um local o qual eu tenho muitas responsabilidades e que de certa forma me trás estresse, pois quando eu lembro que estou no último ano e que provavelmente estou prometido para alguém antes mesmo da formatura, era puro gatilho, porém não entraria nesse limbo novamente. Caminhei até os armários, pois alguns materiais eu deixo aqui pois não precisava deles em casa, mas precisava para as aulas.

— Jimin! — Ao terminar de guardar as coisas dentro da mochila, Taemin me saudou com um sorriso no rosto.

— Oi, Taemin! — Sorri para ele que se ajeitou despojadamente contra o armário.

— Como você está? — Colocou as mãos no bolso. — Não fraturou nada, certo?

— Não foi nada demais, só ganhei um hematoma, mas nada que vá me matar. Soube que vocês ganharam o jogo.

— Ganhamos, digamos que a minha sala tem os melhores. — Tombou a cabeça para o lado, dando de ombros. — Qual seu primeiro tempo?

— Tenho prova de gramática e depois aula de literatura. — Ele fez uma expressão descontente que me deixou um tanto confuso, mas não consegui perguntar o porquê, pois um par de braços rodeou a minha cintura, em um abraço por trás. Olhei por instinto para trás, mesmo que o cheiro de chocolate amargo denunciasse tudo.

— Bom dia, amor. — Jungkook deixou um beijo rápido na minha bochecha, antes de levantar o olhar para o alfa a minha frente. — Bom dia, Taemin.

— Bom, Jungkook... — Seu tom saiu seco.

Segurei nos braços de Jungkook, pois eu podia jurar que eles iam começar a rosnar como duas pessoas imaturas e se duvidar brigar no tom dos alfas e bem, meu ômega se sente protegido pelo Jungkook, logo eu me agarrando nele traria menos impacto.

Sim, é uma merda ser sensível a isso, quero logo a minha marca.

— A gente se vê, Jimin. — Taemin declarou contrariado e eu apenas assenti, fingindo não ter notado a tensão e que não estava grato por não ter tido uma briga.

— Vocês são bem próximos, não é? — Jungkook perguntou, me virando de frente para ele.

— Ele é um amigo querido. — Fui sincero, segurando o suspiro e me odiando pelo que ia perguntar, mas tudo pelo meu noivado certo? — Vai me proibir de falar com ele?

— Vem cá, tinha o que no seu café da manhã? — Jungkook franziu o cenho, parecendo ofendido. — Nem teus pais podem fazer isso, imagina eu. — Revirou os olhos. — Só ia perguntar se você tem noção que ele te quer.

— Perdão? — Okay, chocado, porém não surpreso.

— Não vem dizer que é coisa da minha cabeça, só fica longe dele perto do cio, sabe bem as desculpas que usam, né? — Ele realmente parecia preocupado com a questão e eu sorri, assentindo.

Vamos lá, sejam dóceis e manhosos, alfas amam ômegas que fazem charme, no meu caso eu amo um grude, mas se você, caro companheiro não goste, finge só até ter a aliança.

— Mas eu namoro você, imagino que isso deva ser o suficiente para ele não tentar nada, certo? — Subi minhas mãos para os seus ombros, deixando um selar sobre seus lábios.

— Eu não conheço ele a fundo, mas não se deve confiar em alfas.

— Você é um. — Eu ri ao lembrá-lo de tal fato.

— É eu sou, mas a minha mamãe me ensinou a não ser bacaca e não confie em mim, nasci na classificação errada. Eu daria um ótimo beta!

— Ora, mas betas não tem um nó. — Brinquei.